sábado, 20 de junho de 2020

O Homem Fiel

Assisti O Homem Fiel (2018) de Louis Garrel no Festival Varilux de Cinema no Looke. Eu gosto demais desse ator e ele tem enveredado para a direção, esse é o segundo filme que dirige. Em geral histórias de costumes.

 O Homem Fiel é um filme bem curtinho. Começa com o protagonista levando um fora da companheira de modo muito, mas muito inadequado. Na narração, ele nos conta que eles vivem na mesma casa há 3 anos. Ela diz que está grávida, ele fica esfuziante, aí ela diz que não é dele e que vai casar dali há 10 dias com o outro. Oito anos passam-se, o marido da moça morre, e ele se reaproxima da mulher. Ela é interpretada por Laetitia Casta.

Surge então a irmã do homem que morreu. Ela é interpretada por Lilly-Rose Deep

Outro personagem que surge com o tempo é o filho, acho que o melhor personagem do filme, interpretado pelo ótimo Joseph Engel.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Bao

Assisti ao curta Bao (2018) de Domee Shi no Telecine Play. A diretora chinesa fez um lindo curta de animação sobre a maternidade, que encanto. Tinha tempo que queria assistir, até tentei uma vez mas deu erro e acabei esquecendo.

Interessante que é tão curtinho e a gente se emociona tanto. Muito lindo!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O Mistério de Henri Pick

Assisti O Mistério de Henri Pick (2019) de Rémi Bezançon no Festival Varilux de Cinema no Looke. Um amigo falou desse filme no Facebook e fui assistir. Absolutamente genial!


No primeiro minuto já enlouqueci. Em uma cidade interiorana, um bibliotecário cria uma sala de manuscritos de livros rejeitados por editoras. Uma jovem que trabalha em uma editora fica curiosíssima, vai lá ver os manuscritos, fica curiosa por um. Lê e percebe que tem uma grande obra nas mãos. Convence todos, publicam e o livro faz um sucesso estrondoso. Ela é interpretada por Alice Isaaz, o namorado por Bastien Bouillon.


O escritor era um pizzaiolo da cidade da biblioteca que morreu há uns dois anos. Um crítico se desentende com os familiares, começa a duvidar que tenha sido mesmo o dono da pizzaria que escreveu, e começa a investigar.  A filha do dono da pizzaria fica curiosa e começa a acompanhar o crítico. Ele é interpretado por um ator que adoro, Fabrice Luchini, ele é arrogante e pretensioso. A filha do dona da pizzaria é interpretada pela linda Camille Cottin. Amo filmes que falam de livros, editoras e bibliotecas. E o roteiro de David Foenkinos é genial.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 16 de junho de 2020

Eu Sou um Gato... de Natsume Soseki

Terminei de ler Eu Sou um Gato... (1905) de Natsume Soseki da Estação Liberdade. Ganhei esse livro e o marcador de uma amiga. Foi bem estranho ler um livro escrito por um homem depois de vários de mulheres e ainda de um homem oriental do início do século passado. 

Na capa a obra Cem vistas de Edo (1857) de Utagawa Hiroshige

Obra Towada Lake Nenokuchi (1933) de Hasui Kawase

Logo no início um gatinho filhote sobre uma violência. Um adolescente o pega e fica brincando de modo violento e depois o arremessa longe da família ao lado de um lago. O gatinho procura um abrigo e entra em uma casa, é enxotado várias vezes pela empregada, mas retorna. O dono vê e diz que se o gato quer ficar que fique. Essa relação antiquada e pavorosa com animais me horroriza. O gato passa a ser o narrador da obra então, ele nos relata o que vê, como uma pessoa, entende tudo o que os humanos falam e até filosofa. 

Obra Flor de Cerejeira de Toyohara Chikanobu

É a primeira obra de Soseki e foi publicada em capítulos na revista Hototogisu, então cada capítulo praticamente se encerra. Mesmo que seja o período que o gato vive nessa casa, há uma história contada e fechada a cada capítulo. Sarcástico e espirituoso, o autor critica a intelectualidade japonesa, já que o dono do gato é um professor. Vários autores são mencionados e a edição coloca todos os detalhes e referências. Machistas, os japoneses só diminuem e desqualificam as suas mulheres. O professor trata muito mal a esposa. Tanto a esposa, bem como seus filhos, são praticamente invisíveis, quando são mencionados é para fazer alguma crítica. Só as gueixas são enaltecidas, bem compreensível, já que as gueixas são educadas para agradar aos homens e atender aos seus desejos. 


Obra de Kobayashi Kiyochika

O gato nem nome tem. Inicialmente ele tem dois amigos gatos de casas vizinhas. Engraçado quando uma família visita o professor, e o gato resolve conhecer a rica casa deles. Até então o gato gostava de sua casa, mas quando conhece uma casa luxuosa, espaçosa, passa a olhar com desdém a casa que vive. Odiei o final.
Beijos,
Pedrita