sábado, 10 de outubro de 2009

Um Só Coração

Assisti Um Só Coração (2004) do núcleo de Carlos Manga da TV Globo em DVD. O roteiro foi de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira inspirado na cidade de São Paulo, iniciando na Semana de Arte Moderna. Gostei muito! Não gostei muito de alguns personagens fictícios, como o que se envolve com Yolanda Penteado que realmente existiu. Mas a minissérie é muito boa, muito caprichada e gostei demais de ter vários fatos históricos importantes, principalmente da cultura brasileira e nossos artistas. Pena que no evento da Semana da Arte Moderna tenha sido ofuscada pelo romance artificial dos protagonistas. O primeiro DVD, não sei quantos capítulos representou na minissérie, é bem exagerado nesse romance e nos dramalhões. Parece acertar o tom no segundo DVD e parece não permitir mais que a ficção ofusque fatos históricos tão incríveis. Minha mãe que me emprestou o DVD, ela adora essas minisséries, volte e meia adquire uma. Ela vê e revê inúmeras vezes os DVDs
Um Só Coração fala desse momento de efer-vescência cultural na década de 20. Onde artistas se reuniam em grandes casarões, onde surgiram movimentos como a Semana de Arte Moderna, o Antropofagismo e o Nacionalismo.
Quando artistas como Mário de Andrade, Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade ganharam representação nacional e internacional. Período que surgiram Santos Dumont e Assis Chateaubriand. E todos foram representados brilhantemente por Pascoal da Conceição, Betty Goffman, Eliane Giardini, José Rubens Chachá, Cássio Scapin e Antônio Calloni, todos muito bem na interpretação e caracterização. Os figurinos e a reconstituição de época foi impecável. Gostei de conhecer mais detalhes sobre Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo, interpretados brilhantemente por Ana Paula Arósio e Edson Celulari.

Algumas histórias ficcionais eram muito boas. Gostei muito da família do Coronel Totonho, interpretado brilhantemente por Tarcísio Meira. Senhor do café que com a queda da Bolsa em 1929 ficou muito pobre. Há atores incríveis que gosto muito: Letícia Sabatella, Daniel de Oliveira, Marcelo Antony, Maria Fernanda Cândido, Leandra Leal, Murilo Rosa, Helena Ranaldi, Max Fercondini, Débora Fallabella, Carlos Vereza, Daniela Escobar, Ângelo Antônio, Ana Lúcia Torres, Paulo Goulart, Amanda Lee, Mila Moreira, Dira Paes e Leopoldo Pacheco. Outros atores misturados entre ficcionais e reais são: Cássio Gabus Mendes, Herson Capri, Fernanda Paes Leme, Ariclê Perez, Cássia Kiss, Pedro Paulo Rangel e Miriam Freeland. Como sempre o elenco é enorme e incrível.

Gostei de conhecer várias histórias e, entender melhor as revoluções de 1924 e 1932, é muito diferente ver uma representação de um fato histórico do que estudar nos livros. E se caso algum historiador discordar de alguma escolha é só depois debater com os alunos. Gostei de conhecer o pintor Waldemar Belisário que se mudou para Ilhabela e fez várias obras por lá. De ver representado a criação da Bienal de Arte. Enfim, me encantei com essa minissérie bem cuidada, com tantos personagens históricos e tão rica.
Youtube: Um Só Coração



Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Enforcado

Terminei e ler O Enforcado (1931) de Georges Simenon da LP&M. Minha irmã que me emprestou esse livro. Eu só tinha lido outros dois dele anteriormente: Morte na Alta Sociedade e Uma Sombra na Janela. O nome original desse é Le pendu de Saint-Pholien. Apesar de ter lido pouco desse autor, gosto muito do seu estilo. As frases são enxutas, mas trazem tanto significado que me surpreendem. Gostei demais da capa e é exatamente essa edição que li.

Obran Courtyard in Venice (1895) de William Degouve de Nuncques
Vou falar detalhes da obra: Essa obra me entristeceu bastante. Logo no início já ficamos tristes com o inspetor Maigret. Ele fica curioso sobre um homem, compra junto com ele uma valise igual e troca em um bar numa estação de trem na Holanda. Segue esse homem que se mata um pouco depois. Cheio de culpa começa a investigar e descobre que esse homem não é o que está no passaporte, já que o homem do passaporte já morreu. E o desfecho é mais triste ainda. Menciona esse rituais estranhos entre pessoas cultas. Tudo muito triste.

Obra Viaduto de Paul Delvaux

Anotei alguns trechos de O Enforcado de Georges Simenon. Logo a primeira frase já é simples e instigante!

“Ninguém percebeu o que estava acontecendo.”

“Ela também tinha os olhos cinzentos, as pálpebras fatigadas dos que perderam a coragem, narinas contraídas, tez excessivamente amarelada.”

“Os pobres estão habituados a conter o seu desespero porque a vida os espera, o trabalho, as exigências de todos os dias, de todas as horas.”

“Decididamente pertencia àquela categoria homens que se agarram às pessoas mesmo sem serem convidados, recusando-se a perceber que não são bem-vindos.”

Tanto os pintores como o compositor são belgas.


Youtube: Flor Peeters (1903-1986) - Symfonische Fantasia op.13



Beijos,

Pedrita

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ghetto

Assisti Ghetto (2006) de Audrius Juzenas no Telecine Cult. Não tinha ideia do que se tratava o filme, resolvi ver. É uma co-produção entre Alemanha e Lituânia e é difícil conseguir mais detalhes na internet. Como o nome, é ambientado em um gueto na Lituânia. Um general jovem toca instrumentos, fica encantado com alguns artistas e exige que façam um espetáculo. Apesar de gostar das artes ele acredita realmente que a raça dele é superior. O gueto inicialmente fica revoltado, pensam em não acatar as ordens, mas eles percebem que será uma forma de proteger vários, inclusive artistas que estão escondidos. O diretor é lituano. O roteiro é do israelense Joshua Sobol.

Então, em meio a todos os conflitos no final da Segunda Guerra, esse grupo de artistas se apresenta, muitas vezes com peças que fazem críticas ao nazismo. Belíssimos e ótimos atores. A cantora é interpretada pela húngara Erika Marozsán. O general pelo alemão Sebastian Hülk e Heino Ferch.



Youtube: Ghetto


Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

National Gallery - Coleção Folha

Ganhei junto com o volume abaixo o National Gallery, Londres, da Coleção Folha Grandes Museus. Há um site onde é possível comprar a coleção e em algumas bancas ainda é possível achar esses dois que vem junto por R$ 14,90. Acabou demorando pra chegar essa promoção pela greve dos correios. Novamente a obra tem um histórico do museu e muitas fotos de obras que são do acervo do museu.

Obra O Casal Arnolfini de Jan Van Eyck

Eu fiquei encantada que esse quadro, um dos meus preferidos, está nesse museu. Eu nunca pensei em viajar pra Londres, nada em especial, mas sempre que sonho ir pra Europa não coloco Londres no trajeto, por vários motivos, até mesmo operacionais. Mas agora que essa obra está nesse museu, vou repensar.
Nesse museu estão obras que gosto muito como as Banhistas em Asnières (1884) de Georges Seurat. Madame Moitessier (1856) de Ingres, Música nas Tulherias (1862) de Manet, Os Guarda-Chuvas de Renoir. Gostei de museu ter a obra Dona Isabel de Porcel de Goya que mencionam no filme que vi. Enfim, apaixonante!


e


Beijos,

Pedrita

domingo, 4 de outubro de 2009

Museu do Prado - Coleção Folha

Ganhei esse volume da Coleção Folha Grandes Museus, Museu do Prado que fica em Madri, na Espanha. Vocês não imaginam minha felicidade. Nesses tempos bicudos ganhar dois presentes preciosos desses foi muita emoção. Para assinantes do Folha a coleção toda até que é razoável pela beleza, R$ 227,00, mas é algo que só é possível se o orçamento estiver em dia. Li que quem comprar o primeiro que é esse, o segundo, National Gallery vem junto, como o que eu ganhei, por R$ 14, 90. Pelo menos dá pra ter alguns. Eu que nunca fui a Europa, me emocionei de ter em minhas mãos detalhes sobre esse museu.

Obra A Família Real de Carlos IV de Francisco Goya.
A coleção é belíssima e vale cada centavo. Em papel couchê, tamanho da Revista da Folha, capa dura, traz textos dos pintores e das obras que estão neste museu. Várias telas trazem os pedaços destacados e comentados. Essa de Goya traz a mãe e os filhos em uma página inteira. Tudo impecável e belíssimo. Gostei de encontrar Goya e Caravaggio que tinha visto os filmes recentemente, mesmo que o filme Goya não tivesse sido muito autobiográfico, gostei de ver páginas das obras deles e saber que algumas das telas estão no Museu do Prado em Madri. Entre as obras estão os pintores Bosch, Meléndez, Luis de Moraes, Greco Dürer, Bruegel, Rembrandt, Tintoretto, Velázquez. Van der Weyden, Veronese, entre tantos outros. Eu gosto muito do comercial que fala dessa coleção e vou colocar o vídeo.


Youtube: Coleção Folha Grandes Museus Campanhas







Beijos,
Pedrita