Assisti Ninguém Vai Te Salvar (2023) de Brian Duffield na Star+ na Disney. Eu procurava filmes de fantasminhas e me deparei com esse que é de ETzinhos. Não sou fã de filmes de ETs, mas resolvi assistir. Mais um filme original da Hulu.
Linda demais a Kaitlyn Dever e muito talentosa. O filme é praticamente ela, e que desempenho. Ela mora sozinha em uma linda e enorme casa no campo. Amei a cidade de madeira, casinhas, e tudo o que podemos imaginar que ela tem. E ela adora dançar. Ela começa a estranhar alguns sinais, vai avisar na cidade. Todos a hostilizam, a maltratam, ela volta pra casa em silêncio. Até que ela começa a encontrar ETs nada amigáveis na casa. Uma tristeza ver aquela belezura de casa sendo destruída. Que filme tenso!
Determinada, forte, ela faz um inferno na vida dos ETs. A cidade toda já está dominada, mas ela vai conseguindo driblar com garra, força, coragem aqueles monstrinhos. E gostei muito do final, surpreendente!
Assisti O Moinho (2023) de Sean King O´Grady no Star+ na Disney. Não sabia nada desse filme. É daqueles filmes de baixo orçamento, com um elenco enxuto. Mais um ótimo filme da Hulu.
O filme é praticamente o tempo todo com o protagonista. Lil Rel Howery arrasa! Há uma voz pela parede. E aparece mais um personagem mas bem pouco. O protagonista acorda em um buraco. Ele está de terno e é um grande executivo de uma empresa. Como um jogo, ele descobre que tem que cumprir metas. É meio burro porque pelo buraco recebe a orientação para não exagerar. E aí ele vai sofrendo cada vez mais. Que desespero.
O filme fala muito de metas impossíveis de ser atingidas. Como aqueles gerentes de banco que te vendem algo que você não precisa só pra ganhar pontos, que mente pra conseguir a sua adesão. O filme fala muito sobre isso. Também fala que nenhum colega de trabalho é aliado, que todos são inimigos. Pra não falar de metas, para ser traiçoeiro. Quem não atinge a meta é eliminado. Que filme claustrofóbico. Eu ficava pensando onde iria chegar. O desfecho é muito interessante.
Terminei de ler Passarinha (2013) de Kathryn Erskine da Valentina. Esse livro chegou aqui de forma muito peculiar. Regularmente eu vou a Festa de Livro da USP e não estava achando o estande de uma editora que estava errado no mapa. Um responsável pela Valentina virou comigo o espaço perguntando pra amigos até chegar ao estande. Eu prometi voltar ao dele depois e escolher livros. Ele elogiou tanto esse que logo peguei e mais um outro a ler. Esse é maravilhoso! Daqueles livros que quero que o mundo leia. O livro é amplamente premiado. Tem uma página só com a relação dos prêmios que levou.
O marcador de livros foi presente de uma amiga.
A porcelana foi pintada por Peggy-Lou.
Obra (1950) de Jackson Pollock
Passarinha é um livro juvenil. Nós acompanhamos a história pelo olhar de Caitlin, uma menina de 10 anos com Síndrome de Asperger. Ela que fala o que vê e de vez em quando vemos alguns diálogos. Vemos tudo pelo olhar atento e específico de Caitlin. Com o tempo descobrimos o Dia em que a Nossa Vida Desmoronou. Esse dia foi quando o irmão de Caitlin foi assassinado com um tiro em um massacre em uma escola. Seu pai está catatônico e sem dinheiro para pagar alguém pra ajudar com as refeições, com a filha e pra fazer terapia. Caitlin consegue ajuda com a terapeuta da escola pública.
Obra de John James Audubron
Como todos nós, a autora ficou muito impactada com o massacre da Virgina Tech University onde morreram 33 pessoas. Ela passou a pesquisar e resolveu contar a história pelo olhar da Caitlin, uma jovem considerada diferente, quando todos nós somos diferentes. Outros colegas de escola dela são Michael, que teve a mãe assassinada nesse episódio e Josh, primo do assassino. No final a autora conta que quis mostrar o quanto todos nós somos intolerantes às diferenças e o quanto somos muitas vezes cruéis com pessoas fora do padrão. O desejo da autora é de todos nós, adultos e crianças, que passemos a refletir sobre o diferente, em vez de hostilizá-los, para ampliar a empatia, o acolhimento e tentar diminuir o ódio entre os semelhantes.
Obra de Lee Krasner
É incrível como a autora vai mostrando pela Caitlin as relações nos recreios, os pré-conceitos. Não só com ela, mas Josh sofre um bocado por ser primo do assassino e fica bastante violento pra se defender. Vamos vendo a dificuldade das pessoas, até mesmo do pai, que sem condições de ter apoio psicológico, tem que lidar com sua própria inatividade e ainda cuidar de uma criança. Me emocionei inúmeras vezes, fiquei profundamente abalada.
O vídeo de apresentação do livro é tocante também, espero que toque vocês.
Assisti Era Uma Vez Eu, Verônica (2012) de Marcelo Gomes no Canal Brasil. Eu assisti o Cinejornal que adoro, e era uma entrevista com a Hermila Guedes. Ela ganharia em seguida uma sequência de filmes com sua participação, como o lindo Céu de Suely. Eu adoro essa atriz, emendei esse lindo filme em seguida. Eu adoro esse diretor. O filme é realizado em Recife.
Verônica acabou de se formar e consegue uma residência em um pronto socorro. Ela é psiquiatra. São filas e filas de pessoas aguardando algum tipo de atendimento. Marcelo Gomes gosta de filmar com as pessoas locais, sem figurantes, então é engraçado em um momento quando Verônica passa no corredor e uma mulher fala "é aquela atriz". Os casos são complexos. O SUS é incrível, mas pela alta demanda, a maioria só trata quando não há mais limite, há pouca prevenção. Então os casos são muito, mas muito difíceis. Verônica mora com o pai, Waldemar José Solha.
Ela tem uma relação física com o personagem do João Miguel. Apesar de gostar muito dele e ser muito bom na intimidade, ela não tem vontade de ter um relacionamento. Quer continuar a ser livre. Verônica também grava pensamentos, auto análise, é muito interessante.
O pai adora forró e ouve bastante LPs. Então a trilha sonora se divide nos forrós clássicos e nas músicas da Karina Burh. Inclusive uma ela canta ao vivo, já que a protagonista vai em um bar com show dela. A trilha está no Spotify.