sábado, 9 de dezembro de 2017

Vermelho Russo

Assisti Vermelho Russo (2016) de Charly Braun e Martha Nowill no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, adoro as atrizes Martha Nowill e Maria Manoella desde que vi a peça Mulheres que Bebem Vodcka em 2010. Talvez já tivesse visto essas atrizes anteriormente, mas foi depois da peça que passei a acompanhar o trabalho delas. Queria muito ter visto esse filme nos cinemas, mas não consegui. O filme recebeu muitos elogios e prêmios.

Em 2009 Martha Nowill foi estudar teatro em Moscou e escreveu relatos da viagem. Resolveu fazer o filme baseada nessa experiência. Ela e Maria Manoella interpretam os personagens com os mesmos nomes. As duas seguem para Moscou para estudar teatro por mês e nesse período estudam a obra Tio Vânia de Tchekhov.

Mas o filme fala desse período que elas passam em Moscou. Muito interessante como é feito, atraente. Mostram elas no avião. Muito bacana onde elas ficam hospedadas. É em um alojamento onde vivem atores idosos, a própria Martha no filme comenta como o nosso Retiro dos Artistas. São umas preciosidades elas no alojamento, a convivência com todos de lá.
As personagens acabam tendo um desentendimento após um rapaz que estava saindo com Martha beija Manoella. Aí o filme se mistura com o teatro em uma metalinguagem, já que na peça que elas estudam as personagens também se desentendem. É muito interessante também a tênue linha que separada a realidade da ficção, sobre o que no filme foi inspirado realmente na vida das duas atrizes. Fazem participações no filme Fernando Alves Pinto, Michel Melamed e Soraia Chaves. Gostei muito de Vermelho Russo que ganhou prêmio de Melhor Roteiro no Festival do Rio.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Villa-Lobos Piano Trios 1 e 2

Ouvi o CD Villa-Lobos Piano Trios 1 e 2 (2009) do Aulustrio da Clássicos. Que belo CD. Adoro esse trio, gosto demais de Villa-Lobos e grupos de câmara. O Aulustrio é formado pelos irmãos Brucoli, Fábio (violino), Mauro (violoncelo) e Paulo (piano). Eles gravaram os Trios números 1 e 2 de Villa-Lobos, ambos com 4 movimentos, que preciosidade.
Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de dezembro de 2017

Quando o Dia Chegar

Assisti Quando o Dia Chegar (2016) de Jesper W. Nielsen no TelecinePlay. Que filme difícil! Que filme triste! O filme é inspirado em vários orfanatos da década de 60 da Dinamarca, mas poderia ser em qualquer país. No final relatam que muitos jovens que passaram por essa instituições no futuro, viraram usuários de drogas e álcool, tiveram depressão e ansiedade.

O filme gira na história de dois irmãos. A mãe está com câncer, o tio não tem trabalho fixo, então eles são enviados temporariamente a um orfanato e passam a sofrer uma infinidade de abusos e violência. Os meninos estão impressionantes, que cenas difíceis: Albert Rudbeck Lindhardt e Harald Kaiser Hermann.

O diretor no final usa uma frase clássica de quem pratica a violência: "tudo o que fiz foi para o seu bem e quando você crescer vai entender". essa frase se une a outra igualmente perversa, essa que não está no filme, mas é clássica também: "quando vocês tiverem os filhos de vocês vão entender". Não!!! Nunca vamos entender violência, abusos, omissões e silêncios. São frases mentirosas de pessoas que acham que o fazem é o certo e que não aceitam ser questionadas. Pessoas que mantém outras submissas pela violência, pelo medo como se fosse disciplina. Não!!! Não é! O diretor é interpretado pelo Lars Mikkelsen, irmão do Mads Mikkelsen. A professora por Sofie Grabol. Inclusive essa professora não concorda, mas diz ao diretor que não vai questionar os métodos da escola. Ela demora tempo demais para tomar uma atitude, e mais tempo ainda para fazer o que é certo que é denunciar os abusos.
Não há perdão para violência, mas menos ainda para omissão. Quando o garoto vai denunciar, falam que sem provas não podem fazer nada. Incrível como não validam a palavra de uma criança. Incrível como não percebem que o silêncio existe pelo medo. O inspetor é interpretado por David Dencik. Alguns outros do elenco são: Laurids Skovgaard Andersen, Soren Saetter-Lassen, Lars Tanthe e Sonja Richter. O diretor ganhou vários prêmios nos festivais de Hamburgo, Robert e Noruega.

Beijos,
Pedrita