sábado, 15 de fevereiro de 2020

Menashe

Assisti Menashe (2017) de Joshua Weinztein no HBO Mundi. Os canais Max passam agora a ser HBO, acho que há lógica já que é do mesmo pacote. E o Max que mais gosto passou a ser Mundi, por enquanto renovou consideravelmente os títulos de filmes. Menashe já estava na grade, mas surgiram outros títulos interessantes. Espero que não seja só no começo e depois passe a repetir exaustivamente como vinham fazendo. Eu pus pra gravar. Recentemente fiz umas atualizações com a Net pra ganhar menos, mudaram e aumentaram muitos recursos mesmo eu pagando menos, continua caro, mas acho que estão se esforçando, que assim continuem. Mas o sistema de gravação que é tão importante ao meu trabalho mudou. Os canais Max não levam a programação para o Now, então como vejo aos poucos, prefiro gravar. Os sistemas de tv a cabo mais antigos ainda não entenderam que a forma de ver televisão, filmes e séries mudaram. Esse novo sistema de gravação só vem dando problema e as dedicadas e educadas atendentes não conhecem o serviço, elas acham que é outra questão. O sistema de gravação vem ficando dias sem funcionar. A pobre da moça pedia para eu apagar o que gravei e gravar de novo. Por sorte eu disse que não ia fazer porque os filmes dificilmente passam de novo. Como da primeira vez, o sistema voltou vários dias depois sem erro algum. Espero que ajustem esse serviço porque eu uso muito.
Eu tive muita dificuldade em ver esse filme. Culturas exacerbadamente machistas me incomodam profundamente. Mesashe é pai. Atrapalhado, ele tem dificuldade de administrar a sua vida sozinho. O irmão da esposa que cuida do filho. É fato que ele tem uma vida mais regular que o pai, inclusive financeiramente. Tem esposa, filhos, então o garoto tem uma vida mais regrada. Mas é muita crueldade o que fazem com esse pai que não quer casar novamente para ter que ter o direito de ver e ficar com o filho.
As mulheres são inexistentes no filme, praticamente não tem voz. Talvez esse seja um motivo que o pai não saiba cuidar do filho, passou a vida sendo cuidado, não sabe como fazer. Mas isso não tira o direito dele de ficar e ver o filho. Essa cultura inclusive só aponta o dedo. Todos, sobre qualquer assunto, estão sempre diminuindo e acusando os outros. Deve ser difícil viver em um grupo assim. E também há rituais demais religiosos, pra comer, pra dormir, pra trabalhar, tem pouco tempo para outras atividades. Desinformados e informados só pelos livros sagrados, eles tem uma visão limitada da vida, desatualizada e fora da realidade. Tanto que precisam viver só entre eles pela dificuldade de socialização e de costumes. O protagonista é interpretado por Menashe Lustig, o filho por Ruben Niborski. Alguns outros por Josh Alpert, Abraham Bresky e Jorge Cea.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O Senhor dos Sonhos

Assisti a peça infantil O Senhor dos Sonhos na Mostra Panorama Trucks da Cia. Trucks no Teatro Viradalata. Que graça de peça! Eu amo teatro de bonecos, fiquei bem ansiosa pra ver esse. A Cia. Trucks comemora 30 anos, vejam que incrível. Uma companhia de teatro de animação com tanto tempo de existência, que orgulho!

Todas as peças dessa série falam do sonho, tema que amo. O Senhor dos Sonhos conta a história de Lucas, ele é um menino muito sonhador, viaja no seu barquinho, cai em uma ilha onde tem um macaco. Quando acorda, Lucas tem um cachorrinho. Muita ternura. Gosto de peças que mostrem as crianças que elas mesmas podem em casa criar as suas histórias com bonecos, estimulando a criatividade. Me emocionei muito com a história. 

A foto é de Henrique Sitchin
Eu fiquei encantada com o Teatro Viradalata, eu sei, eu ainda não conhecia, mea culpa. Além da parte interna do teatro ser moderna e aconchegante, há vários outros espaços, inclusive um jardim com árvores. Nessa parede bege agora está pintado um pouco da história do Brasil com desenhos, que encanto. Eu fui com uma amiga que conheço há anos pela internet e finalmente nos conhecemos pessoalmente já que ela mudou-se para São Paulo. A Mostra Panorama Trucks acontece todo fim de semana no Teatro Viradalata com peças infantis diferentes até 8 de março.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Hellboy

Assisti Hellboy (2019) de Neil Marshall no TelecinePlay. Esse herói é de HQ feito pelo Mike Mignola e o filme surgiu com o Guillermo Del Toro. Não é meu gênero preferido, mas é meu diretor preferido, então vi os primeiros e gostei. Nesse Hellboy é interpretado por David Harbour.

Como é um gênero que não gosto, fico sem paciência para as inúmeras cenas de lutas que não faltaram nesse e foram demasiadas. Hellboy é um herói debochado, não achei graça nas piadas. Dois heróis juntam-se a eles, gostei muito dos atores e personagens: Sasha Lane e Daniel Dae Kim. No final parecia uma cópia de Liga da Justiça, que fariam um filme posterior com 3 heróis e não um só, ai que preguiça.

A maravilhosa Milla Jovovich é a vilã. O roteiro mistura a lenda do Rei Arthur no filme. Hellboy seria filho de um descendente do Rei Arthur e portanto poderia pegar a espada. A vilã é a Nimue que o Rei Arthur picou em pedaços, enterrando em vários lugares. Durante o filme ela vai sendo reconstruída. Ainda no elenco estão: Ian McShane, Alistair Petrie, Penelope Mitchell, Sophie Okonedo, Emma Tate e Brian Gleeson.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Os Buddenbrook

Terminei de ler Os Buddenbrook (1901) de Thomas Mann. Eu comprei esse livro em um sebo faz muito tempo. Thomas Mann está entre os meus autores preferidos. Recentemente reeditaram em uma edição bem bonita. Esse era do Círculo do Livro. Amo livros grandes, tenho vários a ler, mas eu alterno com outros não tão extensos pra me sentir menos improdutiva. Frase que é incluída nas manias de leitura.

O marcador de livros é com imã e tem uma sapatilha de ballet.

Obra Cena na Praia de Noordwijk de Max Liebermann

Os Buddenbrook foi escrito quando Thomas Mann tinha 23 anos, tem algumas características de seus livros posteriores, mas ainda é um pouco diferente. É uma saga e li que é inspirada na vida do autor. Nessa minha edição na capa fala da decadência, mas oficialmente não é isso. A família Buddenbrook era abastada e seguia as regras sociais da época e de pessoas da alta sociedade. Inclusive cometia aquilo que hoje é mais raro, mas ainda existe, pegam uma criança pra morar com eles e acham normal que a criança trabalhe para pagar casa e comida. A personagem Ida acaba servindo a família depois, sendo uma espécie de governanta. Fico imaginando a partir de quando passou a receber remuneração, já que o livro não fala nada. O autor fala que depois de um tempo ela vai embora. Mas a obra não menciona se em algum momento recebe alguma herança. Infelizmente algumas famílias ainda pegam crianças pra criar e tratam como empregadas depois. Por sorte as regras atuais de adoção mostram que é um filho. Mas ainda existem famílias que exploram filhos de empregados domésticos.

Obra Quatro Garotas de August Macke

Fiquei muito surpresa de encontrar um livro tão feminino, com um olhar tão feminino. Tony não quer casar com um pretendente mais velho imposto pela família. É um horror o que esse homem faz para exigir que ela case-se com ele. Ela acaba cedendo. O marido não permitia que ela fosse a cidade. Eu até pensei que fosse por ciúmes já que ela é mais nova que ele, mas depois descobrimos que era pra que ela não descobrisse a péssima situação econômica do marido que pagou inclusive pessoas para enganar a família dela dizendo que ele era um promissor comerciante, mas de fato estava muito, mas muito endividado. O pai dela é procurado pra tentar salvar financeiramente o genro e gostei que ele não só se recusa como leva a filha e a neta embora. Na lei dessa época e país, o pai pode levar a filha de volta caso o genro não tenha condições de sustentá-la e podem pedir o divórcio. Um tempo depois ela casa-se de novo e é mais um desastre. Ela achou que eles iam passear, viajar, mas ele larga ela na casa e sai diariamente com os amigos. Assim que ela vê ele bêbado se engraçando com a cozinheira, ela vê a oportunidade de se ver livre dessa união, mas ela faz pelo todo, usa o que a lei pra conseguir o divórcio. Triste que sua filha também faz um casamento desastroso.

Obra O Mandril de Franz Marc

Li em uma biografia na internet do Thomas Mann que o tio teria ficado muito bravo com a forma que foi retratado no livro. Mas o autor muda um pouco a configuração das pessoas. Para o tio ser se reconhecido o autor deve ter escrito mais próximo a realidade com ele. Ficando bravo acabou confirmando que foi daquele jeito mesmo.

Existem adaptações desse livro para filmes e séries. O primeiro filme na década de 20, a última série na década de 70. Tem um filme mais recente. Acho que não vi nenhum. Coloquei no vídeo um trailer de uma adaptação da obra.


Beijos,
Pedrita