sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Monolith

Assisti Monolith (2022) de Matt Vesely no Max e HBO. Que filme! Não conseguia parar de ver. Mas como estava muito tarde, deixei pra ver o resto no dia seguinte e aí o Max não tava indo bem. Não sei se era a conexão que estava ruim. Fui terminar de ver na HBO. O ótimo roteiro é de Lucy Campbell.


 

Uma jovem tem um podcast com histórias inacreditáveis. Vamos entendendo aos poucos, mas o filme tem todo o interesse de não ser claro, de ficarmos na dúvida o tempo todo, ou de não sabermos se algo é verdade ou delírio da protagonista. Lilly Sullivan está incrível. O filme tem uma tensão permanente, é angustiante, com uma única atriz e só conversas com outros por telefone, sem vídeo. Que filme inteligente! É de tirar o fôlego só com conversas, absolutamente genial! É desses filmes que surgiram na pandemia, então só tem ela no elenco. Todos os outros são só voz em conversas e vemos algumas fotos das pessoas. É um filme australiano, filmado em uma casa deslumbrante, em um lugar mais deslumbrante ainda. A paisagem da casa é belíssima!

A jovem se depara com uma história de um tijolo preto que apareceu estranhamente para uma pessoa. Como disse, são várias histórias que se cruzam. Tem uma real e tem uma que pode ser delírio, paranoia, ou realmente algo misterioso. Assim que o primeiro podcast vai ao ar, aparecem outras pessoas que se depararam com o tijolo preto. Todos após fatos muito ruins. É bem chocante quando no meio de tanto delírio, uma história real aparece.
O que eu gostei é que o filme aborda inúmeras questões. Mesmo que a demissão do jornal não fique clara o motivo, percebemos que não houve checagem adequada e aconteceu uma acusação sem provas. No podcast, ela sempre avisa que está gravando, o problema é que ela edita de uma forma que cause mais impacto, mudando o conteúdo. Também fala de relações de poder patrão e empregado. E ainda esbarra no mercado de obras de artes e nem sempre suas compras dentro da lei. E aborda ainda os riscos do isolamento, mesmo conversando com outras pessoas, ela começa a enlouquecer na solidão. É um filme interessantíssimo!
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Retrospectiva Spotify 2024

A tão esperada Retrospectiva Spotify 2024 chegou! A sensação que tenho é que fica mais bonita a cada ano. O layout parece que se supera a cada ano, como se isso fosse possível. Minha retrospectiva tem 6h24minutos. Inclusive as anteriores continuam existindo nas playlists, dá sempre pra ouvir e ver o que mais ouvia em outros anos. 

Os artistas mais ouvidos mudaram pouco. Confesso que achei que mudariam mais.

A música mais ouvida foi a mesma do ano passado. Eu na Rua de Antonio Pinto, do filme maravilhoso Nine Days. Eu adoro, mas confesso que achei que seria outra porque não ouvi tanto quanto no ano passado.

Esse ano eu tive uma mudança de músicas, a Retrospectiva até fala sobre isso, mas nas músicas mais ouvidas, ainda predominaram as que ouvi mais no ano passado. Talvez só no ano que vem a mudança seja mais intensa. Amo Agora de Alice Caymmi, mas ouvi mais no primeiro semestre. Como é uma música dolorida, ouvi menos nesse semestre. Eu Te Desafio a me Amar eu amo, como amo Johnny Hoover, essa música é exatamente desse semestre. You Are My Sister foi uma surpresa, adoro essa música, mas não imaginava que tinha ouvido tanto.

Sempre me divirto com as divisões de estilo, com os nomes, junho começou a se definir como iria se configurar minhas playlists. Troye Sivan ando ouvindo bastante. E gosto muito de Billie Eilish. Torci muito pela canção dela no Oscar.

Eu adoro que os músicos mais ouvidos mandam vídeos de agradecimento. É bacana porque parece mesmo que foi só pra você. Esse foi por The Cranberries.

Gostei de Laura Cahen ter feito um video, gosto muito dela. Está realmente entre as músicas que mais ouço atualmente. Eu incluí dela 12 músicas. Ela tem uma voz intensa, envolvente. Confesso que teria adorado vídeos "exclusivos" pra mim de Alice Caymmi e Johnny Hooker, que pena que não aconteceu. Curiosa pra saber quem recebe vídeos de brasileiros. Eu só recebo de estrangeiros.

Sim, Billie Eilish deixou um vídeo. Acho que muitos ouvintes do Spotify devem ter ela na retrospectiva e receberam esse vídeo. Gostei muito, mas eu fico mais curiosa com os vídeos dos músicos mais raros de mais ouvidos dos ouvintes.

Muito fofo o da Aurora, parecia mesmo que era só pra mim. Eu curto 8 musica dela. E adoro! Ela está mais nesse meu momento atual.

Foi o ano que mais ouvi em tempo. Ano passado foi o que menos ouvi. Esse ano eu resolvi fazer uma playlist que esquecesse momentos que traziam lembranças doídas, então consegui ouvir bem mais. Ano passado eu queria esquecer. Esse ano eu também não queria lembrar, mas busquei músicas sem histórico. E criei histórias novas, menos doídas para essas músicas de agora.

Nossa, eu que agradeço ao Spotify. Essa retrospectiva é empolgante, há inúmeros outros recursos que usamos durante o ano. Mais ouvidas, as que você foi deixando de ouvir. Máquina do tempo. Enfim, é tanto recurso bacana que dá gosto ser assinante. Só podiam remunerar melhor músicos e compositores.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Tarô

Assisti Tarô (2024) de Spenser Cohen e Anna Halberg no Max. Porque sábado é dia de fantasminhas. E eu adoro tarô, vivo fazendo uns online gratuitos. Gosto muito do Tarô dos Anjos, mas esse claro que não era de anjo algum. 
 

Um grupo de amigos aluga por uma noite uma casa. Lá encontram uma caixa com tarô, as cartas são todas macabras. Uma jovem que entendia bem do tarô passa a ler para todos inclusive pra ela. Eu achei que era do estilo que não gosto. Que um por um ia sendo morto e o filme acaba assim mesmo, mas tive uma grata surpresa, é do tipo que eu gosto. Com alguma explicação para tanto ódio da dona das cartas. Os jovens são Larsen ThompsonHarriet Slater, Adain Bradley, Avantika, Humbely González Jacob Batalon.
Em  um passado muito distante uma leitora de tarô leu nas cartas que a mãe e o bebê iriam morrer no parto. Ela lê e relê inúmeras vezes e sai o mesmo. O marido irado, manda matar a filha da tarólaga pra puni-la. Ela joga a maldição nas cartas e quem encontrar o baralho e ler, todos que terão suas histórias lidas vão morrer conforme sua previsão.
Beijos,
Pedrita

domingo, 1 de dezembro de 2024

Eu Que Nunca Conheci os Homens de Jacqueline Harpman

Terminei de ler Eu Que Nunca Conheci os Homens (1995) de Jacqueline Harpman da Dublinense. Tem uma vendedora da Dublinense na Festa de Livro da USP que tem gosto muito, mas muito parecido com o meu. Quando ela diz que eu vou amar, sempre acontece. Esse ela ama e eu demorei bastante tempo para ler. Que livro! É absolutamente inacreditável! Um dos livros da minha vida que quero que todos leiam, fantástico! Amei que veio o marcador assim que tirei o celofane. E que edição bonita!
 

Obra O Retalho (1960) de Rachael Baes

Jacqueline Harpman  (1929-2012) foi psicanalista e passou e escrever posteriormente. Essa obra fala muito sobre existência, fases da vida, através de metáforas. Mulheres vivem em uma cela. Guardas homens se revezam do lado de fora. A única comunicação com elas é o chicote. A protagonista é uma garota que foi pra cela muito pequena. Diferente das outras ela não lembra nada do mundo lá fora. No começo ela fica isolada, quando ela passa a dialogar começa a conhecer um pouco como era a vida lá fora, mas muitas deles lembram pouco.

Obra Mulheres Tomando Banho de Alice Frey

Elas não entendem porque estão ali. Até que há um estrondo, os guardas correm, mas esquecem a chave na fechadura e elas saem. O bom é ir descobrindo o universo se descortinando pra elas. É tudo novo para a protagonista, que inclusive não tem nome. O livro discute muitos temas polêmicos como a eutanásia.

Obra Costura (1920) de Marthe Guillain

Fiquei muito pensativa! Muito impactada! Será que sempre estamos buscando um sentido para a vida? Será que há algum sentido? Será que é a busca por um sentido que nos impulsiona pra frente e não nos faz desistir? Será que viver é mesmo sem sentido algum? Acho que o livro não deve mais sair na minha pele e dos meus pensamentos.

Beijos,
Pedrita