Assisti
Adrienn Pál (2010) de
Ágnes Kocsis no
Max. Tenho gostado bastante dessa diversificação de filmes nos canais
HBO. Eles trazem filmes premiados ou não de vários países, mesmo que esses filmes não sejam maravilhosos. Há mais possibilidades e visões, mais filmes experimentais. O
Telecine Cult traz mais filmes de diretores consagrados e durante o dia passa só quase filmes clássicos americanos. Diversifica muito pouco. No
Max eu tenho visto filmes muito interessantes, que debatem questões pouco abordadas, temas tabus, tenho gostado muito. O diretor de
Adrienn Pál é húngaro. O filme é uma co-produção entre a
Hungria, Áustria, França e
Holanda.
Adrienn Pál é um desses filmes diferentes. Nossa protagonista é enfermeira de uma seção para doentes terminais. Ela trabalha 18 anos nessa seção. Faz tudo automático. Costuma contar a quantidade de mortos em um dia, uma vez foram cinco pessoas. E em geral, se é o plantão dela, é ela que leva os mortos para o IML. Ela é calada, demorei pra descobrir que o homem que fala sempre com ela é o marido dela. Ele implica com ela o tempo todo e fala o tempo todo em como ela tem que fazer regime. Até que um nome de um paciente faz ela procurar uma antiga amiga de colégio, na infância. Conversando com as pessoas, quase ninguém lembra da amiga dela, mas quase todos lembram dela, já que ela era uma menina extrovertida e bem humorada. Fico pensando onde a alegria dessa mulher se perdeu. Ela é rotineira e silenciosa, tanto que é o que incomoda nos colegas de trabalho. É mais um filme que retrata essas pessoas introspectivas, que vivem em um mundo próprio e que pouco conhecemos pelos seus excessivos silêncios. Mas conseguimos ver que essa enfermeira é dedicada, carinhosa e responsável, mesmo em seu silêncio. A atriz está incrível e é interpretada pela Éva Gábor. O filme é praticamente com ela, os outros aparecem menos: István Znamenák, Ákos Horváth e Lia Pokórny.
Beijos,
Pedrita