sábado, 18 de agosto de 2007

Final Fantasy

Assisti Final Fantasy (2001) de Hironobu Sakaguchi no HBO Plus. Uma co-produção entre Japão e Estados Unidos. Eu adoro filmes de ficção científica e animação e Final Fantasy é muito bom. Os personagens são animação mas muito similiares a atores. Gostei muito do roteiro de Al Reinert, Hironobu Sakaguchi e Jeff Vintar. É muito atual.
Nossos protagonistas estão em 2065. A terra não é mais habitável e foi tomada por alienígenas. Só nessa questão que fica ficção, mas a terra seca, sem a possibilidade de vida humana é o que mais se discute atualmente.

Gostei muito dos debates sobre a ciência e ações militares. A dificuldade de militares compreenderem o pensamento abstrato da ciência e as complexas pesquisas que nem sempre parecem mostrar uma saída. Os militares acabam preferindo usar a força, não aceitar argumentos e esperar ver se os resultados das pesquisas científicas serão satisfatórios. E Final Fantasy discute bastante a distância entre esses dois raciocínios.

Tecnicamente Final Fantasy é muito bem feito. É a Square Company que cuida de boa parte dos efeitos especiais, juntamente com a Chris Lee Productions. Só não gostei da caracterização do vilão e do mocinho. Eles ficaram parecidos demais e me confundiu um pouco. Vi que Final Fantasy tem uma série de jogos de RPG. Não me animei muito porque imagino que deve ser para matar alienígenas e não é o tipo de game que gosto. Gostei muito da música do final, simplesmente maravilhosa!


Beijos,


Pedrita

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Fausto de Goethe

Fui ao recital com composições do Fausto de Goethe na CPFL em Campinas. Essa apresentação está inserida na série O Mito do Fausto no Tempo e começou com a exibição de um trecho de uma série alemã baseada no livro Dr. Fausto de Thomas Mann que é maravilhoso. Passaram o trecho que o Fausto conta que vendeu a alma ao diabo para realizar o seu sonho de compositor.

Foi um recital maravilhoso, fiquei várias vezes emocionada, arrepiada. Não só pelos belíssimos poemas de Goethe (foto), como pela música e principalmente pela interpretação magnífica dos músicos que eram: Adélia Issa, soprano, Marcos Tadeu, tenor, Carlos Eduardo Marcos, baixo e Ricardo Ballestero (foto: crédito - João Pires), pianista. Magistral!
Adélia Issa (foto) interpretou sempre Margarida ou Gretchen, Marcos Tadeu, Fausto e Carlos Eduardo Marcos, Mefistófeles.

Fiquei muito surpresa de ver quantos compositores fizeram música para o Fausto de Goethe. No repertório do recital estavam os compositores: Beethoven, Schubert, Berlioz, Wagner, Wolf, Boito, Stravinsky e Gounod. Composições, estilos e idiomas diferentes. No palco projetavam os poemas de Goethe que eram interpretados. Achei ótimo porque podíamos acompanhar a dramaticidade de cada momento. Me surpreendi muito com a frieza do público, era um espetáculo de tirar o fôlego, maravilhoso, com interpretações incríveis, mas eles somente aplaudiam.

Não consegui localizar especificamente os poemas que foram interpretados, mas escolhi alguns para ilustrar o post.
Trechos do Fausto de Goethe em que Margarida está sozinha:
Sinto o coração pesado.
Dias de paz, onde estais?
Ai, descanso abençoado,
nunca, nunca, nunca mais!
Inda não quitei a vida,
e já ’stou na sepultura.
Quem nasceu tão sem ventura,
melhor não fora nascida.

Trago esvaído o juízo,
o coração como louco.
Sempre durastes bem pouco,
horas do meu paraíso.

Mefistófoles:

Agora toca a ver se desfazemoso encalhe da soleira.
Quem nos deradente de rato aqui!...
Pedi-lo e tê-lo, tudo foi um; já lhe oiço a roedura;
não tarda uma unha negra. Esconjuremo-lo!

«O Senhor dos ratos, murganhos e moscas,
«das rãs, percevejos e mais sevandijas,
«ordena que roas as figuras toscas,
«que ele unta de azeite nestas pedras rijas.

Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Gianni Ratto - artesão do teatro

Fui na exposição Gianni Ratto - artesão do teatro na Caixa Cultural, Galeria Paulista. É em homenagem a essa grande personalidade do teatro, diretor, cenógrafo, figurinista, iluminador, escrito e ator. Nasceu em Milão, veio ao Brasil a convite de Maria Della Costa onde dirigiu seu primeiro espetáculo, O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh.
A exposição traz muitos desenhos de cenários, vi a quantidade de cenários para a ópera como a montagem de Lucia de Lammermoor em 1954, no Scala de Milão. Pará vários espetáculos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro dirigiu, fez cenários, iluminação e figurinos. Montagens de óperas de 1967, 1979, 1981, 1982, 1986.
Me surpreendi com os detalhes dos desenhos. Várias gavetas trazem muitos desenhos de cenários, figurinos, a perfeição dos traços, a beleza, todos cobertos com papel de seda. Muito diferente do que tenho visto recentemente.

Também há um quadro com montagens de fotos daqueles que estiveram em suas produções. Foi uma surpresa ver Cleide Yáconis numa bela minissaia, Flávio Rangel, Fernanda Montenegro, Antônio Fagundes como Cyrano de Bergerac, Cyro del Nero, Paulo Autran, Sérgio Britto, Sergio Mamberti, entre tantos outros.

A exposição Gianni Ratto - artesão do teatro é grátis e fica em cartaz até o dia 23 de setembro.




Beijos,


Pedrita

domingo, 12 de agosto de 2007

Recital de Raúl Giménez

Fui ao Recital de Raúl Giménez na Série Grandes Vozes no Teatro São Pedro. Giménez é um famoso tenor argentino que foi acompanhado pelo maravilhoso pianista Andrés Máspero, também argentino. Gostei do recital, mas não foi apaixonante. Raúl Giménez vive em Barcelona, Andrés Máspero é diretor de um Coro em Munique.

Achei que Raúl Giménez escolheu um repertório muito pesado para ele. Minha impressão se confirmou quando ele interpretou duas árias da Tosca no Bis. Sua voz vinha de uma beleza maravilhosa, um timbre lindo e uma técnica impecável. Leveza que não senti no restante do repertório, apesar de ter gostado bastante de várias canções. Os dois mudaram algumas músicas do repertório, eu só tenho o original. Não consegui anotar as que poucas que foram mudadas. O repertório programado era: Toglietemi la vita ancor de Alessandro Scarlatti, O del mio dolce ardor de Christoph Willibald Von Glück, Amarilli de Giulio Caccini, Ay Ay Ay de Osman Perez Freire, Quem sabe de Antonio Carlos Gomes, La moza donosa de Alberto Ginastera, Malinconia, Per pietá bell’idol mio e Ma rendi pur contento de Vincenzo Bellini. Pace non trovo, Benedetto sia il giorno e I’ vidi in terra angelici costumi de Franz Liszt / Petrarca. L’orgia e La danza de Gioachino Rossini. Estrellita, Chabuca Granda e Fina Estampa de Manuel De Ponce. E cinco canções argentinas: Chacarera, Triste, Lamba, Arrorró e Gato.
Foto do pianista Andrés Máspero


Beijos,

Pedrita