sábado, 28 de dezembro de 2019

De Onde eu te Vejo

Assisti De Onde eu te Vejo (2014) de Luiz Villaça na Netflix. Eu queria muito ver esse filme, o trailer é ótimo.

Um casal se separa e cada um vai morar em frente ao outro. Não tem como não ficar triste vendo o Domingos Montagner. Ele é o ex-marido, a Denise Fraga a ex. Demorei para ter coragem de ver.

Eles tem uma filha adolescente interpretada por outra atriz que adoro, Manoeli Aliperti. A melhor amiga dos dois é interpretada pela Marisa Orth. O namorado da filha por Kauê Telloni. O pretendente pra ex, Marcelo Airoldi.

O que o filme mais mexeu comigo foi ter falado da especulação imobiliária no centro da cidade de São Paulo e da destruição de espaços históricos. Em alguns momentos a destruição estava na ficção, mas quem mora em São Paulo, sabe o quanto as construtoras vem destruindo a nossa história. Para ajudar a contar essa triste parte da história da cidade fizeram os dois protagonistas serem jornalista e arquiteta. Os dois viveram sempre no centro, sua história se mistura aos lugares tradicionais e históricos. 
Pra piorar, a protagonista não consegue emprego na sua área. É cada vez mais difícil conseguir empregos para arquitetos e jornalistas. Pouco criativo se constrói de novo. Então ela vai trabalhar em uma empresa que tenta  convencer as pessoas a vender suas casas históricas para as construtoras.

Para contar essa história grandes atores aparecem em participações: Laura Cardoso, Fúlvio Stefanini, Juca de Oliveira, Laila Zaid, Claudia Missura, Maurício de Barros e Fernando Sampaio.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019

Foi um ano de muitos eventos culturais. Vou dividir por tema, quem quiser só olha o tema de interesse.
Cinema
Foi difícil escolher, foi um ano de grandes filmes.
1 - Los Silencios
2 - Joaquim
3 - Berenice Procura
4 -O Jabuti e a Anta



Livros
Tenho procurado ler livros de escritoras, mas acabou sendo coincidência que todos os que gostei mais foram escritos por mulheres.


Teatro
2 - Invocadxs
3 - Zibaldone




Beijos,
Pedrita

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Mário Cravo Júnior - Cabeça de Tempo

Vi a exposição Cabeça de Tempo de Mário Cravo Júnior na Galeria Leme. A curadoria foi de Thaís Darzé. Essas obras foram feitas com destroços do incêndio que atingiu o Mercado Modelo de Salvador em 1980. Gostei demais da mostra.

Obra Sem Título (1983) de Mário Cravo Júnior

As obras me lembraram muito carrancas. Esse escultor modernista baiano denuncia o que o tempo faz em terras que não cultuam o passado. Mário Cravo Júnior tem obras expostas no mundo todo. Na Galeria Leme eram 30 peças expostas. .

Foto de Andrew Kemp

Por uma triste ironia do destino uma obra sua em Salvador foi destruída pelo fogo um pouco depois dessa exposição terminar
Bom Natal pra vcs!
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Mula

Assisti A Mula (2018) de Clint Eastwood na HBO Go. Eu queria muito ver esse filme. Depois a Liliane do Paulamar comentou no blog dela. Eu esperei o filme entrar em cartaz no canal que eu tenho incluído no meu pacote. É um bom filme. Clint Eastwood tem feito filmes diferentes, que abordam temas pouco convencionais. Esse é baseado em um artigo sobre um homem de 90 anos que se torna Mula. Passa a levar drogas a longa distância.

O protagonista trabalhava com flores, participava daqueles eventos chatos de concorrência de flores, ganhava a maioria. Aqueles eventos com bailes cafonas. Com a internet, ele perde clientes e é despejado do sítio que cultivava as flores.

O personagem tinha uma vida conturbada com a família. Ele se afastou de todos e passou a viver só para o cultivo de flores e dos eventos pelo país. Abandonou a família. No filme, ele vai com sua caminhonete caindo aos pedaços no noivado da neta, era a única que tinha um pouco de contato com ele. 

Um homem da festa dá um cartão e fala pra ele ligar para o número do cartão caso precise de trabalho. Ele resiste mas procura o trabalho. Era pra levar drogas em longas distâncias. Como ele era um motorista exemplar, sem nenhuma multa, idoso, acaba sendo muito bem sucedido e passa a levar cada vez mais drogas. O dinheiro farto o conquista. Ele consegue comprar uma caminhonete chiquérrima, reaver o sítio, reformar o clube que fazia os bailes e os eventos das flores. O filme começou a me dar uma agonia enorme, eu ficava o tempo todo pensando que ele poderia ser pego.

Dentro dessa trama o filme aborda muitas questões. Boa parte das pessoas que estão no crime são imigrantes. Quando dois criminosos passam a seguir A Mula, eles que são revistados, porque "eles tem cara de suspeitos". Além de ser idoso, o protagonista era branco. Quando o policial vai procurar uma caminhonete preta no percurso, nem suspeita daquele idoso. No Brasil já usam muito idosos para crimes, grávidas também, porque atraem menos olhares. Embora agora já são alvos de blitz, em aeroportos, já que a prática de contratá-los tem sido grande. Os imigrantes são interpretados por Victor Razuk, Cesar de Leon, Patrick le Reyes, Noel Gugliemi, Roberto LaSardo e Gustavo Munoz. O chefe do tráfico é interpretado por Andy Garcia.
O filme também fala muito de perdão, família, envelhecimento, legalidade e informalidade. A própria filha do Clint, Alison Eastwood, faz a filha do personagem. A família do personagem é interpretada por Dianne West, Taissa Farmiga e Austin Freeman. Os policiais são interpretados por Bradley Cooper, Michael Peña e Laurence Fishburne.



Beijos,
Pedrita