sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Blackkklansman

Assisti Blackkklansman (2018) de Spike Lee no TelecinePlay. Eu queria muito ver esse filme que recebeu muitos prêmios e elogios, inclusive Oscar de Melhor Adaptação.  É inspirado no livro do policial Ron Stalworth que na década de 70 se infiltra na Ku Klux Klan. Que filme fundamental! Que triste que a temática volta a ser pauta.

O sonho de Ron Stalworth era ser policial. Ele sofre todo o tipo de preconceito, mas por ser muito estudado, consegue ser enviado para o departamento de investigação. Por telefone ele se faz de racista branco para líderes da Ku Klux Klan. Para poder frequentar as reuniões é necessário um branco e outro policial se passa por ele, um policial judeu. John David Washington está incrível como Ron Stalworth. Gosto muito do ator que faz o judeu, Adam Driver.
Antes de se tornar um infiltrado, Ron Stalworth vai como policial a paisana investigar uma reunião das Panteras Negras. Há dois grandes momentos de discursos no filme, esse que o palestrante fala sobre a negação da beleza negra, da não valorização do nariz como sinônimo de beleza enfatizando somente o nariz fino. E outra palestra que beira o insuportável sobre um jovem com problemas mentais que é acusado de estupro, linchado e assassinado em público. E que o filme que foi realizado por brancos sobre esse fato é até hoje cultuado pelos líderes da Ku Klux Klan.
Deve ter sido muito difícil para o elenco interpretar esses líderes racistas fanáticos da Ku Klux Klan, que homens horríveis. O elenco todo é muito bom: Laura Harrier, Topher Grace, Harry Belafonte, Jasper Paakkonen, Robert John Burke, Isiah Whitlock Jr., Jarrod LaBine, Paul Walter House e Ashlie Atkinson. Alec Baldwin faz uma participação. O final do filme é insuportável, vem para os dias de hoje e percebe-se que esse grupo racista absurdo não só existe, como volta a ganhar força e a matar pessoas.

Quero muito ler a autobiografia do Ron Stalworth.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Sim, trata-se de um filme muito interessante, que inquieta demais a gente. A minha inquietação se deveu justamente ao fato de estarmos ainda discutindo esse tipo de coisa, porque os descendentes daquelas "pessoas horríveis" irromperam do "esconderijo" em que se encontravam para reivindicar a volta das práticas (admitamos - canalhas) que os seu antepassados cultivaram.

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    1. marly, exatamente, inquietante. fiquei agoniada pelos riscos e pelos horrores e pensar que esse assunto ainda é tema e ação. o final é muito impactante, fiquei em choque.

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  2. É um filme magnífico! Pra mim, está entre os melhores dessa década.

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  3. Olá Pedrita
    Gostei demais do filme.
    As atuações são irrepreensíveis!
    Maravilhosos John Washington (que eu não sabia que é filho do Denzel Washington) e Adam Driver.
    Um filme com Spike Lee em sua melhor forma.
    Chocada com o final.
    Eu até pensei: uia cortou rápido, massssss quando vi 2017 fiquei de cara.
    Infelizmente é uma realidade triste, absurda e inadmissível.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, nossaaa. obrigada pela informação. o rapaz é muito bom. li que ele era jogador de futebol. o final chocou demais. levei um tempo pra processar. esses horrores não podem voltar.

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  4. Pedrita,
    Embora extremamente inquietante, deve ser um bom programa.

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