sábado, 9 de agosto de 2014

Mad Maria

Terminei de ler Mad Maria (1980) de Marcio Souza. Eu li esse livro emprestado da minha vizinha. Eu gostei muito dessa capa que é da edição que li, do Círculo do Livro. Representa exatamente a loucura que foi a construção da ferrovia Madeira-Mamoré em Rondônia, entre 1907 e 1912, mais uma dessas obras faraônicas que o Brasil adora fazer, gastando muito, desviando mais ainda. Nesse caso ainda aconteceram muitas mortes. 40 nacionalidades construíram a ferrovia, pelo que sabem, morreram ao todo 1552 homens em 5 anos de construção, mas muitos acreditam que foram muito mais.

Poucas fotos restaram daquele período e foram feitas por Dana Merril. Marcio Souza escreve sobre a loucura de construir uma ferrovia em solo arenoso, do calor, das doenças, da malária. E mostra as articulações políticas na capital do Rio de Janeiro para a realização desse projeto. Com personagens ficcionais e reais, permeia essa construção insana. A ferrovia Madeira-Mamoré acabou sendo concluída e foi utilizada até 1972. Em 2005, Mad Maria era o sexto livro mais vendido no Brasil.

Há uma minissérie adaptada sobre esse livro que quero ver.




Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Candidato

Assisti O Candidato (2008) de Kasper Barfoed no Max. Eu resolvi ver esse filme por um acaso. Não é um filme político, é um suspense em tanto. O rapaz é candidato a uma vaga como advogado na empresa que o pai trabalhou. Mas o filho quer investigar a morte do pai porque não acredita que foi acidente, acha que ele foi morto. E por isso não o contratam.

Então coisas inacreditáveis começam a acontecer com ele. Nós sabemos pouco. O filme é muito bem realizado, eletrizante e com um roteiro muito inteligente. Belíssimo o protagonista Nikolaj Lie Kaas. As mulheres também são muito bonitas: Laura Christensen, Tuva Novotny e Birgitte Hjort Sorensen. Alguns outros do elenco são: David Dencik, Kim Bodnia e Ulf Pilgaard.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Da Bélle-Époque aos nossos dias, compositoras ainda lembradas

Li o post Da Bélle-Époque aos nossos dias, compositoras ainda lembradas do blog Mulheres Compositoras de Nilcéia Baroncelli. É um post que fala de três compositoras bem conhecidas, a americana Carrie Jacobs-Bond (foto), a francesa Helen Guy que usava o pseudônimo Guy d´Hardelot e a inglesa Amy Woodforde-Finden (foto abaixo).

Ouvi algumas canções e me soaram familiares. O post fala de várias canções que estão no youtube, um pouco da história de cada uma. Nilcéia Baroncelli é jornalista, musicista, compositora e estudiosa das compositoras mulheres, tanto que escreveu um livro relacionando-as que está esgotado, infelizmente. Eu tenho muita curiosidade de conhecer o trabalho de mulheres na cultura e gosto muito de textos que me auxiliem em complementar os meus poucos conhecimentos. O post tem várias informações das compositoras, das canções, de sugestões de vídeos no youtube para ouvir.

Vou colocar algumas belas canções para que conheçam ou reconheçam.
De Carrie Jacobs-Bond, I Love You Truly que segundo Nilcéia vendeu um milhão de cópias de partituras.


De Guy d´Hardelot, Because
 
E de Amy Woodforde Finden, Kashmiri
Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de agosto de 2014

Meu Pedacinho de Chão

Assisti a novela Meu Pedacinho de Chão (2014) na TV Globo. Benedito Ruy Barbosa escreveu uma novela parecida em 1971 na TV Cultura, mas resolveu escrever outra com alguns elementos da anterior. A direção mágica ficou com Luiz Fernando Carvalho, entre os meus diretores preferidos. Que encantamento, que beleza, vou sentir muita falta desse mundo encantado.

Foi tudo lindo demais, sem ser esquemático, a novela falou de muitas questões importantes, valorizou a figura do professor, falou dos maus salários para professores e médicos, da precariedade nos sistemas de saúde. Mas encantou com a magia dos sentimentos. Aparentemente simples nos romances, foi bem a fundo na discussão da divisão de classes, na exploração entre patrões e empregados, falou de política, de analfabetismo. Começa com a professora Juliana chegando na cidade e o prefeito se aproveitando da situação para angariar votos. Três homens ficam encantados com ela. Parece que inicialmente a previsão é que a professora ia se encantar mesmo com o engenheiro agrônomo, e ela e ele seriam os protagonistas. Mas Irandhir Santos encantou o público com o Zelão e começou a ser o favorito nas redes sociais, nas enquetes. Eu e minha mãe torcíamos muito pelos dois. A Juliana foi interpretada lindamente por Bruna Linzmeyer. O interesse em fazer tudo mágico e que parecesse o mais real possível, fez com que a equipe decidisse pintar o cabelo da Bruna Linzmeyer de cor-de-rosa.
Outro casal que arrebatou a preferência do público foi a da Gina com o engenheiro agrônomo. Eu adoro esse ator, Johnny Massaro, e como ficou lindo com a caracterização do personagem. Paula Barbosa que fez uma Gina e encantou tanto conseguindo vencer a resistência do público já que ela é neta do autor. Como é linda. A personagem teve uma bela transformação e nas entrevistas adorava que muitos ainda a queriam como era no começo.

A novela teve poucos meses e poucos capítulos. O elenco foi pequeno e encantador. As crianças surpreendiam com a naturalidade das interpretações. Serelepe foi interpretado por um ator de circo, Tomás Sampaio. Uma princesa a atriz que fez a Pituca, Geytsa Garcia. Adorava também o Tuim, intepretado por Kauê Ribeiro de Sousa. Serelepe era uma criança sem pais, que vivia livre. Gostei muito que a família o adotou no final e da discussão sobre agregados e adotados. Ainda é muito comum achar famílias que tratam agregados como se fosse da família, dão tudo o que o filho legítimo tem, a mesma escola, mas qualquer problema esquecem a frase como se fosse da família e descartam a criança. Ou o que muito acontece ainda, após perder a delicadeza da criança, começar a ter atividades na fazenda ou na casa, sem tratado como empregado, mas dificilmente receber corretamente como um empregado. E passar de membro da família como funcionário. Serelepe percebe essa artimanha, foge, e acaba sendo adotado legalmente.

Juliana Paes arrasou como a Catarina. Osmar Prado também estava ótimo como o Coronel Epa. Todos os figurinos eram encantadores, misturavam objetos, plásticos. Os animais eram todos de plástico e se mexiam, uma graça as galinhas, as vaquinhas. Os figurinos da Catarina e suas inúmeros perucas eram mágicos. Ela tinha até uma peruca para ir dormir, mais próxima do cabelo natural. Os cenários também pareciam casinhas de bonecas. Muitas vezes tão pequenos que os atores precisavam se abaixar para passar nas portas. Tudo lindo demais.

Eram muitos atores que adorava. Surgiram novos atores, Cintia Dicker que intepretou a linda Milita, Gabriel Sater, filho do Almir Sater que intepretou o Viramundo. Em uma enquete foi eleito o ator mais bonito de Meu Pedacinho de Chão. Ele cantava modas de viola. Os clipes eram lindos. Todos os atores cantavam um trecho, cada um em um cenário mágico. Adorava esses momentos de canções. Letícia Almeida fez a intempestiva Rosinha, que moça bonita.

Adorava ainda o Rodapé, com um ator que adoro, o Flávio Bauraqui: "Trabalhei, mais do que pude". A Amância, Dani Ornellas, Izidoro, Raul Barreto, o Padre Santo, outro ator que adoro, Emiliano Queiroz, "Está fica muito bem" e a Dona Tê, Inez Peixoto. Foi a estreia em novelas do Bruno Fagundes, que interpretou um médico recém-formado, a história dele não desenvolveu muito bem. Muito irreal um posto de saúde sem pacientes. Sempre em fazendas há machucados que precisam de pontos, logo inclusive ele tratou de sarampo, mas ninguém aparecia. Gostei demais que estava no elenco a atriz de O Palhaço, Teuda Bara, em um lindo personagem, uma simpática parteira e benzedeira, que ajuda todos na cidade.
Alguns outros atores conhecidos estavam no elenco: Antonio Fagundes, Rodrigo Lombardi e Ricardo Blat. Antes mesmo do Ministério Público se incomodar com as bebidas de Meu Pedacinho de Chão eu já me incomodava com o excesso de álcool e com a exposição constante de armas. A novela focava muito o público infantil, realmente não precisava tanta bebida, mas acho que bastava o Ministério Público orientar.



Beijos,
Pedrita