Terminei de ler
A Canção de Solomon (1977) de
Toni Morrison. Desde que eu tinha lido uma matéria sobre essa autora em 2006, queria muito ler uma obra dela. E ainda
Morrison é ganhadora de
Prêmio Nobel e eu e minha irmã estamos lendo pelo menos uma obra de cada ganhador do prêmio pra conhecer. Eu achei esse livro em um sebo, comprei por R$ 15,00, mas pelo que vi na internet não parece ser muito difícil de encontrar em sebos. Gostei muito e me surpreendi com o estilo.
AVISO! Quem for ler essa obra, e minha irmã lerá em breve, não leiam antes em hipótese alguma os textos atrás nem a orelha. Eles revelam antecipadamente vários segredos da obra. Eu falo dessa edição da capa ao lado! Por sorte eu não li, não gosto de ler antes de ler a obra, gosto de descobrir sozinha. Quando terminei fui ler. Os textos para "vender" o livro são pobres, rasos e contam mais do que deviam. Nesses textos falam que o livro é "antes das leis anti-segregação e dos movimentos que estimularam o orgulho racial dos negros norte-americanos". Não sei se concordo com essa frase, acho muito generalista, mas fiquei curiosa em conhecer essas leis anti-segregação, porque o que vejo na relação entre negros e brancos nos Estados Unidos sempre me impressionam negativamente. Hoje eles estão unidos por cinema, comércio, tudo próprio pra eles, mas não sei se viver cada um no seu canto é a melhor forma de conviver. Acho que estimula mais ainda as diferenças raciais.
Obra de Robert Raus-chenberg
No estilo da autora, realidade se mistura com fantasia. Começa a obra com algo muito fantasioso, mas há momentos em que a fantasia se superpõe a realidade. Gostei muito também dos nomes dos personagens. A
obra permeia a vida de Milkman. Na segunda parte parece a busca pelo Santo Graal. Aquela busca desenfreada, maluca, por algo que parece ser somente um delírio.
Obra Fifty Days at Iliam: Shades of Achilles, Patroclus, and Hector (1978) de Cy Twombly
Trechos de A Canção de Solomon de Toni Morrison
“O agente da companhia de seguros North Carolina Mutual Life prometera voar do alto do Mercy Hospital até a outra margem do Lago Superior às três horas.”
“- Só há dois banheiros no centro da cidade permitidos aos negros: o do restaurante Mayflower e o da Sears.”
Vocês que acompanham meus posts de literatura sabem: os pintores e os músicos dos posts são do mesmo país do autor da obra e do mesmo período que a obra foi publicada. Portanto os desses posts são americanos.
Música do post: miles davis - you're under arrest
Beijos,
Pedrita