sexta-feira, 8 de abril de 2011

Uma Simples Formalidade

Assisti Uma Simples Formalidade (1994) de Giuseppe Tornatore no Telecine Cult. Vi esse filme por um acaso, o nome não atrai e como há vários filmes com nomes parecidos e não são bons, quase nem olhei os detalhes. Como é o horário que gosto de ver filmes, fui nas informações no site do Telecine e levei um susto, no elenco estão Gerárd Depardieu e Roman Polanski, não tinha como não assistir. É simplesmente maravilhoso! Não sou tão fã assim desse diretor, mas esse filme é incrível! Logo no início há uma tomada de cena espantosa. Em uma floresta escura, ouvimos um tiro. Depois correndo, como se fôssemos nós que estivéssemos correndo, vamos correndo pela floresta. Acompanhamos a tomada de fôlego, a câmera sobe e desce e quase ficamos tontos, absolutamente genial!

Depois descobrimos que é o personagem do Depardieu que estava caminhando pela floresta. Ele é interceptado em uma estrada por policiais, chove muito, é muito frio e levado para depoimento. Passa o filme então nesses depoimentos com trechos literários, fantástico! Junta-se a dupla o excelente Sergio Rubini. Alguns outros do elenco são: Nicola Di Pinto,  Tano Cimarosa,  Paolo Lombardi, Maria Rosa Spagnolo. A trilha sonora é do maravilhoso Ennio Morricone.  É um filme cheio de suspense e  agoniante.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comunidade Espanhola - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas

Assisti ao espetáculo Comunidade Espanhola, São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas na Biblioteca Mário de Andrade. A apresentação começou com zarzuelas sendo interpretadas pelo tenor Eric Herrero e o pianista Ricardo Ballestero. Herrero disse que ficou muito contente com o convite para o recital já que é raro no Brasil ter a oportunidade de interpretar zarzuelas. Depois se apresentou a violonista Gisele Nogueira. E por último o grupo folclórico galeco Lembrança e Agarimo. Gostei muito desse grupo de dança, é perceptível semelhanças com danças portuguesas e alemãs. E ainda as gaitas de fole que lembram a Inglaterra. O público estava muito animado, eram divertidas as manifestações em cada apresentação. A curadoria musical é de Anna Maria Kieffer.

A apresentação começou com dois palestrantes João Carlos Vilardaga e Eléna Pajaro Peres. Ele falou da primeira leva de espanhóis que vieram a São Paulo, em 1540. A província tinha 120 homens brancos. A população total em São Paulo era só de 1000 pessoas, entre mestiços, brancos e índios. Chegaram então 40 espanhóis. Vilardaga reforçou a influência espanhola em São Paulo. Outras levas vieram depois e que os espanhóis acabavam ocupando cargos de poder e interferindo na dinâmica da cidade. Depois Eléna Pajaro Peres falou das levas de espanhóis que chegaram no século 20. Um grande grupo veio com incentivo da igreja e do governo, eram carpinteiros, trabalhadores rurais. Outra leva veio por conta própria pelo interesse econômico e vários desses já tinham ao menos um parente onde ficar em São Paulo. Com isso se pulverizaram na cidade. Diferente do que aconteceu com outras culturas que foram vários para um mesmo bairro. Ela comentou que é difícil pesquisar a história dos espanhóis em São Paulo porque eles se incorporaram e pulverizaram por toda a cidade. Como sempre  o ciclo: São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas é gratuito e segue até maio. Continua lotado é preciso pegar senhas bem antecipadamente.







Beijos,


Pedrita

terça-feira, 5 de abril de 2011

Neny Hotel Inn

Assisti a peça Neny Hotel Inn de Hermano Leitão no Teatro Ruth Escobar. É uma comédia sobre um hotel "5 estrelas". O gerente tenta a todo custo colocar o hotel dentro do marketing internacional, mas uma sucessão de confusões atrapalham consideravelmente os seus planos. Divertidíssimas as cenas que o gerente tenta ensinar a recepcionista como conversar com os hóspedes estrangeiros em vários idiomas. Gostei também no cenário do elevador. A trilha sonora também é ótima e dá todo o tom do espetáculo e dos momentos. No elenco estão Alexandre Vargas, Roger Rodrigues Luana Martins, Neiva Maria, Claudiane Carvalho, Franklin Medeiros, Miguel Ruiz e Adam SchweglerNeny Hotel Inn fica em cartaz até junho.



Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de abril de 2011

BBB11

Assisti o Big Brother Brasil 11 na TV Globo. Esse ano a emissora apostou na diversidade sexual, possivelmente acreditaram que vários integrantes diferentes iriam incrementar o BBB11. Mas esqueceram que há uma diferença enorme entre o discurso e a prática. A aposta maior era a primeira BBB transsexual, mas como a própria Marion ressaltou, a Ariadna não era carismática e saiu na primeira semana. Os BBB eram ousados como vários jovens nas festas, faziam "loucuras" que ficaram repetitivas depois, mas no discurso e no dia-a-dia, como a maioria, eram conservadores e machistas, mesmo algumas meninas. É muito comum os jovens atualmente se mostraram modernos sexualmente, ousados em festas, mas não serem ousados no dia-a-dia, até mesmo porque os familiares e o Brasil todo assiste.

Eu demorei um pouco para ter um preferido. Até gostava da Ariadna, votei para ela ficar, mas ela saiu na primeira semana. Assim que soube do primeiro casal também não me identifiquei com a Maria e o Mau Mau. E o público parecia também não ter muito um preferido. Os votos se pulverizavam bastante. Parecia o BBB dos ódios. O público odiava facilmente um participante e sabia muito bem quem queria tirar, mas oscilava em quem queria ganhar. Eu me afeiçoei depois muito pela Talula, fiquei bem desmotivada com a sua saída. Queria que a Ariadna voltasse, mas gostei que o Mau Mau voltou porque tinha me afeiçoado a ele e a Maria depois. Mas ele voltou vingativo, por uma grande inocência acreditou em tudo o que um pequeno público de um shopping dizia em sinais para eles. A agressividade dele e a perversidade como tratou a Maria me desagradou profundamente. Ele tinha vergonha de voltar com a Maria e de assumir para os amigos que "perdoava" ela. Então em público era sempre agressivo, mas de forma perversa, quando os dois estavam sozinhos, aceitava os afagos dela. Com isso obviamente ela não sentia firmeza nas negativas e acabou se humilhando muito. Ela, vários BBBs, eu e muitos que avaliavam a situação achavam que ela seria julgada pelo público desfavoravelmente.

Por sorte a Maria cedeu aos encantos do novo participante, o Doutor Wesley e começou a perceber o que é uma relação saudável. Eu fui me afeiçoando muito a Maria, eu e o Brasil. Espero que ela continue com o Doutor Wesley. Ela sempre sonhou ser atriz, celebridade e parecia que como muitas meninas caíam em possíveis formas de alcançar o sucesso. Ficar com o corpo definido, mesmo que não escolhesse o caminho mais seguro e pode ser inclusive que caiu em histórias de falsos profissionais que se aproveitam de uma menina bonita e pouco protegida para ganhar dinheiro. Gostaria realmente que ela continuasse com o Doutor Wesley que por ser um homem seguro e bem informado, poderá ajudá-la a não cair nessas armadilhas. A própria amizade com a Talula pode ajudá-la a conhecer as artimanhas do meio.

Eu fiquei muito feliz com o resultado e votei muito para a Maria ganhar. Foi um final histórico onde uma mulher que não teve um comportamento machista exemplar ganhou a proteção e carinho do público que a elegeu para o grande prêmio. Em geral as mulheres chegam entre os finalistas, são as mais comentadas, mas na hora do público decidir o prêmio vai em geral para o coadjuvante que estava ao lado dessa mulher. A ingenuidade e companheirismo da Maria me fascinou. Cheguei a achar que o Daniel ganharia o prêmio pelas previsões anteriores e no início até me conformava, mas quando ele passou um dia inteiro falando mal de sua amiga Maria para outro participante, não queria de modo algum que ele ganhasse. Foi uma edição mais morna, o favoritismo era uma incógnita, mas eu gostei bastante dessa edição e de suas protagonistas. O prêmio vem aumentando e os presentes durante as edições também. Com isso os participantes ganharam motos, carros, apartamentos, dinheiro, um ano de supermercado, tênis. Fica bem mais atraente participar porque mesmo que o prêmio principal vá para um só, os prêmios espalhados pelo programa chegam a agraciar a maioria.



Beijos,
Pedrita