quinta-feira, 27 de março de 2014

Toda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera

Assisti a peça Toda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera no Teatro Folha. O texto divertido é de Gláucio Gill e a ótima direção de Roberto Lage. É bem bonitinha e engraçada. Um solteiro feliz é abordado pelo seu fiel amigo, ele implora que a sua namorada fique no apartamento dele, enquanto o pai da moça vai ao seu. Obviamente tudo dá errado e uma enorme confusão como o melhor do gênero.

O grupo decidiu trabalhar com a peça de época, 1950, cenários e figurinos remontam ao período onde os moços eram obrigados a casar caso tivessem feito mal a elas. A peça fala bastante de lealdade e é bem irônica em relação a retidão ou a libertinagem. O solteiro convicto é muito mais leal ao amigo que os outros. Na questão feminina, só é um rapaz de bons costumes porque suas investidas não dão certo.

Todos os do elenco estão ótimos. Eu adoro o Augusto Zacchi desde Poder Paralelo. Tinha gostado da Mariana Hein em Ribeirão do Tempo e da Greta Antoine em Uma Rosa com Amor. Elvis Shelton e Isser Korik são muito engraçados. O programa é uma graça. Essas fotos são de Manolo PachecoToda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera fica em cartaz até 29 de maio.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 26 de março de 2014

O Século das Luzes

Terminei de ler O Século da Luzes (1962) de Alejo Carpentier da Companhia das Letras. Há muito tempo o nome desse livro está em uma lista de livros a ler. É uma lista que anotei de um jornal de livros imprescindíveis para leituras e formação. Levei bastante tempo para adquirir esse livro, comprei na USP, em uma livraria que infelizmente não existe mais, por 50% de desconto. Mas aí levei bastante tempo para começar a ler. É exatamente a dessa edição da capa, achei lindíssima essa capa, atualmente a capa é laranja, eu gosto mais da branca. É simplesmente incrível!

Obra de Gina Pellón

Alejo Carpentier nasceu em Cuba, de pai francês e mãe russa. Alejo Carpentier volta da França para Cuba e descobre informações da Revolução Francesa na Guatemala e de um líder Victor Hugues, que inclusive é mencionado na Revolução Francesa. Resolve então escrever esse romance onde esse líder conduz a história. O Século das Luzes tem vários momentos. No início uma família perde o patriarca. Em uma letargia ficam de negro cerrados em sua casa dois filhos e um primo. Victor Hugues aparece com suas histórias de aventuras, sacode essa família que passa a viver intensamente. Com o início das revoltas dos negros, Victor Hugues ingressa na Revolução Francesa na Guatemala e o primo dessa família segue junto pelas lutas.

Obra Criaturas surrealistas no fundo verde de Jorge Camacho

Os detalhes da Revolução Francesa na Guatemala são impressionantes. Alejo Carpentier relata vários conflitos, como um espectador. Percebemos que não foi diferente como no Brasil, na Guerra dos Farrapos. Os negros eram unidos a luta armada, mas depois eram igualmente traídos e novamente escravizados ou vendidos. Foi Victor Hugues que levou a guilhotina a Guatemala. Essa obra é incrível.

Os dois pintores e o compositor são cubanos como o escritor.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 24 de março de 2014

S.O.S. Mulheres ao Mar

Assisti no cinema S.O.S. Mulheres ao Mar de Cris D´Amato. Eu e minha mãe tínhamos gostado do trailer, e queríamos um filme para distrair. É bem divertido e nós adoramos os atores do elenco. Obviamente minha mãe é fã do Reynaldo Gianecchini. Nós gostamos muito da Giovanna Antonelli. E eu adoro a Fabiula Nascimento, o Marcelo Airoldi e a Emmanuele Araújo. Está divertidíssima a Thalita Carauta.

S.O.S. Mulheres ao Mar é um filme solar. O roteiro é bem inteligente, claro que não original, mas e daí? Uma mulher, dez anos casada, sabe por ele que vão se separar e que ele está com uma atriz lindíssima e famosa. Pela revista descobre que eles vão em um cruzeiro e ela resolve ir com as amigas infernizar a vida dos dois. 

Li uma crítica ao patrocinador que é uma empresa de cruzeiros, como se não existissem outros filmes que promovem produtos como Velozes e Furiosos, ou de cantores pop, ou para promover algum ator. Esse ao menos promove o turismo. E S.O.S. Mulheres ao Mar é um filme colorido, alegre, com bom elenco, bem editado. E devem ter escolhido uma das mais caras e belas viagens. O cruzeiro passou pela Itália, Veneza, Turquia. Belíssimas as imagens que fizeram dos lugares, bela direção de arte. Belos figurinos. Nos divertimos bastante.



Beijos,
Pedrita

domingo, 23 de março de 2014

Guerra-Peixe 100 Anos - Uma Homenagem

Assisti ao concerto Guerra Peixe 100 Anos - Uma Homenagem com o Trio Images na abertura da Temporada 2014 do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Agora o Trio Images é composto pelo Cecília Guida (violino), Henrique Müller (viola),  e Paulo Gori (piano). Todos são excelentes. Eu conhecia o Trio Images em outra formação, o pianista era o Achille Picchi que gosto muito. Foi a primeira vez que vi a interpretação do Paulo Gori, incrível!

Eu já falei de algumas obras desse compositor que ouvi em outros recitais e comentei aqui. No início o trio interpretou uma obra do Guerra-Peixe que era do início e no dodecafonismo. Depois seguiram para obras que foram compostas após a imersão do compositor no nacionalismo e ritmos brasileiros. Guerra-Peixe passou três anos em Recife estudando os ritmos brasileiros. Belíssimas obras. Gostei demais da Suíte Nordestina e do Trio para cordas & piano de 1960. No repertório o Paulo Gori tocou também uma obra de Osvaldo Lacerda. Foi um belíssimo concerto e de graça.

Guerra-Peixe    Duo para violino & viola (1946)
                            Lento
                            Allegro
Guerra-Peixe    Sonata nº 2 para violino & piano (1978)
                       I – Allegro Comodo
                        II – Recitativo
                        III – Scherzoso
                  
Guerra-Peixe    Suíte Nordestina - três peças para viola & piano (dedicada a Perez Dworecki São Paulo 1957)
                                             I – Cantoria de Galope
                                              II – Reza de Defunto
                                              III – Toada Afro-Recifence (Je-Jê)
Osvaldo Lacerda    Suíte nº 1 (dedicada a Eudóxia de Barros São Paulo 1961)
                               I – Dobrado
                                II – Chôro
                                III – Toada
                                IV – Baião
Guerra-Peixe    Trio para cordas & piano (1960)
                      I – Allegro Moderato
                        II – Andante
                        III - Vivace

Beijos,
Pedrita