sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Voz e Violão - Programa de Natal

Assisti ao recital Voz e Violão - Programa de Natal com Adélia Issa e Edelton Gloeden na Biblioteca Mário de Andrade. Não era um repertório com canções natalinas, mas sim com canções que remetiam de alguma forma a data. Religiosas, de crianças, cantigas de ninar, e a divertidíssima Natal de Ernst Mahle com poema do Vinícius de Moraes. Foi a última apresentação dessa série que já deixa saudades. Os recitais aconteciam uma vez por mês às sextas-feiras, às 12h30 para que as pessoas da região pudessem assistir durante o almoço. Todas as apresentações foram gratuitas.



JOAQUÍN RODRIGO                         Villancicos
     (1901-1999)                                        - Pastorcito Santo  (Lope de Vega)
                                                                 - Coplillas de Belén  (Victoria Kamhi)
                                                                 - Aire y Donaire  (Victoria Kamhi)


LLOBET/ SEGOVIA (adaptação)       El noi de la mare (cantiga de ninar catalã)
                                                                violão solo


DENIS APIVOR                                   Virgen con Miriñaque (F. García-Lorca)
  (1916-2004)                                       Hush-a-ba-burdie (cantiga de ninar escocesa)


RAFAEL RODRIGUEZ ALBERT        Cantarcillo (Lope de Vega)
            (1902-1979)  


AGUSTÍN BARRIOS                           Villancico de la Navidad - violão solo 
     (1885-1944)


CARLOS GUASTAVINO                     Por los campos verdes (Juana de Ibarbourou)
         (1912-2000)


MAURO GIULIANI                               Marie Luise au berceau de son fils 
   (1781-1829)


HEKEL TAVARES                               Cantiga de Nossa Senhora (Luiz Peixoto)                           
     (1896-1969)


ALLAN WILLCOCKS                           The bells of Notre Dame
      (1869-1956)                                     Choral
                                                                        violão solo


FRANCISCO MIGNONE                     Nana
      (1897-1986)


ERNST MAHLE                                    Queixa da Moça Arrependida (Ribeiro Couto)
     (1929)                                               Natal (Vinícius de Moraes)

Aproveito esse simpático e temático post para desejar um ótimo Natal à todos vocês!


Beijos,
Pedrita


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Biutiful

Assisti Biutiful (2010) de Alejandro González Iñárritu no Max. Eu queria muito ver esse filme Eu adoro esse diretor, mas sabia que eu devia estar preparada, esse diretor costuma nos virar do avesso, não com melodrama, mas chocando a realidade na nossa frente. Eu amo o Javier Bardem. Antes do filme começar eles davam entrevistas e o Javier falou "A vida é deprimente". E disse que quando se viu feio na tela, achou que ninguém ia gostar e se surpreendeu quando ganhou o prêmio. Ele também parece ser um ator que tem um olhar deprimido da humanidade como o diretor.

Esse homem descobre que vai morrer e logo. Ele cria com dificuldade os seus dois filhos. Parece que é assim que o diretor nos torce por dentro, mas com o desenrolar do filme, esse drama parece muito pequeno frente aos outros que acontecem no bairro onde mora nosso protagonista. Dessa vez Iñárritu não viaja, tudo acontece em um bairro, mas os imigrantes estão lá, os imigrantes ilegais vivendo na escravidão e miséria estão lá. Nosso protagonista ajuda alguns, mas também é como sobrevive, vendendo serviços mal pagos para essas pessoas, ele está longe de ser um herói, mas está longe de ser um vilão. 


Nosso protagonista consegue falar com aqueles que acabaram de morrer e também ganha com isso. Uma vidente aconselha que ele resolva tudo antes de morrer, mas a sensação que temos é que não há como resolver, já está tudo perdido mesmo. Ele vai embora sem poder ir, ele abandona tendo que cuidar. Biutiful incomoda e dói demais, ver a vida daquelas pessoas sem saída. É impressionante! Acho que nunca vou estar preparada emocionalmente para ver um filme do Iñárritu, mas acho crucial para entendermos o quanto  " A vida é deprimente", porque o ser humano é mesquinho e desumano com os seus semelhantes. Alguns outros do elenco são: Maricel Álvarez, Hanaa Bouchaib, Guillermo Estrella, Cheikh Ndaye, Taisheng Chen. Javier Bardem ganhou prêmio Goya de Melhor Ator por Biutiful.

Beijos,
Pedrita


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concerto da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal

Fui ao concerto da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal no Theatro Municipal de São Paulo. Esses músicos são da Escola Municipal de Música de São Paulo, uma das mais importantes do país que formam crianças e jovens desde os 3 anos de idade. A orquestra foi fundada em 2008. A regência é do Ricardo Bologna. No início eles tocaram a abertura da ópera Idomeneo de Mozart.

Depois tocaram a Sinfonia Concertante para Violino e Viola em Mi Bemol Maior k 364 de Mozart com os incríveis solistas Luiz Fílip e Thaís Coelho. Esses dois brasileiros talentosíssimos moram na Alemanha. Ele toca na Filarmônica de Berlim e ela na Orquestra Filarmônica de Munique. Eles vivem na Alemanha há mais de 10 anos. Como tocam. Foi um dos raros momentos que pudemos ver esses músicos porque eles não veem com frequência ao Brasil nem tocam tanto assim por aqui.  Eu já tinha ouvido o Luiz Fílip tocar no DVD do Carmargo Guarnieri que comentei aqui.

A Thaís Coelho foi a primeira vez que ouvi tocar. Os dois são lindos, jovens e talentosíssimos. Foram tantos aplausos a esses jovens músicos que os dois voltaram e tocaram um bis. A Orquestra Sinfônica Jovem Municipal finalizou o concerto com a Abertura Trágica de Brahms.

Beijos,
Pedrita


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bruna Surfistinha

Assisti Bruna Surfistinha (2011) de Marcus Baldini no Telecine Premium. Eu tinha muita expectativa em ver esse filme, tanto que queria ter visto nos cinemas. Eu gostei, é muito bem realizado, Deborah Secco está incrível, mas eu não embarquei no roteiro, achei muito orquestrado. Mas eu já tinha essa sensação antes de que tudo foi muito planejado, que a história criada para a Bruna Surfistinha parecia muito fantasiada. Não deve ser fácil fazer um filme com todos vivos. Deve ser o motivo que colocam pouco os pais da Raquel Pacheco, que criou a personagem Bruna Surfistinha e os seus conflitos na escola.


Pelo perfil da Raquel Pacheco de querer agradar todos na escola, depois como Bruna Surfistinha de querer ser popular, ser a mais desejava,  de pouco trabalhar em time, parece que ela não tinha auto-estima a ponto de agradar, seduzir, para ser amada por não acreditar que sendo ela mesma, sem agradar, poderia ser amada. Inclusive a glamorização feita no filme parece mais um artifício, talvez dela mesma, para acontecer. Ela tinha um perfil de pouca proteção. A sensação que dá é que a sua infância parece ter tido pouco acolhimento, muita desqualificação. Mostra um pouco, mas claro, devem ter preferido suprimir um pouco. Nós só vemos o irmão na mesa, na frente dos pais da Raquel, desqualificando-a e e os pais não discordando dessa atitude agressiva. A Raquel Pacheco parece o tempo todo ter muita dificuldade de lidar com as emoções, com os conflitos. Quando recebe carinho e propostas para ser amada rejeita como acontece mesmo com pessoas que não receberam  acolhimento. Não porque os pais estivessem errados, mas porque era assim que eles achavam que era criar um filho, reprovando mais do que acolhendo. 

O elenco é todo muito bom: Fabíula Nascimento, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Clarisse Abujamra, Simone Illescu, Cristina Lago, Erika Puga, Brenda Ligia e Ismael Cunha.








Beijos,
Pedrita