sábado, 22 de setembro de 2018

Dois na Gangorra

Assisti Dois na Gangorra (1962) de Robert Wise no Telecine Cult. Esse filme estava começando e pus pra gravar. Tinha um tempo que eu não via um filme clássico. Se não fosse a belíssima fotografia inicial de Ted McCord acho que não tinha gravado porque não curto os dois protagonistas Shirley MacLaine e Robert Mitchum. O filme é baseado na peça de William Gibson.

No começo há externas, depois só em lugares fechados, na maioria das vezes só os dois atuando. É um bom texto, com estrutura mais teatral Ele conhece ela em uma festa, fica admirado com a dinâmica dela, está solitário em Nova York, acabou de chegar. Ela é uma dançarina, costura para aumentar o faturamento e apesar de viver com poucos recursos tem uma vida até mais confortável que a dele. A sensação que dá é que ele fica encantado com essa energia dela, essa capacidade dela de se prover sozinha, de sua independência, alegria e vivacidade.
Aos poucos ficamos sabendo que ele se separou. Tinha uma vida bem confortável em outro estado mas tudo estava ligado a sua ex-esposa. É advogado ainda sem o registro, o pai dela que arrumou emprego pra ele, a casa confortável. Ele fica feliz de poder ajudar a uma mulher e de ter mais recursos que ela. Os dois são muito diferentes. Imagino que o desfecho mude às vezes dependendo da adaptação e que esse texto seja usado bastante no teatro porque apesar de ter bastante tempo é bem atual. Apesar de triste achei lógico o final, mas se fosse ao contrário gostaria também. Cabe os dois desfechos.
O trailer sugere romance e comédia, na verdade é um filme bem melancólico e deprimente.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Sono Mortal

Assisti Sono Mortal (2016) de Philip Guzman no TelecinePlay. Eu amo esse gênero, esse não chega a ser um grande filme do estilo, mas merece atenção. São muito bem realizadas as cenas tensas, mesmo nós já sabendo o que vai acontecer ficamos tensos, o roteiro de Jeffrey Reddick é interessante.

O maior pecado desse filme é já sabermos no começo o mistério. Muitas pessoas acordam durante o sono sem poder se mexer e aí morrem. Descobrimos então que algo as ataca e as estrangula. Uma irmã gêmea morre, a outra sente culpa e resolve investigar, mas o fenômeno começa a acontecer com ela também. Jocelin Donahue interpreta as gêmeas.

Como são distúrbios do sono, médicos tratam dos pacientes. Uma médica trata como problemas de sono simplesmente. O laudo da irmã diz que morreu de asma, sendo que a moça não tinha asma. Outro é condenado por essa médica porque ele estuda o mistério até com pinturas da antiguidade. As soluções para resolver o problema são interessantes. Os recursos são simples mas funcionam. Há recursos pra saber se estão dormindo ou acordadas e truques para ficarmos em dúvida. E inteligente o finalzinho. Os médicos são interpretados por Lori Petty e Billy Blair. O namorado da irmã por Jesse Bradford. A monstrinha por Natalie Jones. Vi agora que o roteirista faz uma participação, curiosa pra saber agora quando ele aparece.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 18 de setembro de 2018

A Repartição do Tempo

Assisti A Repartição do Tempo (2018) de Santiago Dellape no Canal Brasil. Eu vi uma chamada para esse filme que nunca tinha ouvido falar, fiquei curiosa e coloquei pra gravar. Adoro filmes surreais e gostei bastante desse. É sobre uma repartição pública em Brasília que cuida de patentes em invenções.

O personagem do Tonico Pereira é um inventor que traz uma máquina  pra patentear que faz duplicatas de pessoas . O ator aparece no começo e no final do filme. O chefe da repartição adora a ideia e começa a confusão. O chefe é interpretado por Eucir de Souza.

Eu fiquei bem curiosa como a trama iria se desenvolver. Achei muito inteligente a solução para o final do filme, bem surpreendente, afinal haviam dois de cada um da equipe. Todo o elenco é ótimo: Edu Moraes, Bianca Müller, Rosanna Viegas, André Decca e Bidô Galvão.

O filme tem várias participações. Dedé Santana como policial, Sérgio Hondjakoff como um inventor, Selma Egrei como a mãe do chefe da repartição.



Beijos,
Pedrita

domingo, 16 de setembro de 2018

Labirinto de Mentiras

Assisti Labirinto de Mentiras (2014) de Giulio Ricciarelli no Looke. O Now resolveu colocar uns filmes para os clientes. Esse canal é pago adicionalmente, já pago tanto na Net, não entendo onde acham que eu iria pagar mais alguma coisa. Entendo que a Net não possa cobrar próximo ao valor da Netflix porque o conteúdo é muito maior, tem canais de jornalismo, desenhos, mas já passou da hora da Net reduzir seus preços exorbitantes.

Esse filme é estranho, trata de um assunto fundamental, o julgamento de nazistas 20 anos depois, o Brasil ainda não julgou os ditadores, muitos anos a mais. Mas Labirinto de Mentiras não é um bom filme. O diretor é italiano, o filme é alemão. 

O filme é inspirado em Fritz Bauer (Gert Voss), que foi  incansável e levou os nazistas ao tribunal. Em vez de focarem nesse advogado, utilizaram todos recursos alienantes de filmes comerciais que estragaram o filme e o importante conteúdo. Criaram um jovem advogado bonitinho, para que pudesse ter uma namorada bonitinha e frequentar festinhas, enquanto Fritz Bauer ficou de orientador do rapaz, de pano de fundo mesmo. Li uma matéria que há outros filmes sobre Fritz Bauer, mas que nenhum realmente conta a história desse homem. O rapaz que faz o herói, Alexander Fehling, tem uma interpretação sofrível, mas todos tem, parece mesmo um problema crônico do filme. É artificial, arrastado, mal dirigido e  mal editado. Um dos principais investigados foi o médico Mengele que se refugiou inicialmente na Argentina e depois no Brasil, que devolveu judeus a Europa sem nem ao menos descer do navio, mas que acolheu nazistas e fingiu que não sabia que eles se esconderam aqui.
O filme tem vários cacoetes comerciais. Até eu percebi que o pai do rapaz também tinha sido nazista. Depois fizeram aquela pausa dramática no final para parecer que tudo vai dar errado. Em estado de choque pela revelação do pai ele larga tudo, aceita ser contratado por um nazista. Só claro, pra arrastar mais ainda o longo filme pra depois ele voltar atrás. No elenco ainda estão: André Szymanski, Friederick Becht e Johannes Krisch. 

Beijos,
Pedrita