sábado, 22 de outubro de 2016

I Simpósio Internacional de Mulheres Regentes

Fui ao I Simpósio Internacional de Mulheres Regentes na Sala do Conservatório da Praça das Artes. Foram dois dias de simpósio, eu assisti a do domingo. A realização foi de Ligia Amadio. A primeira mesa que vi foi com as regentes Isabela Sekeff, Mara Campos, Monica Giardini, Naomi Munakata e Vania Pajares, a mediadora foi Camila Frésca. Elas falaram de suas experiências, trajetórias.


Depois a mesa foi com jovens regentes Cinthia Alireti, Katarine Araújo, Mariana Borges Menezes, Natalia de Souza Larangeira, Thais Costa Yanina Desirée Daniluk essa do Paraguai. Thaís Costa participou de concurso para ser regente em Dourados, Mato Grosso do Sul, quase na fronteira. O desejo do reitor era que a cidade tivesse uma orquestra e ela foi incumbida de criá-la. Ela falou da dificuldade inicial de conseguir instrumentistas em uma cidade ainda sem tradição de música erudita. Que hoje há vários eventos atrelados a essa iniciativa e vários grupos de câmara criados, além da orquestra. Três dessas regentes já se conhecem porque participam de vários festivais pelo país e volte e meia se encontram.

Participaram da última mesa desse dia: Claudia Feres, Antonia Joy Wilson dos Estados Unidos, Paulo Zuben e Isabela Pulfer. A mediadora foi a Cláudia Toni. Foi o momento dos números. Levaram números de meninos e meninas que vão estudar música. Quando crianças o número maior é de meninas, depois as meninas vão diminuindo. Falaram então do fato de ser bonitinho a menina estudar música e os meninos, esportes. Mas que após os 10 anos as meninas passam a cuidar dos irmãos, da casa, e que param inclusive de estudar. Enquanto os meninos seguem nos estudos. Também a plateia cobrou que as orquestras e coros tocassem e interpretassem repertório brasileiro.

Depois todos se reuniram para pensar no futuro. Decidiram se comunicar por fórum até o próximo simpósio, que cada país terá uma representante que poderá promover eventos em seus países. Foi um evento gratuito, realizado particularmente, sem incentivos. Foi emocionante! 


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Uma Nova Amiga

Assisti Uma Nova Amiga (2014) de François Ozon no TelecinePlay. Faz tempo que vi no Telecine a existência desse filme, mas pela sinopse relutava. É muito, mas muito lindo e delicado, me emocionei várias vezes. Começa com uma linda moça em um caixão, na cerimônia na igreja a amiga fala do passado delas. Passa rapidamente então o amor instantâneo na infância, faziam tudo juntas, a amiga que morreu casou um pouco antes e teve uma filha. A outra casou mas ainda não teve um filho. Essa amiga jura então que cuidará do marido da amiga e do filho.

Ela fica mal por um tempo, pede licença do trabalho e o marido insiste que ela vá visitar o marido da amiga. Ela vai e tem uma surpresa. Eu adoro o ator que faz o marido da amiga, Romain Duris. Ela é interpretada por Anaïs Demoustier.

É muito bonito que o contato com o marido da amiga faz ela desabrochar. Ela começa a usar batom, usar vestidos. Parece que só está feliz quando está com ele. É um filme lindo demais. O marido dela é interpretado por Raphaël Personnaz. A amiga é interpretada por Isild Le Besco

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Tróilo e Créssida

Assisti a peça Tróilo e Créssida de William Shakespeare no SESI. A direção é de Jô Soares. Eu queria muito ver esse espetáculo, mas ia esperar o dia 25, para às 8h da manhã tentar os convites gratuitos. O SESI traz peças gratuitas. Em dois dias do mês, 10 e 25, distribui os ingressos às 8h que acabam rapidamente. Uma amiga consegue com uma certa facilidade, outras nem tanto. Mas eu ia tentar. Só que essa amiga teve outro compromisso e me disponibilizou o convite dela. Fiquei animadíssima. A peça está baladissima, semana de estreia, lotada, foi muito bom participar agora desse momento. E gostei de tudo!

São 23 atores no elenco. Como perceberam o elenco é incrível: Maria Fernanda Cândido, Eduardo Semerjian, Otávio Martins, Tuna Dwek, Ando Camargo, Guilherme Sant´Anna, Marco Antonio Pâmio, Ataíde Arcoverde, Kiko Berthollini, Ricardo Gelli, Fernando Pavão, Nicolas Trevijano, Giovani Tozzi, Adriane Galisteu,  Felipe Palhares, Paulo Marcos,  Luciano Schwab e Luiz Damasceno. Uma super produção.

Tróilo e Créssida é um texto pouco adaptado de Shakespeare. É uma comédia sobre os conflitos entre gregos e troianos. Como a direção é do Jô Soares, foram inseridos alguns atores cômicos, com várias piadas. É bem engraçado. O público delira. Na peça um lado está de branco e outro de preto. O texto ácido de Shakespeare está lá. Tróilo e Créssida fala do prazer de lutar, de motivos fúteis, violência, egoísmo, é muito atual.
As fotos são de Priscila Prade

Lindíssimas as duas musas que estão entre os conflitos: Helena de Tróia e Créssida dos gregos. A produção toda é impecável. Os cenários são de Chris e Nilton Aizner. A iluminação é de Maneco Quinderé. Os figurinos de Fábio Namatame. Adorei os figurinos dos guerreiros. Lindas as saias esvoaçantes das musas. Eu adorei os vídeos e fiquei muito feliz em ver que são de dois artistas do videografismo e mapping que admiro, Pri Argoud e André Grynwask. E olha que surpresa, as coreografias de luta são do Nicolas Trevijano que faz o Diomedes.

A temporada de Tróilo e Créssida vai até 18 de dezembro. Os ingressos são gratuitos e podem ser pegos na internet, nos dias 10 e 25, às 8h da manhã. Em geral com uma boa antecedência.
Essa foto é da Adriane Galisteu

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O Som e a Fúria

Assisti O Som e a Fúria (2014) de James Franco no TelecinePlay. Eu não sabia da existência desse filme, dessa adaptação. É baseado no livro do William Faulkner que comentei aqui. Esse autor está entre os meus preferidos, mas esse livro não é o meu preferido dele. Eu tinha visto um de 1959 que era tudo menos o livro do Faulkner.

Esse é muito fiel e foi massacrado por isso, mas eu gostei muito. O olhar do Faulkner está o tempo todo no filme, eu lembrava o tempo todo do livro. James Franco está impressionante como Benjin. O filme é como o livro, dividido em três partes, cada um com um irmão dessa família decadente. Benjin tem problemas mentais e tem adoração pela sua irmã Caddy, interpretada por Ahna O´Reilly. Como acontecia muito, os filhos doentes eram designados pra serem cuidados por negros, no caso de Benjin, é praticamente uma criança que cuida dele. Eles que cuidavam melhor de Benjim, mas também cometiam muitos equívocos por imaturidade. 

Os quatro irmãos tem vidas infelizes, são desajustados. Scott Haze está excelente como Jason. Mau caráter faz um inferno da sua família, principalmente de seu irmão Benjin e de sua sobrinha interpretada por Joey King.

 O filme, bem como o livro, terminam com Quentin, interpretado por Jacob Loeb. James Franco conseguiu captar intensamente o livro. Os personagens ganharam vida. Todos os atores estão impressionantes com as relações desajustadas. Vários atores fazem os personagens em vários momentos. Alguns outros do elenco são: Loretta Devine, Tim Blake Nelson, Kylen Daves, Janet Jones, Brady Permenter, Stella Allen Cody Farr e Jacob Skirtech. A reconstituição de época é impecável, a fotografia belíssima! Gostei demais! Vai demorar para aparecer um diretor que tenha compreendido tanto a alma de Faulkner.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Mary Del Priore

Assisti a entrevista com a Mary Del Priore no Programa com Bial na GNT. Esse programa estreou recentemente. Vi um trecho de um, vi outro, mas foi nesse que resolvi postar. Não deveria, já que não li nenhum livro dessa historiadora, embora já esteja na minha lista faz tempo. Adoro História do Brasil, tenho necessidade de complementar meu curso deficiente e conhecer um pouco mais do país que vivo. Ela é sempre muito simpática. Ela falou de vários fatos que hoje se repetem, que não são acontecimentos isolados só dos dias de hoje. Bial colocou aquele quadro clássico do Dia da Independência para Mary Del Priore analisar historicamente. Ela falou que não eram lindos cavalos brancos e sim mulas. Falou da dificuldade de conseguir contar a história pelos poucos registros.

A outra entrevista que vi na íntegra foi com a Deborah Secco, atriz que adoro. Eles falaram bastante do filme Bruna Surfistinha, da diversidade de filmes que a Deborah participou. De maternidade, já que a Deborah foi mãe recentemente. Da participação dela em um dia no BBB. Gostei demais das entrevistas, elas estão disponíveis no Now, vou ver se assisto mais alguma.

Beijos,
Pedrita