terça-feira, 24 de março de 2015

A Gaiola Dourada

Assisti A Gaiola Dourada (2013) de Ruben Alves no Max. Procurava um filme pra ver e descobri esse. Adorei. Além de ser comédia gostei muito da temática. Um casal é impecável em praticamente tudo o que faz. Eles são zeladores de um condomínio, ele é mestre de obras. Eles cuidam da família, das pessoas a sua volta, mas todos já estão tão acostumados com a dedicação, que nem percebem o quanto os exploram.

Eles são impecáveis e daquelas pessoas imprescindíveis, só que ninguém percebe a importância. Eles pedem muito pouco, mas as pessoas sempre dão um jeito de negar o pouco que pedem. Até que descobrem que eles ganharam uma herança e pensam em se mudar. Fingem que não sabem e começam a dar o pouco que pediram e muito mais. A reforma do apartamento, um terno novo, um aumento, uma pessoa pra dividir as tarefas. Eles acham que estão sendo reconhecidos e nem percebem que no fundo estão sendo subornados para não irem embora. O casal é interpretado por Rita Blanco e Joaquim de Almeida.

Adorei ver no elenco a Maria Vieira, atriz portuguesa que participou de duas novelas brasileiras: Negócio da China e Aquele Beijo. Ela é muito divertida. Ainda no elenco: Barbara Cabrita, Roland Giraud, Chantal Lauby, Lannick Gautry e Jean-Pierre Martins.

Beijos,
Pedrita

domingo, 22 de março de 2015

A Máquina de Fazer Espanhóis

Terminei de ler A Máquina de Fazer Espanhóis (2010) de Valter Hugo Mãe da Cosac Naify. Eu pensava em ler algum livro desse autor, em uma promoção incrível da editora, comprei. Gostei muito. Não sei se era a hora certa para ler esse livro, quase desisti no início. Em uma nota no final do livro, o autor conta que perdeu o pai muito cedo, então ele escreve um livro de um homem mais velho, na idade que seu pai nunca chegou.
Gostei muito dessa capa, é Pássaros Feridos de Lourenço Mutarelli.

Obra Cidade (1971) de Moita Macedo.

Nosso protagonista perde a esposa depois de um longo casamento. É largado com uma malinha pequena em uma casa para idosos. Deixaram um álbum de retratos, mas achando que isso o deprimia, levam embora. Ele fica então com poucas roupinhas. Os filhos mal o visitam. Só uma chora muito, mas não muda a situação do pai. Sempre penso o que faz as pessoas depositarem seus parentes em asilos. Volte e meia alguém defende que não havia outro jeito, mas sempre me pergunto se essa pessoa que defende os motivos iria imediatamente para um lugar desses, sozinha, só levando umas roupinhas e que achasse bom. Para justificar o ato talvez dissesse que não se importaria, fico pensando se na prática ia continuar pensando assim.

Obra de Mena Brito

A narrativa é muito inteligente, o texto muito ácido. Preciso ler outra obra do autor para ter uma opinião melhor.

Meu amigo blogueiro Geocrusoe escreveu um post sobre esse livro.

Tanto os pintores, bem como o compositor, são portugueses.


Beijos,
Pedrita