sábado, 18 de outubro de 2008

Barry Lyndon

Assisti Barry Lyndon (1975) de Stanley Kubrick no Maxprime. Fazia tempo que desejava ver esse filme e o 007 queria muito que eu visse. Gostei demais! É de uma beleza estética impressionante e com um roteiro baseado em livro de William Makepeace Thackeray, bastante engenhoso. Barry Lyndon é ambientado no século XVIII, e é um jovem que passa por vários momentos em sua vida até a sua velhice. Esse jovem é maravilhosamente interpretado por Ryan O'Neal. Barry Lyndon é um filme inovador por vários motivos. Um deles é a forma como o diretor decidiu filmar a noite, utilizando somente a luz que existia no período, como a luz de velas. Também nas externas ele só quis usar a luz natural. E as paisagens são belíssimas! Stanley Kubrick conseguiu uma estética sublime, um filme visualmente majestoso! Parecem pinturas!

Nosso aventureiro conhece várias mulheres e todas são atrizes belíssimas: Marisa Berenson, Gay Hamilton e Diana Körner. Alguns outros do elenco são: Hardy Krüger, Steven Berkoff, Murray Melvin e Frank Middlemass. Nosso protagonista começa jovem até ficar mais velho. Gostei demais da maquiagem do envelhecimento. Nada exagerado, mas percebe-se claramente o amadurecimento do personagem pelas suas roupas, posturas, cabelos e não somente pela maquiagem. Uma época com recursos menores que os de hoje, mesmo assim não abusaram nos artifícios criando algo artificial e exagerado.
Barry Lyndon ganhou 4 Oscars de Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora, que é igualmente belíssima.

Música do post: 13 Sarabande

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Youtube: Barry Lyndon



Beijos,


Pedrita

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Castelo Branco


Terminei de ler O Castelo Branco (1985) de Orhan Pamuk pela Companhia das Letras. É o primeiro livro que esse autor publicou. Eu tinha lido Neve (2002) e gostado muito, havia comprado em uma promoção no Submarino. Aí esse apareceu em promoção no mesmo site, resolvi comprar e ler também. Muito bom! Me lembrou bastante A Obra em Negro da Marguerite Yourcenar. O Castelo Branco é ambientado no século XVI, mesmo período que é abordado o livro da Yourcenar. Enquanto o personagem da Yourcenar tenta desvendar os mistérios da medicina, o protagonista de O Castelo Branco concentra seus estudos na astronomia. Mas como todos na época, há várias reflexões sobre diversas áreas medicina, filosofia, astronomia, geografia. Então os personagens acabam se parecendo. Orhan Pamuk é ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2006. Neve é bem diferente de O Castelo Branco. Gostei muito de O Castelo Branco, mas ainda sou mais fascinada por Neve, maravilhoso!

Obra The Academy of Baccio Bandinelli (1550) de Enea Vico
Nosso protagonista é italiano, ele é preso em um barco e vai parar na prisão de Istambul. Pelos seus poucos conhecimentos médicos e um bocado de sorte torna-se protegido de um Paxá. Depois um sósia turco consegue tê-lo como seu escravo e pede que ele lhe ensine tudo o que sabe. Começam então debates e debates sobre o pouquíssimo conhecimento que os dois têm. E uma complexa teia de questionamentos astronômicos e sobre a nossa existência. Como nessa época sabia-se muito pouco de ciência e há muito obscurantismo, Pamuk consegue ir a fundo em questões milenares que eternamente nos perguntamos, quem somos, fé, religiões. É um texto intenso e complexo. Gostei muito! Acabamos nós mesmos nos questionando como é possível dois homens nascerem absolutamente iguais em continentes tão diferentes. Além dessas questões existenciais o autor ainda debate religião, ciência, medicina, poder e vários outros temas nas discussões dos dois personagens principais.
Obra Pearl Fishers (1570-71) de Alessandro Allori

Trechos de O Castelo Branco de Orhan Pamuk:
“Navegávamos de Veneza para Nápoles quando e esquadra turca apareceu.”

“Era o tédio. Não respondi nada, porque ele estava muito agitado, mas, para falar com franqueza, foi o que pensei: eu sabia, com base não só na minha própria experiência mas também na dos meus irmãos e das minhas irmãs, que o tédio, observado sobretudo nas pessoas egoístas, pode levar a resultados muito produtivos quando não se redunda apenas em coisas sem sentido.”

Música do post: Dufay - La belle se siet au pied de la tour
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Procurei pintores e músicos do período que se passa a ação do livro. Alessandro Allori (1535-1607) e Enea Vico (1523-1567) foram pintores italianos. A música do post é do compositor belga Guillaume Dufay que viveu entre 1397 e 1474.



Beijos,


Pedrita

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Duo Vilela

Assisti a apresentação do Duo Vilela no CEU Cidade Dutra. Eu nunca tinha ido em um CEU e gostei muito. Esse é um dos mais antigos, com um teatro maior. Antes o Duo Vilela fez uma Oficina de Desenvolvimento de Musicalidade com várias turmas do CEU Cidade Dutra. As professoras levavam os seus alunos e eles aprenderam um pouco de pulsação, ritmos brasileiros e até cantaram em um coro de duas vozes a canção Cai cai balão. Fiquei encantada como as crianças vibram, gostam e participam. O Duo Vilela é formado por dois irmãos pianistas Fernando Reis e Rodolfo Vilela. Um deles falou que a oficina teria duração menor nesse CEU Cidade Dutra, então eles precisaram concentrar algumas das ações com as crianças.

Depois o Duo Vilela aguardou outras turmas entrarem no teatro e o público para se apresentarem. Foi um belíssimo repertório de musical instrumental brasileira com composições de Tom Jobim, Baden Powell, Milton Nascimento, entre outros. A apresentação foi aberta ao público e gratuita.
Música do post: Milton Nascimento - Benke



Beijos,

From Mata Hari e 007

Pedrita

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Conduta de Risco

Assisti Conduta de Risco (2007) de Tony Gilroy no Telecine Premium. Eu gosto muito do George Clooney e já tinha lido matérias que ele agora estava ou produzia filmes que tivessem temas complexos, questões multinacionais sobre conflitos mundiais. Em Conduta de Risco não é diferente. Ele é um advogado de uma grande corporação que enriqueceu infinitamente com sementes que criaram. Só que anos depois descobriram que os agrotóxicos que usaram para as sementes crescerem e se multiplicarem muito eram cancerígenas. A empresa tenta abafar e os advogados, inúmeros, começam a ter que encobrir e ganhar nas causas justificando que não, não foram as sementes. É uma trama complexa, muito bem desenvolvida. O roteiro é do próprio diretor.
A trama fala de grandes corporações, excelentes executivos, lucro e políticas de lucro intensas. E a dificuldade de admitir erros, já que executivos de sucesso não erram. O elenco é excelente. Além do George Clooney, o próprio Sydney Pollack está no elenco. Arrasam ainda Tom Wilkinson e Tilda Swinton, ela inclusive ganhou BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante.
James Newton Howard é o compositor da trilha sonora de Conduta de Risco.
Música do post: James Newton Howard - Unbreakable Theme






Beijos,




Pedrita

domingo, 12 de outubro de 2008

Vacancy

Assisti Vacancy (2007) de Nimród Antal na HBO. No Brasil parece que está com o título O Motel, mas não consegui descobrir se esteve em cartaz nos cinemas ou se veio diretamente em DVD. Era uma noite com poucas opções. Já que gosto de filmes de suspense com um pé em terror resolvi assistir. Fiquei com receio no começo que fosse daquele gênero que não curto, tudo para justificar a violência. Mas não era. É bem feito para um filme do gênero. Não chega a ser original em sua temática, reporta há vários filmes, mas é bem feito e mantém bem a tensão até o final. Logo no início lembramos claramente de O Iluminado. Incrível como alguns filmes passam a ser referências por tanto tempo. O que são os grandes filmes.

Um acidente que praticamente interdita uma estrada faz um casal em crise pegar outra rodovia. Eles se atrapalham com o mapa, o carro dá um problema e eles resolvem para em um motel sujo, abandonado e relaxado. Lá eles assistem fitas de VHS e reparam que os horrores que se passam na tela aconteceram no quarto em que estão. Começam então a tentar sobreviver e fugir do local. Os dois são bons atores e estão muito bem, Kate Beckinsale e Luke Wilson. O gerente do hotel é interpretado Frank Whaley. Vou falar detalhes do filme: Claro, se começarmos a pensar, veremos que o roteiro é frágil no momento que continuamente pessoas que viajavam desapareciam. Ia ser meio difícil passar muito tempo sem serem descobertos. Mas de qualquer forma o desenvolvimento da trama é bem feito e serve para quem gosta do gênero.
Música do post: Acid Hardstyle Mix






From Mata Hari e 007



Beijos,

From Mata Hari e 007


Pedrita