Assisti A Floresta (2016) de Jason Zada na HBO On Demand. Eu adoro o gênero, vi que estreou no canal, sabia que uma hora ia ver. Quando fui assistir que vi que é com a maravilhosa Natalie Dormier. Desde quando era menina já tenho fascínio pelo trabalho dela.
Aos poucos descobrimos que ela tem uma irmã gêmea que vive no Japão. A irmã desaparece e ela vai procurá-la. A irmã entrou na Floresta de Aokigahara, conhecida como a floresta dos suicidas. Em um ano 54 pessoas se suicidaram lá. A irmã que vivia no Japão dava aulas de inglês em uma escola infantil, mas era depressiva. A outra tem certeza que ela está viva pela ligação que elas têm. Ela vai ao Japão, segue com um jornalista e um guia para dentro da floresta. Eu tenho fascínio em florestas, matas, são muito bonitas as cenas. Outros do elenco são: Taylor Kinney, Yukiyoshi Ozawa, Nadja Mazalica, Terry Diab e Rina Takasaki.
Achei muito bem realizado. Conforme as lendas, a floresta confunde as pessoas. Passar à noite é muito perigoso. Gostei bastante principalmente de falar de nossos fantasmas, questões não resolvidas que são exploradas pela floresta e pelos fantasminhas.
Assisti Indignação (2016) de James Schamus no Max. Eu não fazia ideia da existência desse filme. Vi em uma zapeada que era de época, coloquei pra gravar. É baseado no livro de Philip Roth que agora quero muito ler. É um filme triste e contundente. Absolutamente inesquecível!
É tempo de guerra. O protagonista é um jovem muito promissor, com notas incríveis. Filho de açougueiro conseguiu fugir do alistamento entrando na faculdade. Só que a faculdade é retrógrada. A família dele é judeu, ele é ateu, mas todos os alunos são obrigados a ouvir o culto protestante e entregar um cupom de presença. Ele conhece uma jovem e se apaixona. Se desentende com os companheiros de quarto e consegue um outro para ficar sozinho e se realiza. Mas a faculdade não o deixa em paz. Segundo a faculdade ele é obrigado a se socializar e a faculdade fica indignada que ele seja ateu, algo inadmissível. Os embates com o diretor da faculdade e o jovem rapaz são incríveis, que textos. O rapaz é um dos melhores alunos da faculdade, só tem as maiores notas, mas o que importa é se é religioso, se socializa.
Uma graça o ator que faz o protagonista, Lorgan Lerman e ótimo ator. A jovem por quem ele se apaixona é interpretada por Sarah Gadon. Alguns outros do elenco são: Tracy Latts, Tijuana Ricks, Danny Bursten, Bryan Burton, Sue Dahlman e Susan Varon.
Terminei de ler O Mar (2005) de John Banville da Editora Nova Fronteira. Eu ganhei esse livro usado de uma amiga. Belíssima capa. É o primeiro livro que leio desse escritor irlandês e gostei demais. São várias tramas que aparecem sem aviso. Ora ele é garoto, ora é adulto em alguns momentos.
Obra Figuras ao Entardecer de John Kingerlee
Com o tempo entendemos que ele viaja e relembra momentos. Como ele sabe o todo da história, as lembranças são entrecortadas. Genial o estilo, a obra e surpreendente o final. O bom dessa obra é ir desvendando esse texto entrelaçado. O nome e a capa tem tudo a ver com o livro. Gostei demais de conhecer esse autor tão premiado. Há um filme sobre o livro, fico pensando se conseguiu mostrar a atmosfera de segredos. Quero muito ver o filme também.
Assisti O Filho Eterno (2016) de Paulo Machline no TelecinePlay. Eu tinha lido o livro do Cristovão Tezza e gostado, comentei aqui. O filme é livremente inspirado nesse livro premiado. O protagonista é inspirado no próprio escritor que teve um filho com Síndrome de Down e teve muita dificuldade de aceitar.
O filme se distanciou um pouco do escritor, sim, o protagonista também é escritor, mas ficou mais distante do inspirado e até entendo, deve ser difícil expor uma pessoa em um filme como o Tezza se expôs no livro. Na obra o escritor é o próprio protagonista Seria difícil um ator falar em nome de outro, mostrando a rejeição do outro. Distanciar um pouco facilita.
O filme acentuou a irresponsabilidade masculina brasileira e machista. O pai até é um pouco colaborativo, mas quando quer. Some, passa noites fora, e a mulher que assume as finanças e o filho. Com poucos recursos, precisam se virar sozinhos. O pai com o nascimento do filho tem bloqueio criativo, então só a mãe trabalha e sustenta tudo. O pai é interpretado por Marcos Veras, a mãe por Débora Falabella. Várias crianças fazem o Fabrício, o mais velho é interpretado por Pedro Vinícius.
Assisti Madoff (2016) de Raymond De Felitta no TelecinePlay. Só depois que vi que esse tem uma série. Seriam quatro episódios. Então não sei se vi uma compilação. Se tem continuação. Confesso que isso me incomodou bastante. Não gosto dessa falta de clareza do que veio primeiro, enfim, do que vou ver.
Madoff foi um grande fraudador. Ele pegava dinheiro de gente rica dizendo que ia investir no mercado financeiro, mas na verdade estava fazendo marketing de pirâmide e outro nome que deram no filme, esquema ponzi. Esse falso marketing tira dinheiro das pessoas mas não aplica em nada, só alimenta o grupo, em geral só o topo da pirâmide, o resto todo perde tudo. Madoff tinha um escritório moderno, com engravatados modernos em um andar. E em outro, funcionários mal vestidos, salas escuras, onde ficavam os fraudadores, que preparavam comprovações falsas, tudo falso. Os filhos trabalhavam com o pai mas não tinham acesso a esse andar dos fraudadores.
O filme acaba sendo muito importante em mostrar como Madoff enganava as pessoas. O próprio personagem conta como eram as abordagens, como fazia o otário se sentir importante, como fingia que não queria, que não precisava de mais investidores. É muito parecido com as igrejas e a artimanha para tirar dinheiro dos fiéis com prêmios milagrosos. Marketing de pirâmide é proibido no Brasil, mas volte e meia surge um grupo enganando outros, porque como disse, só ganha mesmo o topo. Já vi pessoas gastarem fortunas de infra-estrutura em negócios de pirâmide, ganhar um carro ou um "brinde" e achar que está ficando rica depois de anos de investimento próprio e nem fazer as contas que talvez só ganhou 10% do que gastou, quando muito. Na internet falam que cai mais em sistemas de pirâmide pessoas menos informadas, pode ser. Richard Dreyfuss está ótimo como Madoff. Blythe Danner está muito bem como a esposa, ela ajudava muito nas negociações, em convencer as pessoas, dava falsa credibilidade. Há um outro filme recente com Robert De Niro.
Assisti a nova temporada de O País do Cinema com o filme Flores Raras no Canal Brasil. Eu amo esse filme, entre os melhores que já vi e adorei que foi o que abriu a nova temporada. Fabiúla Nascimento entrevistou o diretor Bruno Barreto e Glória Pires que interpretou Lota de Macedo Soares. Esse filme é lindo, poético e histórico. Sempre adorei os poemas de Elizabeth Bishop e só soube que ela viveu 10 anos no Brasil após o filme. Também não conhecia Lota, grande responsável pela beleza do Aterro do Flamengo.
Eles falaram de como o filme surgiu na vida deles. Glória Pires queria muito fazer, mas foram anos até sua realização. Já Bruno Barreto não aceitou inicialmente. Essa nova temporada cada um escolhe a cena que mais gostou. Os dois escolheram cenas pequenas mas cheias de significado. Glória Pires escolheu a cena logo após a noite de amor das duas, quando Lota explode uma pedra. E Bruno Barreto a que a Lota descobre a timidez de Bishop e seu lado reservado, que antes achava ser arrogância. As duas, Lota e Bishop eram mulheres fortes e únicas. Bruno Barreto contou que Petrópolis alegou que a cópia do filme nunca chegou e nunca passou por lá. Petrópolis foi a cidade que as duas viveram. Fiquei eufórica de saber que o próximo filme do País do Cinema é o maravilhoso O Palhaço. Ansiosa!