Terminei de ler
O Caso Morel (1973) de
Rubem Fonseca. Esse é o primeiro livro publicado de
Rubem Fonseca. Tinha comprado esse livro há bastante tempo, em um sebo, por R$ 10,00. Esse é da
Editora ArteNova e não é a capa desse do post. Eu achei essa capa bem ilustrativa, embora seja bonita a capa da
Edição da ArteNova. No começo a leitura não engrenava, eu não tinha muita identificação mesmo gostando da qualidade do texto. Como em
Complexo de Portnoy de Philip Roth, o sexo englobava quase toda a narrativa. Os dois foram publicados em uma época que a pílula liberou o sexo e começaram muitas experiências e descobertas. Hoje com a banalização do sexo, esse tema não fica tão ousado. Mas a trama é toda intrincada. Um homem visita regularmente
Morel na cadeia que entrega textos para um livro. Assim vamos conhecer a história desse preso.
Obra Subúrbio Carioca (1971) de Di Cavalcanti
Adorei que logo no início o homem que lê esse texto começa a duvidar de sua veracidade. E começa a investigar. Tudo fica duvidoso e assim será, nós acabamos não tendo certeza de nada e isso é fascinante. Também adoro a profusão de diálogos de Rubem Fonseca e a "facilidade" como ele os constrói. São ágeis, fortes e cheios de vida.
Obras Formas Geométricas (1983) de Iberê Camargo
Anotei trechos de O Caso Morel de Rubem Fonseca:
“Matos e Vilela se encontram na porta da Penitenciária.”
“Queriam fazer uma daquelas fotos comuns de mulher com cerveja, na linha dos prazeres da vida, praia, mar, sol. Eu disse que era coisa velha, mas o contato chamado Alípio, achava que o publico esquecia as coisas, que todo mundo era imbecil, inclusive o cliente cervejeiro.”
“Você também foi advogado não foi?
“Fui.”
“Foi polícia, também?”
“Fui.”
“Que vida sórdida a sua. Polícia, advogado, escritor. As mãos sempre sujas.”
“Era impressionante o número de pessoas que fazia perguntas sem querer respostas.”
Beijos,
Pedrita