Quando Danilo Tomic voltou ao Brasil ele procurou um mestre e passou a estudar o instrumento. Tocaram os kotôs: Tamie Kitahara e Yuko Ogura. No shakuhachi, ele e Alexander Iwami tocaram uma música japonesa inspirada nos sons que os veados faziam na época do acasalamento. O repertório era todo de preciosidades. Depois da música tradicional eles tocaram música contemporânea. Surgiu então um trio entre shakuhachi com Danilo Tomic, violoncelo com Kayami Satomi e no violão Camilo Carrara. Alguns obras que foram interpretadas no violoncelo eram para kotô e foram adaptadas pelo Danilo Tomic ao instrumento. Tomic inclusive mostrou que cada partiura de kotô e shakuhachi tem grafia própria, diferente da universalização das partituras. No repertório ouvimos algumas músicas do compositor Danilo Tomic que gostei muito.
Antes da apresentação musical tiveram palestras de Jo Takahashi e Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro. Takahashi contou que os imigrantes japoneses chegaram em 1908. Com excesso populacional no Japão, muitos foram incentivados a buscar outros países. Por uns 5 anos no Brasil, as dificuldades fizeram com que os japoneses se distanciassem de sua vida cultural, mas na tentativa de não esquecerem suas tradições, começaram a trazer filmes japoneses, daí a tradição em São Paulo da exibição de tantos filmes japoneses. Takahashi contou aue os filmes mudos no Japão eram apresentados de forma diferente. Um narrador-ator fazia além da narração as vozes de todos os que apareciam na tela. Os filmes japoneses eram exibidos depois na Liberdade onde os cineastas Walter Hugo Khouri e Walter Salles eram frequentadores assíduos, e os diretores de teatro José Celso Martinez Corrêa e Antunes Filho.Na plateia estava o cineasta Rodolfo Nanni que fez uma pergunta a Takahashi, já que Nanni tinha ido ao Japão para tentar fazer um filme que contasse a imigração no Brasil, mas que não foi realizado por falta de patrocínio. Takahashi lembrou que a Tizuca Yamasaki conseguiu fazer posteriormente a tentativa do Nanni porque conseguiu, com muito sacrifício, patrocínio no Brasil, mas não do Japão.
Beijos,
Pedrita
outro dia você postou sobre cultura russa, hoje são os japoneses, estou adorando. Sempre é muito interessante conhecer outras culturas e a música é um caminho delicioso. Boa semana para você, Pedrita. Beijos
ResponderExcluirAdoro comida japonesa!
ResponderExcluirA suavidade contida nas artes deste povo, seja música, dança e até a filosofia de vida são um exemplo de como desacelerar...
bj
ana maria, eu tb tenho aprendido muito nessa série.
ResponderExcluirla socière, eu gosto da arte oriental tb.
Puxa queria tnto ter ido, mas a dona Valeria me prendeu em casa e foi muito ruim,
ResponderExcluiralias ela esta irada comigo porque nao quis mais ficar na casa dela...
bjs
Israel eh mesmo muito bonito, tomara que voe venha para ca. Vais gostar!