sábado, 24 de dezembro de 2016

Legend

Assisti Legend (2015) de Brian Helgeland no TelecinePlay. Faz tempo que via no Now o pôster desse filme, até pensava em ver, mas foi só quando li no Paulamar da Liliane é que quis logo ver. Ela vem revendo esse filme e eu nem vi.

E qual não foi a surpresa quando começou. Eu descobri que esse filme é de época e é baseado na história de dois irmãos gêmeos dois gângsteres, relatados no livro de John Pearson. Um é estrategista, focado. O outro foi internado, o psiquiatra diz que ele não pode conviver em sociedade porque é um esquizofrênico paranóico, mas o irmão leva o gêmeo para casa. O médico avisa que ele tem que tomar diariamente umas pílulas. O irmão violento vem bem a calhar ao estrategista. Sempre que é preciso usar a força, torturar ou mesmo assustar, o irmão violento é perfeito. Tom Hardy está incrível como os gêmeos, apesar que a caracterização ajuda. Colocaram uma prótese na boca do violento, também alguns artifícios para ficar um pouco diferente.

O irmão estrategista se apaixona pela irmã de um funcionário (Emily Browing). Ela é de família pobre. Eles se casam. Muito triste a história dela. Ele sempre ausente cuidando dos negócios, ela começa a usar pílulas para tudo. Era uma época que pessoas ricas usavam muitas pílulas. para dormir, ficar acordada, emagrecer. Ela praticamente se vicia nas pílulas e é muito infeliz. O outro irmão é assumidamente homossexual. Interessante que ele falasse abertamente sobre o assunto naquela época. E andava sempre com os rapazes que se envolvia. Ele conseguia muitos rapazes já que tinha muito dinheiro.

Essa é a foto dos irmãos no dia do casamento de um. A situação do irmão violento piora quando o gêmeo é preso. Descontrolado ele quase acaba com os negócios. Quando o irmão sai da cadeia tudo fica melhor. O gêmeo estrategista só é preso quando perde a cabeça em uma festa e mata um homem com muitas testemunhas. A prisão é perpétua, mas ele tem o perdão no final da vida para morrer de câncer em casa. O outro foi para um hospital psiquiátrico e morreu lá.

 A reconstrução de época é incrível, belíssima a direção de arte. Alguns outros do elenco são: Paul Anderson, Colin Morgan, Nicholas Farrell, Mel Raido, Millie Brady, Chris Mason, David Thewlis e Taron Egerton.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Nada Será Como Antes

Assisti a série Nada Será Como Antes (2016) de Guel Arraes e Jorge Furtado na TV Globo. Eu tinha uma expectativa enorme. A série ia contar a transição do rádio para a televisão e o início da televisão. Contou, mas muito, muito pouco.

A trama ficou mais nas relações amorosas das duas protagonistas interpretadas por Débora Falabella e Bruna Marquezine. Até disseram que o personagem da Marquezine era muito denso para a atriz, que merecia uma atriz mais experiente. Não sei, em alguns momentos ela segurava o personagem, outros nem tanto, mas foi muito bem. A rivalidade das duas soou forçada e cansativa.

Foi uma série de mulheres fortes. Até mesmo a personagem da Letícia Colin era assim, apesar de sem escrúpulos e mimada muitas vezes, era ela que queria que o irmão (Daniel de Oliveira) fosse político e se fosse possível acho que ela mesma sonharia com cargos políticos.

A série abordou várias questões que até hoje ainda tabus. Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, beijos entre negro e branco na novela, galã negro. Belo personagem para o Fabrício de Oliveira. No início ele nem fala tinha em novelas, mesmo fazendo galãs na rádio. Como tudo era ao vivo ele coloca uma faLa e seu personagem cresce. O patrocinador ameaça tirar o dinheiro se tivesse o beijo.

Não sei o que não funcionou. Se foi o fato da trama ser muito picotada. Foi bacana ver a luta para mostrar o jogo da copa do mundo ao vivo. Primeiro eles gravavam na Europa e traziam as imagens. Aí resolveram encurtar o voo e fazer de outro estado para chegar antes da concorrência. Inicialmente poucos tinham tvs em casa. Me incomodou que o foco seria a tv, mas depois que a Verônica quis bancar o filho sozinha mesmo sendo mãe solteira, só se falava em rádio. Ela passou a ter um programa de rádio sob pseudônimo e a série perdeu muito tempo nos programas e na rixa com o ex-marido (Murilo Benício). 

Triste a história da mãe e filha. A mãe era doméstica, o patrão abusou da filha adolescente que depois foi viver na cidade grande se prostituindo. Com a TV ela se tornou uma grande atriz e conseguiu morar com a mãe (Cássia Kiss). Foi lindo o capítulo que mãe e filha se reencontram.

Foi lindo o amor entre três pessoas, mas o segundo foi forçado. No primeiro os dois irmãos se amavam, há uma insinuação clara que eles já viviam um romance. Beatriz surge para aproximá-los e viverem em trio. O segundo foi artificial. O galã homossexual (Alejandro Claveaux) resolve se casar com uma fã que acha bonita para não interferir na vida profissional, já que seus relacionamentos anteriores terem sido um fracasso. Mas ele se envolve com o produtor (Bruno Garcia) e forma o triângulo. Forçadíssima a frase no final que amor a três é o ideal. Rotular achando que é inovador é igualmente restritivo. Acho que cada casal é que tem que encontrar a sua fórmula para amar. O primeiro casal todos se amavam. Nesse claramente o produtor tinha ciúmes do galã e a relação era desequilibrada com um sendo amado por dois e os outros com migalhas e rivalidades.

Eu não gostei de boa parte dos desfechos da trama. A maldade do dono da TV tirando a guarda do filho da ex, a aparição do personagem do Jesuíta Barbosa, o sumiço do personagem do Fabrício de Boliveira. O último trio amoroso. Várias soluções soaram falsas.

Inclusive eu estranhei uma fala, mas como não tenho como rever, se alguém souber. Me pareceu que os irmãos estavam na cama e ela diz que o pai (Osmar Prado) agora só fica em Brasília. Mas antes ele teve um problema grave de saúde e ficou quase vegetal. Não sei se eu que entendi errado, se achei que eram os dois irmãos e eram pai e filha ou teve mesmo um problema de edição ou continuidade. Alguns outros do elenco foram Igor Angelkorte, Greta Antoine, Daniel Boaventura, Susana Ribeiro e Clarice Niskier.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Anomalisa

Assisti Anomalisa (2015) de Charlie Kaufman e Duke Johnson no TelecinePlay. Eu tinha uma expectativa muito alta para ver essa animação. Tinham feito muitos elogios. Gostei, mas menos que a expectativa. É incrível. Feito frame a frame, movimento por movimento, mostra o dia de um profissional palestrante de comportamento.

Ele vendeu inúmeros livros, é adorado. Ajuda principalmente assistentes de telemarketing porque sua técnica é voltada ao atendimento ao cliente, ao sorrir. Incrível como conseguem segurar a nossa atenção. Mostra nosso protagonista no avião, chegando no hotel e já estamos hipnotizados. Ele volta a cidade onde no passado largou pra trás um grande amor. Logo percebemos que ele não foi muito elegante na despedida criando um trauma na moça. Ele marca um encontro que é meio desastrado.

Perturbado depois de um delírio no quarto ele sai batendo nas portas a procura de um conhecido. E uma porta abre, são duas fãs do trabalho dele, belas mulheres e eles vão ao bar.

 Ele se encanta pela mais tímida e vive um romance de uma noite. Ele fica praticamente enfeitiçado por essa moça. Faz juras de amor. No dia seguinte, a luz do dia, o encanto desaparece. Por sorte tanto ele como ela sabem lidar melhor e fica para ela somente uma boa lembrança. Só não sabemos pra ele, porque ele não parece mais se sentir confortável com sua família.

Vou colocar uma foto de como é feito. Fantástico! Acho que eu adoraria trabalhar com isso.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Supermax

Assisti Supermax (2016) na TV Globo. Criada por José Alvarenga Jr., Marçal Aquino e Fernando Bonassi. Direção de José Eduardo Belmonte. Eu adoro esse gênero, estava bem ansiosa e curiosa pra assistir. Adorei! É mais um projeto com um misto do que já aconteceu. Não é novo, mas funcionou muito bem, fiquei ligada, aguardava ansiosamente a próxima terça.
A TV Globo inovou também no formato. Passava às terças, mas quem era assinante Globo.com podia ver antes mesmo da estreia todos os episódios. E também conseguia ver um capítulo anterior a data. Mas inovou ainda mais na própria tv aberta. Uma semana antes do último capítulo, promoveu uma maratona na madrugada da sexta. Os sistemas tradicionais de ibope não são bons para avaliar se funcionou, porque em geral é jovem que assiste, mas eu achei a ideia genial.

Eu adoro o elenco e gostei que eles escolheram atores conhecidos com outros nem tanto. Entre os mais conhecidos que adoro estavam Mariana Ximenez, Erom Cordeiro e Cléo Pires. Mas eu gosto muito do Nicolas Trevjano, Rui Ricardo Dias, Ravel Andrade e Mário César Camargo. Gostei muito da atuação do Bruno Belarmino. Que lindas as Maria Clara Spinelli, Fabiana Gugli e Vânia de Brito. Ainda Ademir Emboava e Márcio Fecher.

Começa como se fosse um reality show. Não curti muito o primeiro capítulo e a participação do Pedro Bial, mas o final foi tão legal que até perdoei esse desconforto inicial. Eu preferiria que tivesse mais cara de ficção mesmo. Mas é bom de qualquer jeito. Todos os participantes tem segredos e envolvimentos com crimes. Só vamos sabendo aos poucos. É muito inteligente. Ninguém presta ali. Os personagens são muito complexos, profundos e muito intensos, ótimos para os atores. Spoiler: Começa tudo bem, mas de repente o Bial não aparece mais, não há mais provas e eles começam a ser assombrados por fatores sinistros, bem terror. Há muitas referências a The Walking Dead, o fato de viverem em uma prisão, uma doença que os transforma em monstros que comem outras pessoas, um que arranca a mão da algema, amputação de uma perna. Mas funciona, é bem construído, é inteligente, é tenso. Gostei muito!
O grupo do mal é muito assustador. A história e quem são aparece no final. Muito bem feita a explicação da trama.

Spoiler: Eu me diverti muito quando o Pedro Bial aparece morto no final. Não que eu deseje sua morte, muito pelo contrário, mas foi muito inteligente. No final deu espaço para uma continuação, terá que ser muito inventiva e ter um bom roteiro e elenco, porque a maioria morreu. E eu não sei se foi tão bem assim em ibope, mas eu adorei. Deixou saudades aquela turma maluca.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A 5ª Onda

Assisti A 5ª Onda (2016) de J Blakeson no HBO On Demand. Eu fiquei curiosa quando vi uma chamada do filme no canal. E gosto muito da Chloë Grace Moretz. É um misto de filmes do gênero Guerra dos Mundos, filmes de catástrofes, The Walking Dead.

Até a terceira onda é interessante, mas é bem no comecinho do filme. Primeiro uma nave estaciona em cima da cidade. Na primeira onda nada funciona, celular, carros, luz, avião despenca. Na segunda a água invade as ruas, destrói cidades. A terceira é uma epidemia. É meio forçada a justificativa para só sobrar adolescentes. Aí fica claro que o filme é voltado para adolescentes.

A irmã se separa do irmão pequeno e quer ir atrás dele. O filme fica então arrastado, romantiquinho, infantil mesmo. E forçadinho. Tudo inho mesmo. Os pares românticos são interpretados por Mathew Zuk e Nick Robinson. Uma graça o garoto interpretado por Zackary Arthur. Lev Schreiber também está no elenco. Claro que a 5ª Onda deixou a ideia que teria uma continuação. Não sei se vai ter porque já é fraquinho, imagine o resto.

Beijos,
Pedrita

domingo, 18 de dezembro de 2016

Festival Osvaldo Lacerda

Assisti ao Festival Osvaldo Lacerda no Sesc Vila Mariana promovido pela pianista Eudóxia de Barros. Foi um belíssimo recital! Inicialmente ela tocou piano solo. A primeira obra foi Berceuse de um gato que morreu (minidrama) – homenagem ao “Docinho de Côco”. A pianista contou que Osvaldo Lacerda fez essa música para o gato deles que foi sequestrado. Depois interpretou o Acalanto Singelo, a Suíte Miniatura, a Brasiliana nº 9 e o Estudo nº 12 que foi dedicado especialmente a Eudóxia de Barros.


Em seguida a pianista tocou com oboísta Gilson Barbosa. Primeiro ele tocou Improviso para oboé solo e depois Variações sobre Carneirinho, Carneirão.

Por último a mezzo-soprano Denise de Freitas interpretou com a pianista lindíssimas canções de Osvaldo Lacerda. O repertório é encontrado no CD Lembrança de Amor que é lindo e comentei aqui. Lindos os poemas de Olavo Bilac, Guilherme de Almeida, Vicente de Carvalho e Manuel Bandeira

Segue a lista completa das canções: 

Quando entardece (texto de Vicente de Carvalho)
Porque (texto de Guilherme de Almeida)
Martírio (texto de Junqueira Freire)
Lamentação  da hora perdida (texto de Rossine Camargo Guarnieri)
Conselhos de amor (textos de diversos autores extraídos do livro “Mil Quadrinhas Brasileiras de Amor e Saudade” selecionadas por Pandiá Pându)
Prece e Contrição ( texto de Gregório de Mattos)
A maldição (texto de Olavo Bilac)
Ladainha (texto de Cassiano Ricardo)
Lembrança de amor (texto de Vicente de Carvalho)
 Cinco haikais de Guilherme de Almeida
Descrente do amor (textos de diversos autores extraídos do livro “Mil Quadrinhas Brasileiras de Amor e Saudade” selecionadas por Pandiá Pându)
Rotação (texto de Cassiano Ricardo)
Cantiga n* 1 (texto de Manuel Bandeira)
O menino doente (texto de Manuel Bandeira)
Desafio (texto folclórico)

Beijos,
Pedrita