sábado, 12 de fevereiro de 2022

Photocopier

Assisti Photocopier (2021) de Wregas Bhanuteja na Netflix. Li que esse filme vinha impactando e estou em estado de choque até agora.

Photocopier mostra uma Indonésia bem diferente dos filmes de terror que costumo ver do país. É uma Indonésia realista e machista. A protagonista tem um pai austero. A família tem uma loja de comidas e o pai quer que a filha pare de estudar e ajude a mãe. Ela tenta bolsa de estudos para conseguir continuar a universidade. Para ganhar algum dinheiro ela faz site para um grupo de teatro que tem apoio da faculdade.
Ela vai em uma festa do teatro, o pai diz para ela não beber e realmente ela não aceita, mas aí forçam um brinde, depois uma brincadeira e ela acorda bêbada no outro dia em casa sem lembrar de nada. No dia seguinte ela vai apresentar o projeto para a banca para conseguir a bolsa de estudos e é humilhada pelos homens decisores. Tinham fotos dela bêbada nas redes sociais. Ela diz que não sabia das fotos, que não lembra da festa. Excelente aluna, trabalhando, é julgada por uma única festa mesmo ela dizendo que não lembra de nada. O pai pra ajudar a expulsa de casa.
Ela começa a investigar. O tempo todo ficam desacreditando-a. Ela leva as denúncias para o código de ética da universidade que vaza as informações. Ninguém é protetor. Excelente a protagonista, Shenina Cinnamon. Que filme impressionante!


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Eu Vejo Você Ontem

Assisti Eu Vejo Você Ontem (20219) de Stefon Briston na Netflix. Eu procurava filmes de ficção científica e resolvi ver esse. Que grata surpresa! Que filme lindo! O produtor é o Spike Lee. A importância de investir em bons projetos.  Esse filme era um curta e virou um excelente longa.

Os dois protagonistas são lindos e carismáticos: Eden Duncan-Smith e Dante Crichlow. O roteiro é muito bom e muito bem construído. Os dois tem até o final da semana para concluir um projeto da feira de ciências. Eles desenvolvem uma máquina do tempo e são gênios. Se tiverem um bom resultado na feira de ciências vão ingressar em boas universidades. 
Em um determinado momento eles querem algo específico e a jovem lembra de um colega (Jonathan Nieves) que desenvolveu um projeto que pode complementar o deles. Muito bom mostrar o quanto esse incentivo a criação promove a interação de vários alunos onde os projetos se complementam. O quanto investir em estudo, ciências, matemática gera ótimos frutos. Claro, o filme vai bem, mas bem longe na ficção científica, mas sim, projetos, pesquisa e ciência são fundamentais para a nossa sociedade.

Infelizmente o filme é bem triste e fala de muitas questões sociais, violência policial, muito atual e muito próximo do que temos no Brasil. Outros do elenco são: Astro, Khail Bryant, Wavyy Jones e Myra Lucrecia Taylor.
Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

A Casa na Rua Mango de Sandra Cisneros

Terminei de ler A Casa na Rua Mango (1984) de Sandra Cisneros da Dublinense. Eu quis ler esse livro desde que vi essa capa, eu amo capas coloridas, amei o título do livro. Fiquei muito feliz que entrou nos livros em promoção na última Feira de Livros da USP que foi virtual novamente. É uma bela edição de Luísa Zardo.

O marcador de livros é de colagem que ganhei em uma troca faz tempo.

O lenço eu comprei na rua 25 de março com o 007.

 
Obra Susan, Aarti, Keerthana e Princesa, domingo no Brooklin (2018) de Aliza Nisenbaum

A Casa na Rua Mango conta a história de Esperanza que mora em Chicago. Ela detesta o nome dela, eu acho tão lindo. Esperanza nasceu nos Estados Unidos, mas tem origem mexicana, hábitos mexicanos e cara mexicana. O livro traz pinceladas da vida de Esperanza na infância, do bairro, dos seus vizinhos, como as histórias que contamos aos amigos sobre algum detalhe de alguém que mora perto da gente, mas sem falarmos muito daquelas pessoas.

Obra Retrato de uma Madona Negra (1987) de Benny Andrews

Esperanza tem amigas diversas, de culturas diversas. Ela fala das dificuldades no bairro, dos costumes, dos hábitos na escola. É muito delicado e bonito!
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Yaga. Koshmar tyomnogo lesa

Assisti Yaga. Koshmar tyomnogo lesa (2020) de Svyatoslav Podgaevskiy no TelecinePlay. No Brasil está como Baba Yaga. Fui até pesquisar sobre Yaga, é uma personagem do folclore eslavo, incorporado depois na cultura russa. 

Eu cheguei a achar que era a história de uma baba e realmente uma família contrata uma babá, mas a trama da Yaga é muito complexa e incrível, me surpreendi com um excelente roteiro e filme. Yaga desaparecia com as crianças e os pais esqueciam de sua existência.

Uma família realmente contrata uma babá e eu achei que a trama ia ficar nessa casa com a babá tocando o terror, mas não. O garoto (Oleg Chugnov) perdeu a mãe e tem um irmão da madrasta. A família não tem uma boa relação.

O garoto conhece uma jovem (Glafira Golubeva) que tem uma relação conturbada com a mãe autoritária. Na floresta eles acham uma caldeira e outro rapaz fala que pessoas eram queimadas lá dentro. Eles começam a investigar. O apagamento das crianças é muito interessante. Enquanto os pais lembrarem dos filhos há chance deles voltarem, se esquecerem vão desaparecer pra sempre. Yaga desaparece com as lembranças de todos.

Beijos,
Pedrita