sábado, 26 de abril de 2008

O Bom Pastor

Assisti O Bom Pastor (2006) de Robert De Niro no Telecine Premium. Gostei bastante, principalmente porque adoro o Matt Damon e ele está excelente. O roteiro de Eric Roth fala das organizações secretas de investigações que culminaram na criação da CIA. Mostra bastante o quanto os Estados Unidos estavam aficcionados com a idéia de que haviam homens perigosos que seriam na maioria os comunistas, cubanos ou russos e que eles precisavam proteger o país daquele mal. Com isso cometem uma série de equívocos prepotentes e um número alto de preconceitos contra os seus semelhantes.

O personagem do Matt Damon acaba se casando meio que forçado com uma mulher de um importante senador. Ela é interpretada pela Angelina Jolie e o senador por Keir Dullea.

Eu não gostei da participação do personagem do Robert De Niro, achei muito caricato e não vi necessidade dele atuar em seu próprio filme. Adoro esse ator mas seu personagem era bastante artificial.

Há uma série de parceiros e informantes próximos ao protagonista e estão todos muito bem: Alec Baldwin, Billy Crudup, William Hurt e Timothy Hutton.

Gostei muito do ator que interpreta o filho do personagem do Matt Damon, Eddie Redmayne. E também a atriz que interpreta a primeira paixão do protagonista, Tammy Blanchard.

O Bom Pastor ganhou o Urso de Prata de Melhor Contribuição Artística, no Festival de Berlim.


Música do post e do filme: Embraceable You




Beijos, Pedrita

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Quartett

Assisti a peça Quartett de Victor Garcia Peralta no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, do dramaturgo alemão Heiner Müller , livremente inspirado na obra Ligações Perigosas de Chordelos de Laclos. Eu gostei muito desse livro e queria muito ver a peça, nunca li nada do Heiner Müller. Nossos protagonistas Beth Goulart e Guilherme Leme arrasam no palco. Os dois são muito bonitos e talentos. A essência da obra do Laclos está lá. Os dois são sedutores e sádicos. Gostam de seduzir maldosamente suas presas. Os dois estão nos dias de hoje, mas os sentimentos complexos vem da obra de referência. Além dos dois está a jovem donzela que eles planejam seduzir e ferir. Essa personagem só existe nas conversas fantasiosas e sádicas de nossos protagonistas. Eu vi o último espetáculo com o Guilherme Leme, quem passa a substituí-lo é o irmão da Beth Goulart. Por esse motivo eles estavam muito emocionados e nos contagiou. Eu gostei demais da química entre esses dois atores, deverá ser um bonito espetáculo com o irmão, mas eu gostei muito deste.

É uma produção caprichada e com bastante apoio de patrocínios, o que proporcionou uma bela estratégia de marketing, com um site muito bem produzido. Também é um espetáculo fácil de ser levado a outras cidades, já que viajou em alguns estados portanto fiquem de olho em suas cidades porque eles podem aparecer por lá. Eles estrearam no Rio de Janeiro, viajaram por Brasília, Curitiba, sete cidades do Rio Grande do Sul, e agora São Paulo. Adorei a trilha sonora criada por Daniel Belquer. A direção, os cenários, a iluminação (Maneco Quinderé) e os figurinos (Marcelo Pies) são muito bonitos.
Música do post: Beethoven_Fidelio_Cuarteto 1acto



Beijos, Pedrita

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Círculo de ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o Jovem Mori

Obra Rua Butantã (1948) de Jorge Mori

Fui a exposição Círculo de ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o Jovem Mori no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, em comemoração ao primeiro centenário da imigração japonesa no Brasil. A mostra traz a curadoria da historiadora e especialista em arte brasileira Aracy Amaral e expõe cerca de 130 obras e documentos de época que revelam como os artistas japoneses Tsuguharu Foujita (1886 – 1968), Tadashi Kaminagai (1899 – 1982) e o nipo-brasileiro Jorge Mori (nascido em 1932) se conheceram, além da relação dos três com o Brasil. Eu gostei muito da exposição!

As obras de Jorge Mori me tocaram em especial. Muito jovem ele retratou onde morava e é o bairro que eu moro. Gostei de ver como era no passado essas ruas, até mesmo o Rio Pinheiros. Uma obra do Morumbi só mostra a mata, não existia ainda moradia.


Obra Bondinho de Santa Teresa (1950) de Tadashi Kaminagai

As obras do Kaminagai remetem muito ao Rio de Janeiro, além de me darem um certo saudosismo de Santa Teresa gostei de ver como era sofisticado o bairro e os casarões da região.
Gostei de saber que esse pintor começou sua carreira na confecção de molduras que eram muito elogiadas. há algumas na exposição.

Obra Retrato Di Cavalcanti (1932) de Tsuguharu Foujita

Na exposição do Foujita há muitas pinturas de retratos como essa de Di Cavalcanti. É possível ver as pessoas que esse pintor conheceu quando esteve no Brasil. Foujita estudou em Tóquio, depois mudou-se para Montparnasse, em Paris, onde conheceu Pablo Picasso e Henri Matisse. No final de 1931, veio para o Brasil onde conviveu com vários modernistas, principalmente Candido Portinari.

Todas as mostras trazem textos, fotos de família, de todos os artistas plásticos.

A exposição Círculo de ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o Jovem Mori é gratuita e fica até o dia 1 de junho no CCBB de São Paulo.


Música do post: Chorinho - Chiquinha Gonzaga - Flor Amorosa






Beijos, Pedrita

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Solaris

Assisti Solaris (2002) de Steven Soderbergh no Telecine Cult. Quis muito ver no passado o filme da União Soviética de 1972 de Andrei Tarkovsky. Cheguei até a alugar os vídeos duplos, mas nunca conseguir ver, uma pena. O roteiro, baseado em livro de Stanislaw Lem, é absolutamente sensacional. Fiquei muito na dúvida se realmente era uma nave espacial, ou se era consciência de cada um depois da morte, porque Solaris é um filme muito complexo e perturbador.

Eu gosto muito do casal protagonista interpretados por George Clooney e Natascha McElhone. Outros dois que estão na nave são Jeremy Davies e Viola Davies. George Clooney interpreta um psicólogo traumatizado com o suicídio de sua mulher. Ele é convocado a ir resgatar uma nave espacial, a Solaris, onde seus tripulantes pedem socorro, mas se recusam a voltar.
Começa então um misto de realidade e ficção absolutamente complexo. Na nave ele passa a receber a visita de sua esposa e a manter relações com ela. Todo o texto é complexo. Solaris é um filme bastante psicológico.
Música do post: Tool - Schism



Vídeo: "Solaris" - Tool "Schism"




Beijos, Pedrita

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Filhos da Esperança


Assisti Filhos da Esperança (2006) de Alfonso Cuarón no Telecine Premium. O 007 queria muito que eu visse esse filme para poder comentar sobre a participação da Julianne Moore. Posso dizer que esse filme é esquisito. Tem momentos maravilhosos, alguns infantis, outros curiosos. O 007 tem razão em dizer que se assemelha ao Aeon Flux que é belíssimo esteticamente, enquanto Filhos da Esperança é feio esteticamente, mas o roteiro central é bastante semelhante.

No futuro a humanidade ficou infértil. O ser humano mais jovem tem 18 anos. O roteiro é baseado no livro de P.D. James, portanto não sei se as teorias que o filme traz ficaram superficiais e se de repente no livro são mais coerentes. Preciso lê-lo! Na teoria do filme, pelo fato de não existirem mais crianças, o mundo ficou bárbaro, perderam totalmente a civilidade. Eu particularmente acho essa teoria um tanto tola. Me incomoda a visão de que só as crianças é que dão tolerância e ternura aos homens. Portanto todos os solteiros sem filhos deixam de ser civilizados? Como o 007, me incomodei com a participação da Julianne Moore, fiquei igualmente com a sensação que foi somente uma jogada de marketing, porque se ela tem duas falas têm muito. Ela nem coadjuvante é. Se alguém deseja ver o filme pela participação dela, pode desistir. Também é estranho a teoria de que só sobre a força a Inglaterra fica menos bárbara em relação aos outros países. Pelo menos debate bastante a questão do imigrante que são tratados como animais em Filhos da Esperança, já que a imigração é um problema constante na Europa de hoje.

Me emocionei muito com a cena do bebê chorando e todos parando o conflito para deixar passar e reverenciar o primeiro bebê depois de 18 anos. Mas é infantil quando os três passam a área de conflito e um segundo depois já recomeça o confronto. São soluções de direção um tanto tolas. Como outra que eles fogem, mas param em um lugar escondido para ficar vendo o que acontece com um amigo em vez de fugir. São soluções bastante infantis. A sensação que fiquei é que talvez o filme tenha ficado muito longo e tiveram soluções estranhas na hora da edição. O final fica claro da correria pra terminar deixando-o mal explicado. Falam sempre em um projeto, que virá de barco buscar a mãe e o bebê. Termina a mãe e o bebê em uma jangada e um barco vindo, mas não sabemos se é do projeto, se esse projeto existe, se é humanitário, se não é mais um local sem civilização de experimentos. O 007 também odiou o final.
O protagonista é o Clive Owen. Alguns outros do elenco são: Michael Cane, Chiwetel Ejiofor, Claire-Hope Ashitey e Pam Ferris.
Filhos da Esperança ganhou 2 BAFTA de Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte e os prêmios Lanterna Mágica e de Melhor Contribuição Técnica, no Festival de Veneza.
A trilha sonora é bem diversificada e interessante.
Música do post e do filme: King Crimson - The Court of the Crimson King

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Beijos,

Pedrita