Dos filmes desse período que vemos percebemos que os reinados dessa época estavam sempre tentando aumentar os seus territórios, seja por casamentos arranjados ou por intermináveis lutas. Maquiavel fala como um principado se estabelece na nova conquista, como deve agir para ganhar o respeito e não perder aquele novo reinado. Maquiavel se inspira muito nos reinados da Grécia. Muitas das orientações são realmente anti-éticas e amorais. Terminar com os inimigos é uma prática que muitos governos ditatoriais fizeram. Mas mesmo assim há muitas reflexões interessantes como a explanação sobre os interesses. Quando há tempos de paz e o principado está bem, todos estão simpáticos. É nas adversidades é que sabemos quem realmente era sincero. Maquiavel fala muito do poder da igreja, ele não pareceu muito simpatizante da influência da igreja nos reinados. Dá inclusive algumas sugestões para acalmar e tentar neutralizar a influência da igreja e ainda sugere ações de proteção para que a igreja não amplie o seu poder e governe no lugar do principado.O tempo todo Maquiavel sugere o que os líderes precisam fazer para permanecer no poder e ganhar boa parte do apoio para se fortalecer. A influência da religião é perceptível nas pinturas desse período.
Obra de Dosso Dossi
Anotei vários trechos de O Príncipe de Nicolau Maquiavel, vou selecionar alguns:
“De praxe, aqueles que desejam obter os favores de um Príncipe apresentam-se a ele com os pertences que lhe são mais caros e à vista dos quais vêem que ele mais se encanta.”
“Todos os Estados e todos os governos que exerceram certo poder sobre a vida dos homens foram e são repúblicas ou principados.”
“Aprendemos que, ao tomar um país, deve aquele que o ocupa levar a efeito todas as violências necessárias e praticá-las de uma só vez, para não ter de renová-las a cada dia: assim, isentando-as de reproduzi-las, poderá inspirar confiança aos homens e, fazendo-lhes o bem, conquistar a sua simpatia.”
“É que um príncipe não pode fundar-se naquilo que vê em tempos mansos, tempos em que os cidadãos necessitam do Estado, porque então todos, com a morte bem distante, querem por ele sacrificar-se. No entanto, é na adversidade, quando o Estado necessita dos cidadãos, que raros deles se fazem presentes.”
Beijos,
Pedrita