sábado, 23 de abril de 2011

O Príncipe

Terminei de ler O Príncipe (1532) de Nicolau Maquiavel. Li exatamente dessa coleção da L&PM. Além do livro há várias notas históricas. Várias teses de mestrado e doutorado devem existir dessa obra. Eu só vou comentar algumas questões, mas sem nenhum aprofundamento histórico e filosófico. Sempre quis ler O Príncipe que é mencionado frequentemente em filmes, novelas, seriados. Queria conhecer um pouco da obra como um todo. Apesar do termo maquiavélico ter surgido dos pensamentos de Maquiavel, ele só expressou o que viu ou participou dos seus trabalhos na corte. Claro, ele concorda com muito do que foi realizado e em alguns casos achava que deveria ter sido mais estratégico e nem sempre o mais estratégico por ele era o mais "adequado".

Dos filmes desse período que vemos percebemos que os reinados dessa época estavam sempre tentando aumentar os seus territórios, seja por casamentos arranjados ou por intermináveis lutas. Maquiavel fala como um principado se estabelece na nova conquista, como deve agir para ganhar o respeito e não perder aquele novo reinado. Maquiavel se inspira muito nos reinados da Grécia. Muitas das orientações são realmente anti-éticas e amorais. Terminar com os inimigos é uma prática que muitos governos ditatoriais fizeram. Mas mesmo assim há muitas reflexões interessantes como a explanação sobre os interesses. Quando há tempos de paz e o principado está bem, todos estão simpáticos. É nas adversidades é que sabemos quem realmente era sincero. Maquiavel fala muito do poder da igreja, ele não pareceu muito simpatizante da influência da igreja nos reinados. Dá inclusive algumas sugestões para acalmar e tentar neutralizar a influência da igreja e ainda sugere ações de proteção para que a igreja não amplie o seu poder e governe no lugar do principado.O tempo todo Maquiavel sugere o que os líderes precisam fazer para permanecer no poder e ganhar boa parte do apoio para se fortalecer. A influência da religião é perceptível nas pinturas desse período.

Obra de Dosso Dossi

Anotei vários trechos de O Príncipe de Nicolau Maquiavel, vou selecionar alguns:

“De praxe, aqueles que desejam obter os favores de um Príncipe apresentam-se a ele com os pertences que lhe são mais caros e à vista dos quais vêem que ele mais se encanta.”

“Todos os Estados e todos os governos que exerceram certo poder sobre a vida dos homens foram e são repúblicas ou principados.”

“Aprendemos que, ao tomar um país, deve aquele que o ocupa levar a efeito todas as violências necessárias e praticá-las de uma só vez, para não ter de renová-las a cada dia: assim, isentando-as de reproduzi-las, poderá inspirar confiança aos homens e, fazendo-lhes o bem, conquistar a sua simpatia.”

“É que um príncipe não pode fundar-se naquilo que vê em tempos mansos, tempos em que os cidadãos necessitam do Estado, porque então todos, com a morte bem distante, querem por ele sacrificar-se. No entanto, é na adversidade, quando o Estado necessita dos cidadãos, que raros deles se fazem presentes.” 






Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Monsters. Inc.

Assisti Monsters. Inc. (2001) de Peter Docter, Jill Cuton, Jefr Pidgeon e Ralph Egleston em DVD. Eu queria muito ver essa animação, fiquei irradiante quando vi que tinha na coleção de filmes na casa da minha amiga. É fantástico! Original, inteligente, fofo, emocionante! Monsters. Inc. é da Pixar e da Disney. Os monstros vivem de assustar as crianças. Um cientista monstro descobriu que os gritos das crianças geram energia e a energia da cidade é movida aos gritos das crianças. A cidade está com problemas energéticos já que muitas crianças hoje em dia não se assustam mais. Até que uma criança escapa e começa obviamente muita confusão.

Monsters. Inc. é muito fofo, adorei o gatinho e a criança. Demais! E o desfecho também é muito bom. E tecnicamente muito bem realizado, vocês sabem que eu amo animação. 


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Piratas do Caribe - O Baú da Morte

Assisti Piratas do Caribe - O Baú da Morte (2006) de Gore Verbinski em DVD na casa da minha amiga. Gostei bastante, é esteticamente muito bem realizado. Eu só não gosto muito das partes engraçadas, não consigo achar muita graça e também achei um pouco longo. A parte na ilha dos índios canibais achei sem graça e arrastada. Mas o restante é bem divertido! Impecável a maquiagem dos piratas do mar, impressionantes e muito bem feitas. Dessa vez o triângulo amoroso fica mais definido, adoro os atores Johnny Deep, Keira Knightley e Orlando Bloom. As cenas iniciais com a chuva são belíssimas.

Começa com a não realização do casamento da mocinha. Gosto nessa série que a mocinha não é bobona, é corajosa e igualmente aventureira.Ela e o noivo vão presos. O noivo é solto para conseguir a bússola do capitão para libertar a amada. Começa então a aventura. Nesse fica muito clara a continuação. Alguns outros do elenco são: Jack Davenport, Bill Nighy, Jonathan Pryce, Mackenzie Crook,  Tom Hollander e  Naomi Harris.




Beijos,

Pedrita

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Letra Escarlate

Assisti A Letra Escarlate (1973) de Wim Wenders em DVD na casa da minha amiga. Não sabia da existência dessa adaptação do livro do Nathaniel Hawthorne que quero ler. Eu já havia lido desse autor A Casa das Sete Torres.Não é o meu filme preferido do Wenders, mas é bastante angustiante o olhar dele sobre a vida dessa mulher que é obrigada a bordar na roupa o A de adúltera. Seu marido estava viajando e ela aparece grávida. Anualmente por 7 anos ela é julgada na cidade para dizer quem é o homem que a levou ao pecado. Ela vive isolada, mas recebe a autorização depois de 7 anos de ir a cidade. Ela e a filha são hostilizadas. As crianças em coro andam atrás da criança ofendendo e elas não podem fazer nada. Nem as crianças são reprimidas. A Letra Escarlate é uma obra que fala muito de machismo, intolerância e hipocrisia.

Belíssima a atriz que faz a adúltera interpretada por Senta.Berger. Outros do elenco são: Hans Christian Blech, Lou Castel, Yelena Samarina, Yella Rotländer e William Layton. Há outra versão dessa obra mais recente com a Demi Moore que não vi.


Beijos,
Pedrita

domingo, 17 de abril de 2011

Antonio Lauro Del Claro e Ricardo Ballestero

Assisti ao recital de Antonio Lauro Del Claro e Ricardo Ballestero na série Clássicos no Domingo do Centro Cultural São Paulo. Eles interpretaram um belíssimo repertório de compositores brasileiros da década de 20. Ballestero explicou que na época não havia curso formal de música no Brasil, e que muitos músicos iam estudar na Europa. Com o nacionalismo pregado por Mário de Andrade, muitos desses músicos e compositores foram criticados pela influência européia. Inclusive Ballestero explicou que depois esses músicos lecionaram e fundaram instituições muscais de ensino no Brasil.


Depois o duo interpretou duas obras de Glauco Velásquez. Eu queria muito ouvir alguma obra desse compositor porque muito recentemente me falaram dele. As duas obras Elegia e Sonata para cello e piano foram intensas e fascinantes. Ballestero comentou que a dificuldade maior em interpretar a obra desse compositor é que suas partituras ainda não foram editadas e que eles precisaram trabalhar com manuscritos. Por último eles interpretaram três belíssimas obras de Alberto Nepomuceno, compositor que tenho paixão. Muito triste a peça Prece, depois interpretaram Romance e Tarantela. Ballestero comentou que Nepomuceno, diferente dos outros compositores apresentados, se especializou em vários países da Europa, é considerado inclusive um pouco camaleão, já que absorvia cada estética de cada lugar que passava. A Tarantela é uma obra muito divertida, intensa e animada. Esse repertório integra um projeto de CD que está em fase de captação de patrocínio. Essa série gratuita foi incluída na Virada Cultural. Espaços culturais públicos incluíram algumas de suas programações no evento.

Beijos,
Pedrita