sábado, 6 de março de 2010

Idas e Vindas do Amor

Assisti no cinema Idas e Vindas do Amor (2010) de Garry Marshall. Há poucas opções de filmes no cinema que não sejam violentos para ir com a minha mãe. Escolhemos esse. Os Estados Unidos pegaram o hábito de fazer filmes para o Dia dos Namorados, como eles fazem para o Natal. Mas também pegou o hábito de fazer regularmente filmes com várias histórias, eu gosto desse formato. Idas e Vindas do Amor não é o melhor desse gênero, mas é simpático. No elenco grandes e famosos atores como Ashton Kutcher que o seu personagem parece costurar as histórias. Ele é dono de uma loja de flores. Idas e Vindas do Amor passa em um único dia, no Dia dos Namorados.

Jamie Foxx faz outro personagem simpático. Julia Roberts aparece pouco, mas tem um bonito perso-nagem. Outra que aparece pouco é a Jessica Alba, Queen Latifah e Kathy Bathes. Amei a história interpretada pela Shirley Mclaine e Hector Elizondo. Como alguns filmes desse formato sempre há uma história com uma criança, o menino é uma graça interpretado por Bryce Robinson. Alguns outros do elenco são: Jessica Biel, Jennifer Garner, Anne Hathaway, Topher Grace, Eric Dane, George Lopez, Bradley Cooper, Patrick Dempsey e Taylor Lautner.

Eu achei a fotografia um pouco escura, não sei se era a cópia que vimos no cinema. Minha mãe não conhecia o exagero dos americanos na festa do Dia dos Namorados. Eu sabia, mas confesso que não achava que eles iam tão longe, muito cafona a festa. Eu não sabia que havia programas no cemitério, mas achei simpático que passam um filme e todo mundo vê no gramado, mas se fica lotado daquele jeito não sei se há romantismo. Eu e minha mãe estranhamos algumas crianças no cinema. Fiquei pensando que talvez elas vão pelos atores, por algum ídolo, não sei se sabem sobre o que é o filme. Crianças com menos de 10 anos não devem compreender metade dos diálogos. É um filme com conversas complexas adultas sobre relacionamentos. Eu estranho esse costume de ir ao cinema sem nem ao menos saber o que vai assistir. Ainda mais que o ingresso do cinema está muito caro.

Youtube: 'Valentine's Day' Trailer HD

From Mata Hari e 007
Beijos,


Pedrita

quinta-feira, 4 de março de 2010

007 - Quantum of Solace

Assisti 007 - Quantum of Solace (2008) de Marc Forster no Telecine Premium. Claro que o 007 viu no cinema e gostou muito. Eu tinha vontade de ver na tv a cabo. Eu tinha gostado muito do primeiro com o Daniel Craig e queria ver esse. É bom, não tanto quanto o primeiro, mas superior aos últimos antes do Daniel Craig. O que não gosto em nenhum 007 são os roteiros mirabolantes e esse se encaixa nesse perfil. Grandes decisores de vários países do mundo todo estão envolvidos em uma corrupção e no texto falavam muito em comunismo, comunistas, achei o texto muito antiquado. Preferiram também não traduzir o nome no Brasil e acho que também ficou um pouco incompreensível.

Mas é um bom 007. Gostei muito das duas atrizes que fazem as mulheres, bonitas e talentosas: Olga Kurlylenko e Gemma Artenton. Novamente a incrível Judi Dench. E outros como: Mathieu Almaric, Joaquín Cosio, Jeffrey Wright e Giancarlo Giannini. O 007 comentou que apesar do filme dizer que é na Bolívia, foi filmado no Chile. Fiquei chocada e triste com esses mistérios incompreensíveis, umas cenas são em Porto Príncipe e depois foram gravadas no Chile, nos dois países que sofreram terremotos. Há vários furos e forçadas, quando o 007 está no Haiti, no cais, só ele loiro e branco olhando fixamente para o local do inimigo cheio de segurança, ele fica um tempão olhando fixamente, mas ninguém percebe nem descobre. Depois a cena da fuga em um barco a motor moderno, ele pula em uma lancha pesqueira antiquada que corre mais do que as de última geração. Só em filme. Mas há muitas cenas bem feitas, muita ação, muita agilidade, é muito bem feito, inclusive as cenas no hotel no deserto, impecáveis! Eu gostei muito da canção tema, Another Way To Die, interpretada por Alicia Keys e Jack White. O 007 não gostou tanto. Eu achei que combinou mais com esse estilo mais agressivo desses últimos dois 007. 

Youtube: 007 Quantum Of Solace(2008) Official Trailer


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Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de março de 2010

Os Irmãos Cara de Pau

Assisti Os Irmãos Cara de Pau (1980) de John Landis no Telecine Cult. Mais um filme da série todo mundo viu menos você. Eu sempre quis ver esse filme pelas estrelas da música que se apresentam. Fiquei emocionada em ver James Brown e saudosa. Eu vi um show dele na raia da USP que jamais esqueci. Amei os números musicais e as aparições ainda de : Aretha Franklin, Ray Charles e Tom Malone.

O roteiro tem a participação do Dan Aykroyd. Os números musicais com eles também são ótimos. O outro brother é inter-pretado pelo John Belushi. O elenco é enorme e com muitas participações de grandes artistas: Kathleen Freeman, Cab Calloway e Alan Rubin. Vou colocar no Youtube o número musical com o James Brown.

Youtube: James Brown- blues brothers



From Mata Hari e 007

From Mata Hari e 007
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Pedrita

terça-feira, 2 de março de 2010

Sala de Cinema

Assisti ao programa Sala de Cinema na SESCTV com Lauro Escorel. Eu adoro esse diretor de fotografia, sou fã da fotografia dos filmes em que ele dirige e fiquei encantada que ele era o entrevistado desse programa que descobri recentemente. Já tinha visto trechos de outras entrevistas com outras personalidades do cinema. Gostei de saber um dos motivos que fazem Lauro Escorel ser genial, ele gosta de começar a trabalhar bem antes das filmagens, ter longas conversas e pensar na fotografia para aquele filme. É por isso que sempre que vejo os filmes com a direção de fotografia de Lauro Escorel, descubro cada mundo novo. É o roteiro, a ideia, que faz ele decidir as cores do filme.

Lauro Escorel então falou dos filmes e o Sala de Cinema ilustrou várias conversas com cenas de filmes. Falou que Eu Sei Que Vou Te Amar do Arnaldo Jabor teve uma iluminação romântica e que o espaço precisava estar todo pronto para que os atores tivessem plena liberdade de locomoção. Que Eles Não Usam Black Tie, que ainda não vi, o lugar era determinante para mostrar como aquelas pessoas eram pobres e que o Lauro Escorel acha hoje aqueles cenários muito limpos diferentes da estética mais realista dos dias de hoje. Arnaldo Jabor apareceu para comentar sobre Lauro Escorel e outros entrevistados no formato gravado.

Já não é de hoje que penso sobre uma polêmica recente de dizerem que a tv a cabo só passa programação estrangeira. Não há problema em alguém só gostar de ver sempre os mesmos canais e os mesmos programas. O problema é essa pessoa declarar publicamente que há poucos produtos brasileiros na tv a cabo. Para alguém declarar algo sobre emissoras é preciso ficar um tempo pesquisando canais e programas. Eu vejo inúmeros canais e programas feitos no Brasil, concordo que ainda são poucos, mas a tv a cabo é muito recente no Brasil. Gosto demais dos programas e da programação que passam nos canais GloboNews, Brasil, Futura, GNT, Multishow e eu mesma acho que exploro pouco as possibilidades. Não sei se o canal SESCTV pode ser visto na tv aberta, mas é outro canal com programas incríveis. É bem recente, mas muitas produtoras hoje tem criado programas, captado patrocínios e apresentado para canais a cabo e conseguindo entrar na programação, com isso temos uma programação rica, diversificada e muito interessante. Ainda há muita dificuldade de vender programas de produtoras, de captar patrocínio e de investimento, é um caminho novo. Algumas emissoras investem em programas ousados, alguns até demais. No segmento infantil temos bons produtos, mas não tão sequenciais como os desenhos estrangeiros, temos poucos produtos e mais pontuais, engatinhamos ainda nesse segmento e não conseguimos concorrer. Mas já vi excelentes curtas no Canal Brasil, com desenhos geniais e muito premiados. Aqui mesmo no blog, nesses 8 anos, já falei de vários programas que gosto. Alguns estão na tag televisão.

Youtube: TEASER JOAO MIGUEL

From Mata Hari e 007

e
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Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 1 de março de 2010

Jean Barois

Terminei de ler Jean Barois (1913) de Roger Martin du Gard. Esse autor é mais um da lista dos ganhadores de Nobel. A edição que comprei em um sebo é aquela de capa dura branca, que saíram vários autores ganhadores de Prêmio Nobel publicada no Rio de Janeiro, em 1964, pela antiga Editora Delta. Há outras edições que achamos em sebos, nenhuma mais recente. Tradução de Vidal Oliveira. É uma edição com estilo antigo que por sorte vem perdendo espaço no Brasil. O livro é grande demais, pesado demais, com textos muito espaçados, páginas em branco, letras enormes entre margens enormes, muito espaço desperdiçado. E ainda textos sobre o autor, Nobel, de discurso para o recebimento do prêmio. O livro poderia ser bem menor e mais fácil de carregar, eu precisava ler em uma mesa. Economizaria papel. As páginas também são muito grossas, quase cartolinas, é um livro muito difícil de manusear. Não gosto do recurso inverso, livros pequenos demais e espremidos demais, mas desperdiçar como esse e ainda dificultar a leitura, não vejo muita praticidade. É possível achar essa obra só em sebos.

Obra Le Dessert (1908) de Henri Matisse

Eu não me identifiquei muito com Jean Barois, que no Brasil foi publicado como o Drama de Jean Barois. Nosso protagonista faz várias discussões sobre religião e não ter fé. Ele na infância se torna um fervoroso católico, pede inclusive que sua avó o leve a cidade de Bernadette. Depois ele questiona a fé e começa o caminho para não ter religião. Só que é com o olhar de um católico, mesmo quando ele não acredita mais em Deus. Seu olhar é cheio de culpa como os católicos. Eu tinha lido há muitos anos A Montanha Mágica de Thomas Mann e no sanatório um trio discuste fé e a existência ou não de Deus, mas o grupo é mais eclético. Então em Jean Barois não me atraiu muito aquele olhar religioso negando a fé. Tanto que no final, quando nosso prota-gonista doente resolve voltar ao catolicismo, ele tem medo que o fato de ter negado Deus por tanto tempo, mesmo confessado, não fosse para o céu e sim para o inferno. Estranhei ele acreditar em céu e inferno e ele não pensar que o que define um homem bom ou não, não é a religião ou falta dela e sim seus atos e os atos de nosso protagonista eram de um homem bom. Me surpreendi o protagonista achar que o livre pensamento é um pecado tão grande quanto matar ou roubar. Também me incomodou a vitimização de sua esposa. Ele separa dela fisicamente porque ela não aceita ele não crer em Deus e o culpa a vida toda por ter desgraçado a vida dela. Ele aceita não se divorciar, vai morar em outra cidade, ela continua casada e se faz de coitada a vida toda, de ter sofrido e não sabe viver e ser feliz. Ela ficou na casa dela, na cidade dela, indo a igreja, com a filha, com uma situação financeira confortável, é patético se dizer infeliz, e dentro da religião dela, até pecado e ingratidão com tanta boaventura e fartura.

Obra Paris à Janela (1913) de Marc Chagall
Marc Chagall nasceu na Rússia e morreu na França, é considerado russo e francês.

Gostei muito no meio da obra quando nosso protagonista é dono de um jornal e começa a escrever e debater sobre o caso Dreyfuss. Não conhecia nada sobre esse momento histórico, precisei pesquisar na internet. Dreyfuss foi acusado e condenado injustamente por anti-semitismo. Há várias discussões e julgamentos relatadas em detalhes em Jean Barois inclusive com a presença de muitas personalidades históricas como Emile Zola.

Obra Femme au Tombeau (1894) de Maurice Denis

Anotei alguns trechos de Jean Barois de Roger Martin Du Gard:

“Buis-la-Dame (Oise), ano de 1878.”

“Que é a morte? A desorganização do ser que sou, do qual minha consciência faz a unidade. E então? Desaparecimento da consciência, da alma?”

“Quando vem as decepções, as doenças, a ameaça final é a derrota: nós os vemos recorrer bem depressa aos contos de fadas que consolam...”

“Ah! Senhor padre, foi o grande achado da sua religião o ter sabido convercer o homem de que não deve mais procurar compreender.”

A música e as pinturas do post são francesas do período que a obra foi publicada.

Música do post: Cantiga de Jean Racine de Gabriel Fauré

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From Mata Hari e 007


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Pedrita