sábado, 26 de outubro de 2013

Edino Krieger - Música Contemporânea Brasileira

Ouvi o CD Edino Krieger - Música Contemporânea Brasileira (2006) da Discoteca Oneyda Alvarenga do Centro Cultural São Paulo. Esse projeto foi contemplado pela Petrobras e busca registrar a obra de compositores eruditos brasileiros. É um projeto impecável. Há um CD com grandes intérpretes, partituras, biografia, textos explicativos, musicografia, referência discográficas. Escrevem os textos Carlos Augusto Calil, Francisco Coelho, Ricardo Tacuchian, Luiz Paulo Horta e Lutero Rodrigues.

Há fotos em preto e branco do compositor e de sua trajetória. O CD começa com o Quarteto de Cordas nº 1 (1955) interpretado pelo excelente Quarteto Camargo Guarnieri formado pelos violinistas Elisa Fukuda e Maria Fernanda Krug, pelo viola Renato Bandel e pelo violoncelista Fábio Presgrave


Depois a soprano Céline Imbert e o pianista Gilberto Tinetti interpretam várias canções: Balada do Desesperado (1954) com texto do poema de Castro Alves, Desafio (1955) com poema de Manuel Bandeira, Canción China a dos Voces (1953) com poema de Nicolàs Guillén, Três Sonetos de Drummond: Os poderes infernais (2002) com poemas de Carlos Drummond de Andrade. O CD finaliza com os Estudos intervalares para piano solo (2001) com o pianista Eduardo Monteiro. Esse projeto pode ser encontrado nas livrarias virtuais.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 22 de outubro de 2013

1930 - Tempo de Revolução

Assisti ao documentário 1930 - Tempo de Revolução (1990) de Eduardo Escorel no Curta! Estava começando os letreiros e resolvi assistir. Conta parte da história política do Brasil de 1910 a 1937. A narração é de Edwin Luisi. Fiquei impressionada com a quantidade de imagens que conseguiram para retratar esse período.

1930 - Tempo de Revolução relata as eleições de votos abertos, de cabresto, as eleições decididas pelos barões do café. Eleições fraudulentas. Os movimentos tenentistas. A maior parte do documentário é de imagens históricas, alguns historiadores, sociólogos e cientista políticos comentam o período. É excelente! Começa relatando o Carnaval que ainda era só conhecido no Brasil. O Rio de Janeiro era conhecido pelos seus cartões postais. O morro do Corcovado ainda não tinha a escultura do Cristo Redentor. 

Há toda o contexto histórico do período como os relatos da Semana de 22, as obras, textos, trechos do filme Macunaíma. Esse documentário é excelente e é o primeiro de uma trilogia, espero conseguir ver os seguintes.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Vida Como Ela É...

Assisti em DVD A Vida Como Ela É (1996) baseado nos contos de Nelson Rodrigues, dirigida por Daniel Filho. São 40 episódios com os contos que eram escritos diariamente para um jornal em 1950. Nos extras entrevistas sobre a confecção da série onde o Daniel Filho disse que escolheu fazer com um grupo pequeno de atores, como uma companhia de teatro. Eles fariam vários personagens e teriam atores convidados. A narração é do José Wilker.

Os atores são excelentes: Malu Mader, Claudia Abreu, Isabela Garcia, Giulia Gam, Maitê Proença e Débora Bloch, Cássio Gabus Mendes, Leon Góes, Antonio Calloni, Marcos Palmeira, José Mayer, Tony Ramos e Guilherme Fontes. Os atores convidados são: Tarcísio Meira, Georgina Góes, Nívea Maria, Laura Cardoso, Mauro Mendonça, Gabriela Duarte, Jece Valadão, Nelson Xavier, Caio Junqueira, Maria Mariana, Yoná Magalhães, Tonico Pereira, Mônica Torres e Eduardo Moscovis.

Eu adoro os textos do Nelson Rodrigues. Acho incrível que alguém que é na vida pessoal tão preconceituoso, conseguisse ver com um olhar tão clínico a classe média, suas neuroses e taras. Eu tinha visto alguns episódios na época e amado, e foi incrível rever e me surpreender novamente com o desfecho. São tramas curtas, mas tão bem elaboradas. Daniel Filho disse que escolheram pela primeira vez utilizar a película de cinema e a direção de fotografia queria remeter a série na iluminação dos filmes noir. Então as cenas eram gravadas por ambientes. Se iam usar uma praça, faziam tudo o que era pra ser na praça, então os atores precisavam fazer vários personagens de vários contos naquele período. A máquina de escrever que aparece no início dando o nome ao conto era a do próprio Nelson Rodrigues. No final do segundo DVD há uma entrevista com o Nelson Rodrigues.
Tudo é impecável, figurinos, cabelos, cenários. É inspirado na década de 50, mas não é rígido. Estão lá as invejosas, que fazem de tudo para envenenar quem está feliz, as traidoras, os vingativos. Os suicídios são outras pérolas. A pessoa quer causar, vingar e se mata, como se ela pudesse desfrutar depois as consequências dos seus atos. São as relações nos limites.
Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de outubro de 2013

Festival Almeida Prado

Fui ao Festival Almeida Prado realizado pelo Centro de Música Brasileira no Centro Brasileiro Britânico. Foram duas apresentações em homenagem a esse compositor, Primeiro tocaram a filha dele, Constanza Almeida Prado e a pianista Helenice Audi. Depois o Coro de Câmara de Campina Grande sob regência de Vladimir Silva interpretou obras de vários compositores, na maioria paraibanos. O grupo faz o resgate das composições de Reginaldo Carvalho, gostei muito da obra A Cacimba e da obra Desafio do paulistano Osvaldo Lacerda. Finalizaram com o Xote das Meninas. Foi um belo concerto gratuito.
Programas completos:

Programa do Duo Constanza Almeida Prado (violino) Helenice Audi (piano)
Cantiga da amizade para violino e piano
Sonatina para violino e piano
Noturno n. 13 para violino e piano
Sonata n. 4 para violino e piano

Programa do Coro de Câmara de Campina Grande:
Ave Maria (Reginaldo Carvalho)
As sete palavras da oração dominical (Reginaldo Carvalho)
Glória, extraído da Missa em Aboio (Pedro Marinho)
Salmo 23 (Eli-Eri Moura)
Madrigal (Manuel Bandeira – José Siqueira - Adaptação para coro: Vladimir Silva)
Madrigal (José Alberto Kaplan)
Maracatu (Ascenso Ferreira – Gazzi de Sá)
Desafio (Osvaldo Lacerda)
A cacimba (Zé da Luz – Reginaldo Carvalho)
A guajira espúria (Vladimir Silva)

Beijos,
Pedrita