sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Street Art


Fui na exposição Street Art – Do Grafite à Pintura, Itália/Brasil no MAC USP Ibirapuera. O espaço fica no terceiro andar da Bienal, onde acontece nos andares abaixo o São Paulo Fashion Week, portanto não há como ir de carro, está um inferno tudo por lá. É uma bela exposição com trabalhos de grafiteiros da Itália e do Brasil, 10 italianos e 10 brasileiros. A curadoria é de Vittorio Sgarbi e Fabio Magalhães. Essa obra da imagem é de Cano (Raffaelo Canu), intitulada A dor no olho esquerdo de Zoe e é de 2007.

Os artistas brasileiros são: Zezão, Cesar Profeta, Boleta, Tim Tchais, Highraff (Rafael Calazans Pierri), Bugre, Prozak (Celso Mazu), Ndrua (Frederico Jorge), Yá!, Ndru e Smael. Há uma única mulher na exposição, Yá!, uma brasileira, e essa sua obra é Téo. Gostei demais das telas, muitas temos referências das imagens em nossa memória de nossas andanças pela cidade de São Paulo.


Os artistas italianos são: Cano (Raffaelo Canu), Kayone (Marco Mantovani), Led (Alessandro Appolonio), Filippo Minelli, PHO (Marco Grassi), Francesco Pogliaghi, Rae Martini (Marino Martini), Verbo (Mitja Bombardieri) e Wany (Andrea Sergio). Essa imagem é de Francesco Pogliaghi, intitulada Ford T de 2007. A exposição fica até o dia 17 de fevereiro e é grátis. Enquanto o Fashion Week estiver por lá, é melhor não ir de carro.
Música do post: O Rappa - Pescador De Ilusões





Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A Grande Ilusão

Assisti A Grande Ilusão (2006) de Steven Zaillian na HBO. É uma co-produção entre Estados Unidos e Alemanha e o nome original é All The King´s Men que não tem nada a ver com a versão que escolheram no Brasil, inclusive o nome no Brasil não tem nada a a ver com o filme. É uma refilmagem de um filme de mesmo nome original e tradução, de 1949. Foi o 007 que me indicou esse filme. Eu falava com ele sobre as opções que iam passar naquela noite na TV a cabo, não me interessava pelos que tinham, aí ele avisou que esse é bom e é realmente. All The King´s Men é um filme muito diferente, com um roteiro muito original, baseado no livro de Robert Penn Warren.

Nosso protagonista é o maravilhoso Sean Penn. Ele é um homem simples, que já se candidatou a prefeito umas duas vezes, não ganhou e desistiu. Ele critica muito a corrupção no estado, prevê uma tragédia advinda da corrupção, que acaba acontecendo, e é então assediado para ser candidato a governador. No meio da campanha ele percebe que só o usam, muda o discurso, faz campanha sozinho e ganha. Ele não chega a mudar os seus ideais. Fica mais maduro, com algumas atitudes de uma pessoa simples que chega no poder, mas continua realizador para aqueles que o elegeram. O texto é muito bom, Sean Penn arrasa.


Jude Law é um jornalista, da alta sociedade, que vai trabalhar para o personagem do Sean Penn. Gostei muito da edição de All The King´s Men, demoramos pra compreender muitas questões, inclusive suas amizades da juventude, o que os afastou. Seus amigos de juventude são interpretados por Kate Winslet e Mark Ruffalo. Gosto muito dessa atriz, o personagem dela é muito complexo, mas não exige muito de interpretação. O incrível Anthony Hoppkins está no elenco e ainda Patricia Clarkson, Kathy Baker e James Gandolfini.
Música do post: A Beautiful Mind - James Horner & Jim Brickman (James Horner é o compositor da trilha do filme, mas essa não é música do filme)


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

As Filhas do Vento



Assisti As Filhas do Vento (2004) de Joel Zito Araújo no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme, tentei inclusive ir ao cinema, mas só conseguir ver Vida de Menina que estreou na mesma época. Assim que vi que ia passar no Canal Brasil avisei minha mãe, que amou o filme tanto quanto eu e me ligou no final igualmente emocionada. É um lindo roteiro de Di Moretti sobre uma família, suas lutas e vitórias. A edição de Isabela Monteiro de Castro é toda entrecortada.
Começa com a morte do pai, no velório na igreja e As Filhas do Vento entrando. Depois segue para a história dessa família. Um pai austero, como todos da época. Agravado pelo trauma de uma esposa que o abandonou por uma vida "melhor" na cidade grande. O pai é interpretado maravilhosamente por Milton Gonçalves.

O elenco é simplesmente maravilhoso: Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Maria Ceiça, Dani Ornellas, Thalma de Freitas e Rocco Pitanga. São duas irmãs com escolhas e vidas diferentes, com filhos e netos iguais. A intolerância pelas escolhas dos outros, pelos desejos e anseios dos outros. É um filme muito feminino. Adorei um lindo texto que o Milton Gonçalves fala sobre As Filhas do Vento. Também uma personagem é escritora e ela declama um poema que adoro da Elisa Lucinda, Aviso da Lua que Menstrua.
As Filhas do Vento foi premiado do 32º Festival de Gramado - Cinema Brasileiro e Latino com Joel Zito Araújo - melhor diretor; Milton Gonçalves - melhor ator; Léa Garcia - melhor atriz; Ruth de Souza - melhor atriz; Taís Araújo - melhor atriz coadjuvante; Thalma de Freitas - melhor atriz coadjuvante; Rocco Pitanga - melhor ator coadjuvante e Prêmio Da Crítica.
Música do post: Iara Mãe D'água - Milton Nascimento. Não achei a música desse compositor que toca no filme que é belíssima. Coloco essa que é igualmente bonita.



Beijos,


Pedrita

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Medo e Obsessão

Assisti Medo e Obsessão (2004) de Wim Wenders no Cinemax. É um filme antes de Estrela Solitária, e foi realizado pelo adiamento do outro filme. Uma co-produção entre Alemanha e Estados Unidos. O roteiro foi criado em 3 dias e relata um dia após 11 de setembro. Uma moça chega em Los Angeles para procurar seu tio. Tem muitas semelhanças com Estrela Solitária. Gostei porque são duas pessoas totalmente diferentes.

Nossa protagonista acaba de chegar de algum país do Oriente. Ela é filha de uma missionária, viveu em vários países, Paquistão, África do Sul. Medo e Obsessão mostra uma Los Angeles envolta em uma pobreza miserável, escondida da mídia. Ela vai para um albergue de um pastor conhecido. Seu tio é o oposto dela. Um americano exageradamente patriótico que esolve investigar suspeitos de atos terroristas.

Ele é um ex-soldado do Vietnã, acha que os Estados Unidos venceram a guerra, que precisavam e conseguiram vencer o comunismo. É cheio de preconceitos, pré-conceitos das pessoas, enquanto ela é humana, viveu em vários países em conflitos, e tem uma visão muito diferente do tio, do que acham ser o bem ou o mal, ganhar ou perder. Gostei muito de Medo e Obsessão. E adorei os dois protagonistas que são interpretados por Michelle Williams e John Diehl. Alguns outros do elenco são: Shaun Toub, Wendell Pierce, Burt Young e Richard Edson. Medo e Obsessão ganhou o Prêmio UNESCO, no Festival de Veneza.

Música do post e do filme: The Land Of Plenty



Beijos, Pedrita

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A Casa da Paixão

Terminei de ler A Casa da Paixão (1977) de Nélida Piñon. Estava em débito com essa escritora, nunca tinha lido nada dela. Imperdoável, já que ela ganhou inúmeros prêmios, como Prêmio Rosalía de Castro e Príncipe de Astúrias – Letras, na Espanha, e é membro da Academia Brasileira de Letras. Pena que escolhi um tema que não tenho afinidade, vou tentar achar outra obra sua para conhecer melhor. Comprei esse livro recentemente em um sebo por R$ 12,00, daquela coleção de banca vinho Mestres da Literatura Brasileira pela Editora Record, mas é possível achar em livrarias dessa capa ao lado. Só acho caro, R$ 32,00, já que não é um livro extenso e colocaram um texto falando da obra da autora para aumentar o tamanho e justificar o preço. Não gosto nem um pouco desses artifícios. Poderiam surprimir esse texto alheio e baratear o custo da obra, seria bem mais viável.


Obra O Farol de Anita Malfati


Nossa protagonista é uma bela jovem, desejada incestuosamente pelo pai que resolve escolher um homem para ser o primeiro. Já que ele só se permite desejá-la, ele quer que seja ele que decida quem vai desvendá-la. Ela é uma jovem intensa. Gostei demais da estrutura da narrativa, do texto rebuscado e pouco claro, só com sensações, cheiros e emoções. Mas não tive identidade com o tema, ainda mais que no final é tudo muito violento, mesmo tendo o significado da paixão. Me incomodou demais a excessiva violência do final.

Obra A Negra de Tarsila do Amaral.

Seguem alguns trechos de A Casa da Paixão de Nélida Piñon:


“Da terra, Marta escolhia qualquer recanto.”

“Amava o sol, sob sua luz imitava lagarto, passividade que os da própria casa jamais compreenderam, parecendo-lhes proibido que se amasse tanto o que ninguém jamais amara tão devotada.”

Música do post: Valsinha - Chico Buarque


Beijos,
Pedrita

domingo, 13 de janeiro de 2008

Cidades no Espelho

Fui na exposição Cidades no Espelho no Istituto Italiano di Cultura de São Paulo. É uma exposição que mostra imagens, textos e livros de Roma e São Paulo entre 1815 e 1920. É possível reparar as semelhanças arquitetônicas dessas duas cidades e as influências da Itália no Brasil. Adorei uma imagem em Roma que mostram inúmeras carroças em procissão no Vaticano.

Essas duas imagens são de São Paulo antiga, essa segunda mostra um hotel para jovens italianos. Há vários livros também, do acervo da biblioteca do instituto e vários sobre arquitetura italiana no Brasil. Me informaram que foram publicados muitos livros sobre arquitetura italiana no Brasil. Um livro inclusive tem uma assinatura da Pietro Maria Bardi. Há livros sobre famílias ilustres italianas no Brasil, livros com muitas fotos de italianos. Gostei muito! A exposição é gratuita, fica em uma belíssima mansão na avenida Higienópolis, onde está sediado o Istituto Italiano di Cultura de São Paulo e vai até o dia 31 de janeiro.


Música do post: puccini-la_boheme_-_si_mi_chiamo_mimi





Beijos,
Pedrita