sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quarteto Aureus e Paulo Gazzaneo

Assisti ao recital do Quarteto Aureus com o pianista Paulo Gazzaneo no Teatro JDA. Esse é um teatro novo perto da Berrini que não conhecia, gostei muito. Esse evento estava inserido no projeto Conhecimento Vivo, a primeira Jornada Cultural da Maturidade. Todos os eventos eram gratuitos. Integram o Quarteto Aureus: Laércio Shinhorelli Diniz e Nadilson Gama (violinos), Ariana Schincariol Vercellino (viola) e Ana Maria Chamorro (violoncelo). Foi um belíssimo recital, com um repertório muito inspirador. De Astor Piazzolla eles tocaram As Quatro Estações Portenhas para Piano Trio, uma obra de Bach e finalizaram com um compositor brasileiro Henrique Oswald.

Música do post: Astor Piazzolla - Inverno Portenho




Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Viagem ao Centro da Terra

Assisti Viagem ao Centro da Terra (2008) de Eric Brevig na HBO. Eu tinha curiosidade mas um certo receio dessa versão. Como disse o 007, Brendan Fraser de protagonista dá um certo receio. Mas gostei. Brendan faz um homem atrapalhado, engraçado e acho que esse perfil combina com ele. Mas é esquisito no final quando o nome do ator vem antes do nome do filme, achei um exagero egocêntrico. Ele trabalha na universidade, seu irmão desapareceu e o sobrinho vai ficar com ele. Eles acabam se enfiando nessa aventura. Gostei da forma como fizeram o trio se reunir, achei tudo bem coerente. Viagem ao Centro da Terra me lembrou Uma Noite no Museu. Um filme mais pra engraçado que aventura, correto e diverte. Como o filme foi feito para ser visto em 3D, deva ser o motivo que alguns efeitos pareceram ruins, alguns cenários de isopor, mas imagino que o efeito deva ser diferente em 3D.
Eu estranhei a moça que fez par romântico com o personagem do Brendan Fraser, parecia que ela ia fazer par com o sobrinho do personagem. Apesar de parecer menor de idade, no IMDB ela tem uns 25 e o Brendan uns 40. Não me convenceu o casal e acho que poderia ser uma mulher mais velha. Indepentende disso gostei da atriz Anita Brein e adorei o garoto interpretado por Josh Hutcherson. É estranho quando eles caem e continuam caindo e não se despedaçam como aconteceria se caíssem daquela altura. Obviamente com os filmes do gênero, no final já deixaram a semente de uma continuação, a previsão é que a aventura seja na cidade submersa Atlântida. Viagem ao Centro da Terra é focado bem para adolescentes e gostei o quanto estimulam a ler o livro do Julio Verne, embora ache que o autor não deve gostar dessa versão mais jocosa. Eu mesma não li o livro e fiquei mais curiosa agora.

Youtube: Journey to the Center of the Earth Trailer



Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Salão Russo

Assisti ao recital O Salão Russo na Pinacoteca. Continuação dos recitais da série Os Salões Históricos de curadoria de Anna Maria Kieffer. Eu gosto demais de música russa, literatura russa, das artes russas e fiquei fascinada por esse recital, repertório maravilhoso. As canções foram interpretadas pela mezzo-soprano Vesna Bankovic, pelo tenor Mauro Wrona e pela pianista Dana Radu. Como sempre Anna Maria Kieffer falava trechos dos poemas que iam ser interpretados e percebemos o quanto a música russa tem suas peculiaridades. Uma serenata mais parecia uma parada militar. As músicas de amor, mesmo que com um texto alegre, eram melódicas e tristes.

Segue o repertório completo: Michail Glinka (Novospasskoye, 1804 – Berlin, 1857)
Bolero (Kukolnik)
(Minha maravilhosa querida, sou tão feliz com teu amor...
mas... e se me traíres? ...O amor é como um sonho alado - esperança, felicidade - perdoa tudo).
Rimsky Korsakoff (Tikhvin, 1844 – Lyubensk, 1908)
Nie veter, veia svisoti
(Não é o vento que sopra do alto: Tocaste a minha alma e ela está como as folhas ao vento...como alaúde de cordas rasgadas, cobertas com a neve fria de minh’alma; e tu a tocas como o vento das noites de maio)
Vostocny romans
(Romance Oriental : Manhã e noite o canário canta para a rosa, refletindo a beleza desta canção...Um jovem canta para sua donzela que não entende porque é tão triste a canção dele)
P. I. Tchaikovsky (Kamsko, 1840 – S. Petersburgo, 1893)
Moi anguiel, moi druk (A.A. Fet)
(Meu anjo, meu amigo, proteja-me silenciosamente)
Kak nad gariatshiu zaloi ( F.J. Tiutschew)
(Como o fogo consome as cartas de amor, minha vida se consome)
Piesn, Minioni – Niet, tolka tot, kto znal ( Goethe / L.A. May)
(Canção de Mignon: Só quem já passou por isso sabe o quanto sofro, esperando este encontro; sem força. Espero por aquele que está longe...e minh’alma queima)
Sriet schumnava bala (A.K. Tolstoi)
(No turbilhão do baile vejo, trêmulo, aquele rosto que tanto amei)
Sirinada D. Juan (A. K. Tolstoi)
(Serenata de D. Juan sob o balcão de Nisieta)
Ni otziva, ni slova, ni privieta (A. N. Apuchtin)
(Nem uma réplica, nem uma palavra : Entre nós há um deserto e minha pergunta continua sem resposta...entre a raiva e a saudade, sei: tudo passará, como o som da canção esquecida, como uma estrela cadente no meio da noite.)
Snova, kak prejde (A. M. Rathaus / B. Tutenberg)
(Novamente como antes: Estou sozinha, cercada de saudades...sob a luz da lua as folhas sussurram: onde estás?...Reza por mim, amigo, como rezarei – sempre - por ti)
M. Mussorsky (Karevo, Psoc, 1839 – São Petersburgo, 1881)
Das canções de danças da morte (A. A. Golenishtchev –Kutusov)
Trepak
(A tempestade de neve dança com um pobre bêbado)
Sirinada
(A morte faz uma serenata à uma donzela enferma)
S. Rachmaninoff (Semionovo, Novgorod, 1875 – Beverly Hills, 1943)
Son ( A. N. Pleshcheyev sobre Heine)
(Sonho: a utopia de um mundo perfeito)
Poliubila ia na petchal svaiu
(Me apaixonei por minha tristeza: Miserável estou: essa é a vida que me foi dada: levaram-no embora, e agora somos dois soldados solitários...mas essa á a vida que me foi dada)
O niet, maliu, nie uhadi
(Imploro: não me deixes: Nenhuma dor se compara à desta separação...dize-me : te amo...eu fraca e pálida, preciso tanto do teu amor...estejas comigo...não me deixes)

Youtube: N.Rimsky-Korsakov. "The Snow Maiden". Julia Lezhneva


Bejios,


Pedrita

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Yolanda Mohalyi - No Tempo das Bienais

Fui na exposição Yolanda Mohalyi - No Tempo das Bienais da Pinacoteca. Fiquei sabendo que esse exposição ia abrir no dia 5 e fui ver. Gostei muito. Essa artista plástica nasceu na Hungria, depois se naturalizou brasileira. Inicialmente se influenciou e conheceu Lasar Segall. É nítido nas obras dela na década de 30 essa influência. Aos poucos essa arte vai se transformando e criando uma identidade própria e impressionante. Adorei as obras da década de 60 e algumas com texturas. São 95 obras, entre telas e desenhos. Gostei muito de ver o esboço da obra que a pintora fez para uma igreja. A curadoria é de Maria Alice Milliet. Eu paguei R$ 6,00 que é o custo pra entrar na Pinacoteca, para ver o acervo do espaço, essa exposição, a da Lita Cerqueira e as apresentações musicais. Com R$ 6,00 é possível fazer vários programas em um na Pinacoteca. Mas aos sábados é gratuito. Essa exposição fica em cartaz até fevereiro.

Youtube: booh.art.br / potfólio - Yolanda Mohalyi


Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Onze Homens e Um Segredo

Assisti Onze Homens e Um Segredo (2001) de Steven Soderbergh na HBO. Tinha uma certa curiosidade em ver esse filme pelo elenco. Não me empolguei, mas foi muito bom ver todos esses atores belos e talentosos reunidos nesse filme. É um colírio para os olhos: George Clonney, Brad Pitt, Andy Garcia, Matt Famon, Julia Roberts, Casey Affleck e Scott Caan. O personagem de George Clonney sai da prisão e planeja um grande roubo no cofre de três cassinos. Contrata um grupo e começam a programar o roubo. Apesar do filme ser bem elaborado, tem umas questões que não se encaixam muito, são um pouco forçadas.
Youtube: Ocean 11 Trailer



Beijos,

Pedrita

domingo, 6 de dezembro de 2009

Um Homem Bom

Assisti Um Homem Bom (2008) de Vicente Amorim no Telecine Premium. O nome original é Good. O 007 que tinha me alertado sobre esse filme, o diretor é brasileiro, na verdade nasceu na Áustria, filho de um diplomata e depois estabeleceu-se no Brasil, eu tinha gostado muito de No Caminho das Nuvens dirigido por ele. O 007, como eu, adora o trabalho do Viggo Mortensen. É um filme difícil, na Alemanha, na Segunda Guerra, um professor universitário aos poucos vai sendo enredado pelo nazismo. Ele havia escrito um livro de ficção sobre eutanásia, afinal nem ele, nem sua esposa tem a mínima paciência com a mãe dele que perdeu a memória. A esposa consegue ser pior, foge ao piano e ele tem que dar aulas, sustentar a família, cozinhar, cuidar dos filhos e da mãe. O nazismo pede que ele escreva um artigo baseado no livro. Ele fica inflado, nessa época quase ninguém sabia o que os alemães faziam com os judeus. Alguns sabiam que iam pra campos de trabalho, mas ninguém imaginava como eram os campos de concentração. Ele nem percebe que a Alemanha queria justificar com a eutanásia a minimização de sofrimentos e as inúmeras mortes que eles provocavam. Depois de seduzido, ele fica sabendo que tem que se filiar ao partido. Ele tem vergonha, mas aceita e esconde de todos.

Uma aluna 100% ariana começa a seduzi-lo e ele larga a mulher pra viver com ela, larga inclusive a mãe em uma casa com uma única pessoa cuidando e larga os filhos com aquela mãe ausente. O 007 ficou com a mesma impressão que eu, que essa mulher ariana podia ser mais uma das agentes contratadas pelo nazismo não só reproduzir descendentes puros, mas para estimular o marido a aceitar tudo. Com o artigo ele ganha muito dinheiro, consegue ter um apartamento em um bom lugar e depois ganha uma casa. A mulher fala que era a casa de um judeu que fugiu, mas eles não parecem se incomodar em viver naquela casa luxuosa, de se apropriar do que era do outro. Ele era um homem culto, universitário, parecia não querer ver nada, mesmo sendo informado, se deixava levar pela sedução do poder e do dinheiro e como não lutava a mão armada, achava que não era realmente responsável pela guerra. Ele só começa a acordar depois de muito tempo. É chocante o final. Adorei o surrealismo com a música de Mahler. No elenco ainda estão: Jodie Whitaker, Mark Stroong, Jason Isaacs, Gemma Jones, Ruth Gemmell e Anastacia Hille.


Youtube: The Good trailer


Beijos,

Pedrita