Tudo Bem

Assisti Tudo Bem (1978) de Arnaldo Jabor no Canal Brasil. Esse eu não tinha visto, eu adoro esse diretor. Falam que é o melhor filme dele e é genial! Tudo Bem faz uma crítica a classe média brasileira. Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo arrasam. Há anos casados, ele evita a esposa. Ela, sedenta, fica insistindo ao amor. Incrível a cena que ela fala da suposta amante e ele vai ficando empolgado. Que atores, que entrega!

O apartamento está em obras. Que agonia! Um monte de operários, cheio de comediantes e atores famosos. Stênio Garcia dá um show. Ainda integram esse grupo José Dumont, Anselmo Vasconcelos e Alby Ramos.

Os filhos do casal são interpretados por Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães. É ator que não acaba mais. O marido tem três amigos imaginários: Fernando Torres, Jorge Loredo e Luiz Linhares. 

Zezé Motta interpreta a empregada. Ela é prostituta à noite, mas quer aumentar seu faturamento. Mente, dá o telefone de uma amiga pra forjar referência. Há dois números musicais com ela maravilhosos! Muitos atores aparecem, vários na festa de inauguração da casa após a reforma, muito engraçado o apartamento sempre lotado, abarrotado. Alguns que ainda aparecem são: Daniel Dantas, Álvaro Freire, Paulo César Pereio, Wellington Botelho e Guilherme Karam.

 

Beijos,

Pedrita

Os Novos Mutantes

Assisti Os Novos Mutantes (2020) de Josh Boone no TelecinePlay. Eu quis ver pelo elenco. Tem vezes que eu não entendo porque eu insisto de ir até o final de um filme mais ou menos. Atualmente tenho visto vários mais ou menos, alguns nem trago aqui, esse é um deles.

Começa com a história de uma jovem. Uma cidade está sendo destruída e seu pai a salva. Ela acorda em um hospital e é informada que lá será tratada. É uma versão pocket dos mutantes com pé no terror. Cinco jovens em um prédio semelhante ao dos X-Men, só que com elenco reduzido. 5 mutantes e uma médica. Logo percebemos que o filme é concebido por homens. Sim, um dos 5 se encarrega da cozinha, mas como dão conta? E os alimentos vem de onde? Não tem equipe que mantém o lugar. Até mesmo o rapaz que cuida da cozinha arruma tempo pra ficar ocioso mesmo com tanta gente pra comer. Adoro os atores: Maisie Williams e Anya Taylor Joy. A personagem dessa dá vergonha alheia. Excelente a jovem principal, Blu Hunt. O belo Henry Zaga é brasileiro. O quinto é Charlie Heaton.

Adorei que Alice Braga está no elenco. Como o filme, o personagem é bem ruinzinho. Ela é a suposta médica do local que não tem enfermeiro, técnicos de equipamentos. Muito artificial o filme. Dá pra assistir. Ficou no ar uma possibilidade de continuação, não sei como. Minha intuição acha difícil uma continuidade.

Beijos,

Pedrita

Babenco Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

Assisti ao documentário Babenco Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou (2019) de Bárbara Paz no Canal Brasil. Obra de Arte! Em estado de choque! Impressionante! Brilhante! Dois gênios criando algo inacreditável!

As escolhas das narrativas são avassaladoras. Por isso vem impactando nos festivais pelo mundo.

Sim, fala muito de morte, até porque o último filme do diretor, Meu Amigo Hindu, e era sobre morte com William Dafoe interpretando-o. Bárbara Paz então faz o making of do filme, então há misturas de imagens. Eu não sabia que aos 37 anos Babenco ouviu do Dr. Drauzio Varella que teria mais três meses de vida, em 1983. Vindo a falecer 36 anos depois. Então de 83 em diante volte e meia tinha que lidar com o câncer que ia e vinha.

Muito interessante como a diretora mescla os filmes no documentário. Em alguns momentos é como se fosse o Babenco nos personagens. Tudo é muito poético. E que trilha sonora. É de uma genialidade avassaladora. Tudo é preto e branco, até as cenas dos filmes como o maravilhoso Carandiru. Há cenas das filmagens de Carandiru. E o final, há o final, quanta genialidade!

O País do Cinema está em nova temporada e o documentário está lá.

 

Beijos,

Pedrita

A Inimiga Perfeita

Assisti A Inimiga Perfeita (2020) de Kiko Maíllo na Netflix. Esse pôster é lindo. O filme é bem mais ou menos. Fui até o final curiosa pelo desfecho, melhora bem no final então dá a ilusão que não foi tão ruim assim. Por ser espanhol, as críticas são bem tolerantes, síndrome de que tudo que é europeu é bom, melhor que os dos outros. Mas A Inimiga Perfeita é bem ruim.

Um bem sucedido arquiteto conta sua história em uma palestra. Ele projetou grandes prédios, mas acabou achando que esse não era o propósito de sua profissão então passou a projetar para quem realmente precisa. No caminho do aeroporto, chuva, trânsito, uma jovem pede carona. Relutante ele aceita. Os dois perdem o voo e ela o inferniza contando histórias macabras. São histórias muito, mas muito infantis, tolas mesmo, chatas demais.

Como disse, o final fica melhor. Mas continua mais ou menos. Eu gosto demais do ator, Tomasz Kot. Muito linda a jovem, Athena Strates. No elenco ainda surge a personagem da Marta Nieto.

Beijos,

Pedrita