sábado, 19 de dezembro de 2015

CD Dances From The New World

Ouvi o CD Dances From The New World (2013) do Duo Assad com a participação do clarinetista cubano Paquito D´Rivera. O Duo Assad é formado pelos grandes violonistas irmãos Sérgio & Odair Assad. Que repertório lindo! Começa com a linda obra de Pixinguinha Um a Zero. Segue uma linda obra do argentino Abel Ramirez, Alfonsina y el mar.

Há duas obras do Paquito D´Rivera, Afro e Dizzyness. Gosto muito do compositor Alberto Ginastera, e dele interpretam Malambo. Depois uma obra de um compositor que não conhecia, Virgilio Exposito, Vere de mi. Esses dois últimos são argentinos.


O trio segue com uma obra do Ernesto Lecuona, La Conga de la Media Noche, adoro esse compositor cubano. Do Altamir Penha, Nós e o Rio. De Ary Barroso, Aquarela do Brasil. De Angel Villoldo, El choclo, mais um músico argentino. Segue com o cubano Rey Guerra e a linda obra Trialogo. Adoro a música do paraguaio Agustín Barrios, dele interpretaram Danza Paraguaya. O CD termina com a obra do cubano Eliseo Grenet Sánchez, Drume Negita. Belo CD.

Foto de Beto Figueroa


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Twixt

Assisti Twixt (2011) de Francis Ford Coppola no Telecine Cult. Eu não sabia da existência desse filme, coloquei para gravar e vi depois. É estranho, no Brasil está como Virgínia. Eu adoro esse gênero, mas esse filme é esquisito. Sei que o diretor é importante, mas o filme ficava melhor no Telecine Touch, é muito fraquinho e ruinzinho.

Val Kilmer interpreta muito mal um escritor em decadência. Mais canastrão que nunca, se isso é possível, ele segue há uma pequena cidade para fazer o lançamento de seu livro de bruxarias. Ele só vende para o xerife que na verdade quer escrever um livro. Ele vem vindo de cidade em cidade, alcoolatra, em decadência, tem uma mulher insuportável. Ele já vendeu muito do seu primeiro livro, mas agora não escreve nada que preste e depois da morte da filha só bebe. Essa mulher insuportável só grita com ele pelo computador que ela tem contas pra pagar e ele não escreve nada. Não entendi porque ela não vai trabalhar já que o problema é financeiro. Não entendi porque é o marido que tem que trabalhar sozinho. Incompetente ela.
Logo no início eu já adivinhei o final e fiquei bem irritada de descobrir que tinha acertado. Nessa cidade uma adolescente foi morta. O escritor não quer ver o rosto mas eu já adivinhei quem estava ali. Essa ausência de mistério piora o filme ruim. Quando ele dorme ele passa a sonhar e aí o filme é preto e branco e ele passa a ver o que aconteceu no passado. 

O que mais me irritou é que nessa cidade é a aparição de Edgar Allan Poe. Ele tinha ido a cidade para desvendar esses mistérios e não conseguiu. Até aí, tudo bem. O problema mesmo é que o Edgar Allan Poe aparece e começa a ter conversas com o escritor. Nunca vi nada tão ridículo. O ator consegue estar mais canastrão que o protagonista e é interpretado por Ben Chaplin. A menina é a linda Ellen Fanning. O xerife por Bruce Dern. A esposa folgada por Joanne Whalley. O pastor por Anthony Fusco. O policial por Bruce A. Miroglio. A turma do lago que recita Baudelaire também é de chorar. Não entendi porque não ganhou nenhum Framboesa de Ouro.
O trailer é bem lento, o filme é arrastado também.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Na Escuridão, Amanhã

Terminei de ler Na Escuridão, Amanhã (2013) de Rogério Pereira da Cosac Naify. Nunca tinha lido nada desse autor, gostei muito. E essa capa é maravilhosa. É sobre uma família disfuncional que vai derretendo, desaparecendo. Antes do livro começar o autor coloca uma bela frase de José Luiz Peixoto que já prenuncia o que virá.

Obra de Alice Yamamura

Aos poucos as pessoas vão embora, a mesa vai esvaziando, a mãe continua escolhendo muito feijão, não percebe que não há mais tanta gente pra comer. É uma obra triste, sobre violência, abandono.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Religiosa

Assisti A Religiosa (2013) de Guillaume Nicloux no Telecine Cult. É baseado no livro de Denis Diderot que li faz muito tempo, acho que de alguma biblioteca. É sobre uma jovem e a impossibilidade de escolher o seu destino. Enquanto ela tocava piano ela é cortejada por um rapaz. Pelo rigor e medo da época, ela mente a mãe o possível interesse e diz que sempre pensou em ser religiosa. Ela se vê então nessa arapuca. Quando ela tenta se desvencilhar do fardo de fazer os votos, é persuadida pela mãe que conta a sua real história.

Só um convento a aceita de volta, ela tinha desistido dos votos na cerimônia. Essa jovem é bem religiosa, ela não conseguiu fazer os votos porque não conseguia mentir a deus. Ela retorna ao convento de onde saiu e onde adorava a madre superiora, mas a madre morre, outra madre é eleita e começa toda a sorte de infernos a essa jovem. A madre, sádica, adora provocar o sofrimento as pessoas, torturas. A protagonista consegue então que alguém leve fora do convento o pedido de anulação de votos por um advogado que não consegue, mas consegue que ela seja transferida.

Ela passa a ter uma vida melhor, não passa mais frio e fome, mas começa a ser assediada sexualmente pela madre superiora. Ela, em confissão, conta ao padre. Depois de um tempo ela consegue ajuda para fugir. Mais uma trama que mostra a sordidez de muitos religiosos. Sobre a quantidade de religiosos por falta de opção, por extrema pobreza, preferem o convento a miséria, mesmo sem nenhuma vocação religiosa. A maldade das religiosas, do poder. E a coragem dessa personagem que não se curva mesmo sendo o tempo todo torturada. Essa obra mostra a hipocrisia das instituições religiosas. A mãe fala que a filha não conheceu a miséria e acha sinceramente que a filha estará protegida no convento, mas ela não tem ideia da crueldade que existe atrás daquelas paredes onde o silêncio é a principal regra.

Incrível a interpretação da jovem atriz belga Pauline Etienne. Impressionante a entrega da Isabelle Huppert na madre superiora lésbica. A madre superiora que a religiosa adorava é interpretada por Françoise Lebrun. A sádica por Louise Bourgoin. O padre que a ajuda por Fabrizio Rongione. O bispo por Marc Barbé. Há um outro filme na década de 60 sobre essa obra. Diariamente eu olho os filmes que vão passar, se algum me interessa coloco para gravar como fiz com esse. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Antes de Dormir

Assisti Antes de Dormir (2014) de Rowan Joffe no TelecinePlay. Não sabia da existência desse filme, procurava em suspense/terror um filme para me distrair. Em geral esses filmes me distraem. O pôster do Now não deixa ver quem são os atores, não é como esse pôster. Assim que começou, a personagem da Nicole Kidman acorda e aí que descobri que o filme é com ela. Ela está deitada com um homem, mas faz uma cara de estranhamento, assustada vai ao banheiro.

Na parede há fotos da vida dela, com o homem que dorme com ela. É o marido dela, ela continua com estranhamento e vai vendo as fotos da vida deles. Ele é interpretado pelo Colin Firth, outro ator que adoro. Ela sai do banheiro e ele conta que depois de dormir ela esquece tudo e acorda sem saber quem é, acha que é uma moça de 20 anos, quando na verdade tem 40 anos, é casada. Ela vai perguntando e ele mostra álbum de fotos. Diz que ela sofreu um acidente e que toda manhã é igual. Ele vai trabalhar, o telefone toca, é um médico. Ele diz que diariamente liga para ajudá-la no tratamento. Ela pergunta porque o marido não mencionou, o médico diz que ele não sabe, que parece que ela não quer que ele saiba. Como ela sofreu uma violência, ela quer tentar descobrir quem foi, já que ela é a única que sabe o que aconteceu e quer se lembrar. O médico fala de uma câmera escondida, que ela escondeu, onde ela grava diariamente a evolução do dia. Ela ouve então ela mesma falando na câmera e contando um pouco da evolução do tratamento. Então diariamente avança um pouco nas lembranças, graças as gravações.
Ela descobre então que o marido esconde fatos dela. Ela questiona o marido e ele diz que é para protegê-la, mas ela fica muito brava. O marido esconde que ela teve um filho, e que o filho morreu. Ela sofre muito e ele diz que não conta por isso, senão diariamente ela sofreria a perda do filho como se acabasse de saber, faz sentido.
Então ela se encontra escondida com o doutor que é interpretado por outro ator que adoro, o Mark Strong. Nós ficamos bem aflitos porque não sabemos com quem ela corre perigo. Se o médico é médico mesmo, se ela pode confiar no marido, a trama é bem elaborada. Vou falar detalhes do final: O desfecho surpreende, bem realizado, mas há furos. Apesar dos furos há algo que eu achei bom um filme abordar. O marido utiliza uma desculpa muito da esfarrapada para abandoná-la a própria sorte. Em vez dele ensinar ao filho como lidar com o problema de saúde da mãe, ele muito comodamente larga ela a própria sorte em uma clínica de reabilitação, muito cômodo. Gostei bastante do filme.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O Sal da Terra

Assisti ao documentário O Sal da Terra (2014) de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado na GNT. É sobre o trabalho e trajetória do maravilhoso fotógrafo Sebastião Salgado. Um dos melhores filmes que já vi na vida. Primeiro porque esse fotógrafo é maravilhoso, segundo porque redimensiona nossa vida e nossos problemas e terceiro porque é incrivelmente bem realizado. Espero sinceramente que ganhe o Oscar. Eu já tinha vontade de ver, mas meus tios reforçaram a vontade. Minha tia tem indicado esse filme pra todo mundo que ela conhece, faço o mesmo. Fundamental para entendermos um pouco do mundo que vivemos e sobre o que fazemos com ele. Eu perdi quando estreou no canal, agora está disponível no Now, por enquanto.

Esses países que ficam enviando imigrantes de volta deviam ver urgentemente esse documentário. Eu já tinha visto imagens de crianças na Etiópia que há décadas vivem no mais absurdo abandono. Os governantes ainda impedem a chegada dos alimentos e ainda há crianças morrendo de inanição. 

Eu não tinha ideia que o Sebastião Salgado não pensou em ser fotógrafo inicialmente. Sempre achei que esse gênio nasceu já fotografando o parto. Foi uma surpresa saber que ele foi um péssimo aluno na escola, que fazia economia casou com uma arquiteta, foram para a França e lá ela comprou pra ela uma máquina de fotografar para a faculdade e o Sebastião Salgado que vivia com a câmera. Depois de um tempo a esposa levava as fotos para agências, jornais e com o dinheiro ele comprou um equipamento excelente e passou a viajar fotografando. Essa foto de Serra Pelada que impactou Wim Wenders e colocou o cineasta em contato com a obra desse fotógrafo.

O documentário coloca o filho, Juliano Ribeiro Salgado narrando sobre as longas ausências do pai, mas que via o pai como um aventureiro. E que ficou muito emocionado quando mais velho pode acompanhar o pai. O filho se tornou cineasta e as primeiras imagens do trabalho do pai foi ele que realizou.

Sebastião Salgado foi várias vezes a África. No último que acompanha uma caminhada exaustiva de um povo e são obrigados a voltar, já debilitados, em pele e osso, Sebastião Salgado tem um esvaziamento de vida, claramente entra em depressão. Volta com a mulher, Lélia Wanick Salgado, ao Brasil para ver o pai doente, o pai era fazendeiro em Minas Gerais. A terra não era mais produtiva, só areia. A esposa vendo o estado do marido, tem a incrível ideia de transformar a fazenda em uma mata. Eles começam a trazer mudas de plantas da Mata Atlântica, milhares, hoje são milhões de árvores, já voltaram algumas nascentes, pássaros, onça. Incrível a harmonia e união dessa família, o quanto eles todos juntos constroem tanto, criam tanto pelo mundo e pelo Brasil. É aí que ele resolve fazer o ensaio Gênesis, fotografando animais, lugares, como ele diz, um agradecimento a beleza da natureza e do Planeta.

E é incrível como o documentário dimensiona. Nesse dia eu estava no supermercado e uma mãe agoniada o que ia fazer para os filhos comerem porque eles reclamavam de tudo e na hora eu disse: "mas com tanta fome no mundo?". Logo depois vi o documentário e meu pensamento reforçou. Como permitem que pessoas critiquem comida? O alimento feito com amor? Também eu fiquei pensando o quanto sou abençoada e tenho uma vida boa. Fundamental esse documentário para pensarmos o que podemos fazer pelo planeta, pelo país e por nós mesmos.




Beijos,
Pedrita

domingo, 13 de dezembro de 2015

Romance Policial: Spinosa

Assisti a série Romance Policial: Spinosa de José Henrique Fonseca na GNT. Eu gosto muito do elenco, estava disponível no Now e assisti. O capítulo inédito era toda quinta à noite e volte eu meia perdia, é bom ter o Now para poder seguir, não gosto de pular capítulos. Spinosa é o Domingos Montagner. Policiais começam a ser executados e a equipe do Spinosa começa a investigar. A série tem 8 episódios e é baseada no conto Uma Janela em Copacabana de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Na vida afetiva, Spinosa tem um romance com uma dona de um bar, interpretada pela Bianca Comparato.

Envolvidos em corrupção os policiais fazem de tudo para atrapalhar as investigações. Gosto muito dos atores que fazem dois policiais Luciano Quirino e Chandelly Braz. Estava ótimo também o Paulo Verlings. Vários outros bons atores estão no elenco: Nanda Costa, Roberto Bataglin, André Mattos, Maria Manoella, Otto Jr., Luca de Castro, Henrique Neves, Ícaro Silva e Antonio Grassi.

A edição priorizava muito o não-convencional, o inovador, com medo de ser tatibitati deixou muito confuso o ótimo roteiro. Não precisava ser exageradamente esquemático, mas deixou muitas dúvidas na trama e no desfecho da trama. Vou falar detalhes do final: Inclusive eu ainda tenho dúvida se a Luana morreu mesmo ou não, na internet alguns tem certeza, eu não tanto. Mesmo a trama dos carros roubados, não entendi muito bem o que a Camila tinha no esquema, se era a chefe ou só mais uma do esquema. Nessa série, o crime compensa. A série é ótima, cenários, fotografia, mas ficou tudo muito confuso.
Não achei nenhuma chamada melhor.

Beijos,
Pedrita