sábado, 1 de abril de 2017

Jogo do Dinheiro

Assisti Jogo do Dinheiro (2016) de Jodie Foster na HBO On Demand. Não sabia da existência desse filme e péssimo o nome que colocaram no Brasil. O original é bem mais pertinente, Money Monster. Gostei demais. O roteiro é da história de Alan DiFiore e Jim Kouf.

George Clooney interpreta um apresentador de programa sobre investimentos, mas bem sensacionalista e cômico. Até que um atirador entra no estúdio e o faz refém. Fala muito desse mercado de investimentos, não sei se pessoas que conhecem bem o meio gostaram, se é relativamente próximo do real. Mas eu gostei demais.

George Clooney vem trabalhando em filmes questionadores e esse não é diferente. Jodie Foster também. E a diretora do programa sensacionalista é interpretada pela Julia Roberts. Os dois estão incríveis. O filme é tenso, muito bem editado. O rapaz que faz o sequestrador, Jack O´Connell, está incrível também.

O filme acaba falando de um único grupo que manipula milhões para ganhar individualmente muito dinheiro promovendo uma grande fraude. Mas acaba cutucando naquelas críticas à especulação pavorosa que os Estados Unidos fizeram gerando esse caos financeiro mundial e essa crise interminável. No início o personagem do George Clooney diz que antes as barras de ouro nos bancos mostravam que o seu dinheiro lá, que hoje tudo é virtual. Se pensarmos que em internet cabe tudo, um pouco de falta de escrúpulo de um já causa um desastre, imagine de muitos especuladores. E fala da globalização. Um que cria o sistema de apostas está em um país oriental, outro na Rússia, não há mais necessidade das pessoas trabalharem juntas, o que dificulta muito o seu rastreamento. Ainda no elenco estão Dominic West, Caitriona Balf, Christopher Denham, Giancarlo Esposito, Jake Choi, Lenny Venito, Emily Meade, Dennis Boutsikaris, Aaron Yoo  e Makhaola Ndebele.

Além de falar do mercado financeiro fala de televisão, de programas sensacionalistas. O apresentador acha que é adorado, mas no meio do programa descobre que as pessoas não estão se importando muito com o que vai acontecer com ele que tem alto índice de rejeição. Dessa falta de noção que celebridades tem. De perder a noção do real. 
Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 30 de março de 2017

Tudo é Cópia

Assisti ao documentário Tudo é Cópia (2015) de Jacob Bernstein no Max. Faz tempo que a Liliane do Paulamar me falou desse filme e coloquei para gravar na época. Muito obrigada pela indicação, gostei muito! É sobre Nora Ephron, é o filho que faz o documentário após a sua morte.

Logo que começou achei que aproveitaria muito pouco porque não lembrava de Nora Ephron, nem de seus filmes, muito menos de seus livros. Realmente acho que nunca li nada dela, mas aos poucos vi que assisti alguns filmes baseados em seus roteiros. Que eu me lembre que vi com roteiros dela foram os fofos Sintonia de Amor e Mensagem para Você. Tanto que Meg Ryan e Tom Hanks falam de Nora Ephron. Meg Ryan lê ainda um trecho de seus textos, outros atores também. Outros filmes não sei se vi, não lembro.

Nora Ephron era filha de Henry e Phoebe Ephron, dois dramaturgos. Eles foram autores de roteiros de grandes filmes como Carrossel e Papai Pernilongo. O documentário conta que depois de um tempo eles se tornaram alcoólatras. 

Fiquei surpresa em saber que Nora Ephron foi casada com o jornalista do caso Watergate, Carl Bernstein, pai do diretor desse documentário. Aos poucos o documentário foi desconstruindo a escritora. Ela gostava de falar de sua vida em seus livros que viravam filmes depois. Eu teria pavor de ser parente de uma pessoa que vivia expondo publicamente a vida das pessoas em livros e filmes. Ainda mais que muitos de seus filmes eram comédias, e colocava cenas de modo cômico. Difícil rir de sua própria história. É uma coragem vendo de fora, mas ser a pessoa retratada devia ser quase insuportável. Não sei se lidaria bem com isso. Carl Bernstein também falou de Nora Ephron, algumas de suas irmãs e ainda Meryl Streep, Steven Spielberg, Gay Talese, Myke Nichols, Bob Balaban e Reese Whiterspoon. Entre tantos outros. E trechos de entrevistas antigas com a própria Nora Ephron.
Nora Ephron morreu aos 71 anos de leucemia. Ironicamente não quis que ninguém soubesse de sua doença. 



Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de março de 2017

O Caçador e a Rainha do Gelo

Assisti O Caçador e a Rainha do Gelo (2016) de Cedric Nicolas Troyan no TelecinePlay. Confesso que não estava muito animada em ver esse filme. Mas aí vi uma chamada que era do grupo do filme Branca de Neve e o Caçador que gostei bastante. O diretor desse é francês. Teria tudo para ser um grande filme, mas não é. A tecnologia é incrível, o roteiro é bom, mas o filme dá sono.

 Charlize Teron é a Rainha Má. O Caçador e a Rainha do Gelo acontece muitos anos antes do outro. A Rainha Má tem uma irmã interpretada por outra atriz que adoro, Emily Blunt. Ela quer que a irmã seja má também, mas a irmã tem o coração bom, se apaixona e engravida. Em um gesto de muita, mas muita maldade da Rainha Má, a irmã se torna a Rainha do Gelo.

São guerreiros da Rainha do Gelo desde criança os personagens interpretados por Chris Hemsworsht que faz o Caçador, Jessica Chastain, sua amada e Sope Dirisu. As piadinhas com os anões são de muito mal gosto. A música parece do 007. Distrai, mas se estiver cansado melhor ver outro dia porque vai acabar dormindo.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 27 de março de 2017

Liederstudio SP

Fui na abertura do Liederstudio SP no Espaço Cachuêra. Foi com a soprano Carla Cottini e com o pianista Daniel Gonçalves. Que maravilha de série idealizada pela grande pianista Ricardo Ballestero com apoio desses músicos. Não conhecia a soprano Carla Cottini e fiquei impressionada, além de linda, como canta. Li que ela é brasileira, radicada na Europa. Eu gosto demais do pianista Daniel Gonçalves.

Ricardo Ballestero estudou lied nos Estados Unidos e sonhava implementar um projeto para o gênero no Brasil. O Liederstudio SP vai ter um evento por mês entre recitais e workshops. No programa que recebemos diz que lied é um gênero da música erudita geralmente escrito para voz e piano a partir de um poema pré-existente. Lindíssimas as canções apresentadas. Eram de Strauss, Debussy e Turina. A cada ciclo Ricardo Ballestero falava das características de cada grupo. De Richard Strauss, os poemas de Felix Dahn chega a ser surreais nos dias de hoje em relação as mulheres. Mas Ballestero pede que prestemos atenção à música, lindíssima realmente. E gostei que os poemas falavam da natureza, um pouco tola as analogias com as mulheres, mas adoro temas de natureza. No programa tínhamos os poemas traduzidos para acompanhar. Amei as belíssimas canções de Claude Debussy sob poemas de Paul Verlaine. Ballestero contou que nessas canções o piano e a voz se misturam. Com o compositor espanhol Joaquín Turina, as características são o nacionalismo com poemas de Ramón de Campoamor. Ballestero lembrou que o nacionalismo muitas vezes está muito ligado a regimes autoritários como Fascismo e no Brasil, o Estado Novo. Essas canções soavam realmente bem militares.

Os vídeos não são dessa apresentação. E os músicos estão em vídeos separados.

Beijos,
Pedrita

domingo, 26 de março de 2017

A Oeste do Fim do Mundo

Assisti A Oeste do Fim do Mundo (2014) de Paulo Nascimento no Prime Box Brazil. Esse canal surgiu com a exigência que tvs a cabos tivessem mais programação brasileira. Com forte incentivo, o Prime Box Brasil apresentou filmes incríveis que ainda estão em sua programação. Agora sofre seriamente para sobreviver, uma pena. Mas de vez em quando eu vou lá ver o que há de novo. Vi esse filme e coloquei pra gravar. É uma co-produção entre Brasil e Argentina. Adoro o César Troncoso que é uruguaio, vi grandes filmes com ele.

Que filme lindo! Um homem tem um posto A Oeste do Fim do Mundo. Nem é na estrada, é em uma estrada de terra, pouco conhecida. Por motivos estranhos uma moça vai parar lá. Adoro a Fernanda Moro também. Ela perde o ônibus em uma parada e alguns acontecimentos a deixam sozinha A Oeste do Fim do Mundo.

Eu tenho um certo fascínio em tentar entender o que faz pessoas irem viver quase isoladas. Gosto de filmes que abordam esse tema. A Oeste do Fim do Mundo mostra porque algumas pessoas buscam esse recolhimento, pessoas com histórias diversas. Eu que gosto tanto de cidade grande, vida cultural, acho surpreendente que alguém se encontre no meio do nada. A Oeste do Fim do Mundo foi gravado em Uspallata na Argentina, perto da Cordilheira dos Andes, quatro horas de Santiago. Que lugar lindo. Li que é um ponto turístico importante. O filme é baseado em uma matéria sobre a Guerra das Malvinas onde 400 soldados se suicidaram após o conflito, dos 10 mil que foram a região. E o protagonista é inspirado em um relato de um soldado que é homenageado no fim do filme.

Pedro Diniz e Jean Pierre Noher estão no elenco.

Estou fã desse diretor, Paulo Nascimento, grandes filmes que vi são dele. Sou apaixonada por Valsa Para Bruno Stein, adorei Diário de um Novo Mundo e a série Animal.

Com o Cesar Troncoso vi a maravilhosa série O Hipnotizador, o filme belíssimo Hoje, o incrível O Banheiro do Papa e os ótimos Muitos Homens Num Só e Cabeça a Prêmio.

Beijos,
Pedrita