sábado, 14 de julho de 2018

Heroes - 1ª Temporada

Assisti a Primeira Temporada da série Heroes (2006) de Tim Kring na ClaroTV. Essa série é daquelas "todo mundo viu menos eu". Quando essa série esteve disponível no Now um amigo me disse que a primeira temporada era a boa, as outras não. E não sei porque isso fez eu desistir de ver. Quantas séries a gente só gosta de uma temporada e tudo bem? Muito melhor aproveitar e curtir muito uma temporada do que não vê-la.

Logo de cara meu preferido foi o Hiro (Masi Oka). Adorava a determinação dele em ser herói e a dificuldade dele controlar o dom. Mesmo com tanta adversidade ele conseguia manter o foco, sempre avaliando se uma ação era heroica ou não.

Confesso que achei estranha a revelação que as aptidões tinham sido criadas, que eles nasceram assim porque foram criados para serem assim. Bem forçado! O melhor seria mesmo a ideia inicial que com as adversidades, o ser humano passasse a ter mais aptidões. Mas não tão forçado se pensarmos que cada um tinha uma habilidade. Se fosse por evolução natural seriam centenas de anos até aparecer mais uma do que aparecer várias tudo juntas, é talvez tenha mais lógica. Gostei muito da líder da torcida (Hayden Panettieri). No começo não curtia muito, mas depois passei a gostar. Interessante que conforme os anos passavam ela aparentava menos ser adolescente pelos figurinos. Boa sacada. Gostei do Peter Petrelli (Milo Ventimiglia) absorver os poderes dos outros, bastava ele estar perto e passar a ter. E o que era mágico e bom foi o inferno dele. já que absorveu a capacidade de um deles de virar uma bomba atômica.
Eu gostei bastante da discussão ética sobre os poderes que poderiam ser usados para o bem ou para o mal. Uma das que mais sofria com isso era a Niki (Ali Larter), porque ela tinha dentro dela sua irmã Jessica, violenta, dominadora e ambiciosa. Jessica criava muitos problemas, mas ajudava muito a irmã. Essa dualidade em vários personagens era muito interessante. Elas se viam por espelho. Era muito triste ver constantemente a Jessica fazendo mal a Niki. Muito linda a atriz.
Achei que o filho do geneticista (Sendhil Ramamurthy) ia ter um papel importante, mas o coitado só se dá mal. Pouco ajuda da série. Mas ele não tem poderes, confesso que não consigo aceitar que ele não foi mais influente e perceptivo. Foi um dos que mais demorou pra descobrir alguma coisa. O próprio Ando (James Kyson) era mais perceptivo e corajoso que o geneticista. E quanta maldade em Sylar (Zachary Quinto).

 Perto do final comecei a achar que todas as tentativas de salvar Nova York da bomba atômica não iam dar certo. A sensação começo quando Hiro não conseguiu salvar a menina que gostava (Jayma Mays). Mas piorou quando eu vi que o objetivo dos líderes era realmente matar milhões para promover a seleção. Para dominar e tudo começa a dar errado porque tudo estava muito bem planejado. Fiquei pensando que não era possível mudar, tudo só confirmava o que aconteceria. Hiro vai ao futuro no final e tudo era muito sombrio e triste. O Matt (Greg Gunberg) ficou mal no futuro, fiquei arrasada. Outro personagem que adoro.

Eu tinha quase certeza que o Linderman (Malcom McDowell) ia ser alguém que já tinha aparecido, alguém que supostamente tinha morrido, mas não se concretizou. O elenco todo é muito bom: Jack Coleman, Missy Paregrym, Adrian Passdar, Jimmy Jean-Louis, Elizabeth Lackey, Cristine Rose, Santiago Cabrera e Matthew John Armstrong. 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 11 de julho de 2018

O Círculo

Assisti O Círculo (2017) de James Ponsoldt no TelecinePlay. Eu tinha curiosidade. É um bom filme pelo debate que gera, mas o desfecho é péssimo, mal amarrado. De qualquer forma, é bom para conversas, para pensarmos sobre privacidade e tecnologia. Cada vez mais estamos sendo acompanhados por eletrônicos que dizem onde estamos que pode ser ótimo para dar segurança há alguém que tem algum problema de saúde, mas que pode ser péssimo para quem deseja o mínimo de liberdade. O Círculo é baseado no livro de Dave Eggers.

A sensação que eu fiquei é que empresas de tecnologias patrocinaram o filme e não permitiram que detonassem seus produtos. E também é realidade que hoje convivemos com a tecnologia e não dá pra voltar 100% no tempo. Mas achei ingênuo o filme acreditar que o problema não é seguir as pessoas e sim como isso é feito. Se você segue pelo bem e com responsabilidade está tudo ok. Que o ruim é que os donos do Círculo eram irresponsáveis. Além de uma ótica maniqueísta, é ingênuo achar que tirando dois tiranos não surgiriam outros pra substituí-los com um discurso muito semelhante.
O Círculo lembra bem religiões autoritárias, que afastam as pessoas de outras fora da religião para que a pessoa passe a achar normal todo aquele controle e discurso. Achei interessante debater a forma de manipulação que fizeram na protagonista. Ela tinha um subemprego na cobrança de serviços de água. Passar a ter outro subemprego de telemarketing e fica séculos no Círculo nessa área, mas consegue um plano de saúde para tratar seu pai. O plano de saúde dele não estava querendo pagar um tratamento que era 40 mil e a família não tinha como arcar com isso. Imagine a alegria dela quando o Círculo inclui os pais no plano de saúde dela. E essa manipulação vai turvando a percepção dela do controle exacerbado. O Círculo faz de tudo para as pessoas ficarem sufocadas com excesso de atividades e trabalhos. Forçam que o lazer seja dentro mesmo do Círculo. Ela passa então a visitar poucos os pais. No Círculo só os dois líderes tem mais de 30 anos, ninguém tem filhos nem relacionamentos. E tudo fica por isso mesmo depois. Estranho o final tratar isso com normalidade depois. Não souberam como lidar com os conflitos do filme. Depois de um grave incidente a protagonista quer voltar ao Círculo e diz aos pais que tem muitos amigos. Além de um equívoco a colocação, o fato dela ter inúmeros seguidores não a faz ter amigos, muito pelo contrário. E esse equívoco continua no final do filme.
Eu achei todas as interpretações sofríveis. Não sei se foi a direção, ou porque o elenco não se convenceu da teoria do filme. Emma Watson é muito jovem para o que o personagem exige. Sua amiga é interpretada por Karen Gillan. John Boyega estaria no melhor personagem do filme, mas fica quase escondido, abafam demasiadamente esse personagem que seria o herói, transforma a chata e equivocada protagonista em heroína. Os líderes são interpretados por Tom Hanks e Patton Oswalt em uma canastrice constrangedora, um dos piores personagens do filme. Seus pais por Bill Paxton e Gleene Headly. O amigo da protagonista por Ellar Coltrane.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Mineira Solitária

Assisti ao documentário Mineira Solitária (2017) de Renata Baldi na GloboNews. A Liliane do Paulamar que comentou desse documentário comigo. Estava há um tempo pra ver. Genial! A Liliane gosta muito de cartas e imagino a satisfação que ela deve ter sentido com essa história.

Uma Mineira Solitária em São Paulo coloca um anúncio no Estadão em 1982. Muito interessante que o documentário vai falar com ela nos dias de hoje, gostaria muito de saber o sentimento que teve na época do anúncio que ela não consegue dizer. Interessante que ela parece ter vergonha do que fez e a imensa repercussão parece que aumentou esse desconforto. Foram quase 500 cartas. Psicóloga, ela transformou o tema todo em tese, como se isso diminuísse a vergonha do ato. O quanto as pessoas tem dificuldades de falar dos seus sentimentos. 

 A Mineira Solitária consegue falar da tese, mas ela oculta o que sentiu na época. Outro fator interessante é  o quanto incomodou a enxurrada de cartas. Ela colocou embaixo da cama, mas que isso não resolvia o desconforto e que ela não sabia o que fazer com aquilo. Ela conta também que foi a alguns encontros marcados em geral no vão livre do MASP, na frente de um restaurante e que aceitou um convite para comer na casa de uma mulher que escreveu. Assustador como há gente que se sente só e o quanto todos parecem esconder esse sentimento. Ela também fala da cobrança para casar, ter filhos, uma outra entrevistada diz o mesmo. Há uma pressão social para não ser sozinho. Ela conta também que virou uma matéria no Estadão, o jornalista é entrevistado, e que a enxurrada de cartas voltaram a aparecer. Amei o documentário! Como é conduzido. Muito bom!
Beijos, 
Pedrita