A sensação que eu fiquei é que empresas de tecnologias patrocinaram o filme e não permitiram que detonassem seus produtos. E também é realidade que hoje convivemos com a tecnologia e não dá pra voltar 100% no tempo. Mas achei ingênuo o filme acreditar que o problema não é seguir as pessoas e sim como isso é feito. Se você segue pelo bem e com responsabilidade está tudo ok. Que o ruim é que os donos do Círculo eram irresponsáveis. Além de uma ótica maniqueísta, é ingênuo achar que tirando dois tiranos não surgiriam outros pra substituí-los com um discurso muito semelhante.
O Círculo lembra bem religiões autoritárias, que afastam as pessoas de outras fora da religião para que a pessoa passe a achar normal todo aquele controle e discurso. Achei interessante debater a forma de manipulação que fizeram na protagonista. Ela tinha um subemprego na cobrança de serviços de água. Passar a ter outro subemprego de telemarketing e fica séculos no Círculo nessa área, mas consegue um plano de saúde para tratar seu pai. O plano de saúde dele não estava querendo pagar um tratamento que era 40 mil e a família não tinha como arcar com isso. Imagine a alegria dela quando o Círculo inclui os pais no plano de saúde dela. E essa manipulação vai turvando a percepção dela do controle exacerbado. O Círculo faz de tudo para as pessoas ficarem sufocadas com excesso de atividades e trabalhos. Forçam que o lazer seja dentro mesmo do Círculo. Ela passa então a visitar poucos os pais. No Círculo só os dois líderes tem mais de 30 anos, ninguém tem filhos nem relacionamentos. E tudo fica por isso mesmo depois. Estranho o final tratar isso com normalidade depois. Não souberam como lidar com os conflitos do filme. Depois de um grave incidente a protagonista quer voltar ao Círculo e diz aos pais que tem muitos amigos. Além de um equívoco a colocação, o fato dela ter inúmeros seguidores não a faz ter amigos, muito pelo contrário. E esse equívoco continua no final do filme.
Eu achei todas as interpretações sofríveis. Não sei se foi a direção, ou porque o elenco não se convenceu da teoria do filme. Emma Watson é muito jovem para o que o personagem exige. Sua amiga é interpretada por Karen Gillan. John Boyega estaria no melhor personagem do filme, mas fica quase escondido, abafam demasiadamente esse personagem que seria o herói, transforma a chata e equivocada protagonista em heroína. Os líderes são interpretados por Tom Hanks e Patton Oswalt em uma canastrice constrangedora, um dos piores personagens do filme. Seus pais por Bill Paxton e Gleene Headly. O amigo da protagonista por Ellar Coltrane.
Beijos,
Pedrita
A premissa é muito interessante e atual. A questão do controle das informações é bem explorado na primeira parte. Quando a história se transforma numa espécie de Big Brother, o roteiro se perde.
ResponderExcluirÉ uma boa ideia que foi desperdiçada.
Bjos
hugo, vc resumiu perfeitamente "É uma boa ideia que foi desperdiçada."
ExcluirAssisti a este filme e gostei. Não achei o desfecho ruim, pelo contrário, achei apropriado. Recentemente o criador de uma certa rede social foi chamado ao senado do país dele a fim de explicar a politica de armazenamento de dados e de privacidade executadas pela tal rede. Vi apenas um trechinho da mencionada entrevista (exibido muitas vezes em várias mídias) e a pergunta que estava sendo feita ao empresário era: "O senhor aceitaria que alguém armazenasse - e talvez tornasse público, no futuro - os dados relativos a, por exemplo, ao jantar ao qual o senhor compareceu ontem? Aceitaria que o público viesse a saber quem estava presente, o que se falou, etc?
ResponderExcluirPara mim isso é uma admissão de que as pessoas que captam e detêm os nossos dados não se sujeitam - elas próprias - a qualquer risco dessa natureza.
marly, vai bem até a metade. na hora do caiaque, do acidente do caiaque q achei q desandou. esse líder da rede social responde as perguntas e vive mudando as regras de privacidade. embora eu acredito q não haja privacidade na rede. aqui no brasil há um descaramento. quase todo sistema vende nossos dados. esse q é sistematicamente perseguido é fichinha perto dos brasileiros.
ExcluirGravei mas ainda não vi.
ResponderExcluirliliane, é mais ou menos e acho q vc vai detestar.
ExcluirConfesso que não me animei pra ver.
ResponderExcluirBig Beijos
www.luluonthesky.com
lulu, é mais ou menos. o tema é bom pra debater.
ExcluirOlá, Pedrita!
ResponderExcluirAmo filmes com a Emma Watson, esse eu ainda não assisti, gostei da resenha, vai para a minha lista.
Beijinhos ♥
andréa, o final eu detestei.
ExcluirConfesso que assisti por causa da Emma Watson e do Tom Hanks, mas não gostei do filme.
ResponderExcluirA parte do amigo dela foi de partir o coração :/ e a super exposição dos pais um absurdo.
O plot é interessante e atual, mas a roteirização (na minha opinião) foi péssima, uma coisa sensacionalista :(
Até acho que o final quis passar aquela coisa de que a internet não é boa nem ruim depende do uso que fazemos dela, mas ficou didático :/
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, ah, tb não gostei do final. a temática é fundamental, mas achei muito mal elaborada. sim, as tragédias foram pavorosas e a solução pior ainda. ah, verdade, sensacionalista, não tinha pensado nisso mas vc tem toda razão. concordo, mas usar no caiaque que é o símbolo da liberdade. ela continuar a ser seguida e tudo bem? horrível.
ExcluirOlá, tudo bem? Após o encerramento da Copa neste domingo, voltarei a minha normalidade na vida cultural. Rs.. Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirfabio, mal acompanhei os jogos.
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