Fui na exposição Lusa - A Matriz Portuguesa no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Adorei por vários motivos, uma porque a exposição está linda e outra porque vou poder compartilhá-la com vários blogueiros portugueses que visitam o meu blog e ainda por conhecer mais desse país da nossa colonização e dos meus amigos. Logo na entrada do átrio do CCBB já vemos um armário com vários vidros, descubro que são as especiarias. E com as explicações de sua possível procedência. A exposição Lusa - A Matriz Portuguesa ocupa quatro andares do CCBB e é de uma beleza incrível. Uma montagem belíssima! Há peças como disse no térreo, no subsolo, segundo e terceiro andar. Na parede em cada andar são projetadas imagens de portugueses explicando historicamente a exposição, as peças e suas influências. A mostra tem peças da pré-história até o período do descobrimento, são 107 peças, entre objetos de pedra, mármore, cerâmica e ouro, pinturas, esculturas, achados arqueológicos e mapas.
Há peças de vários museus de Portugal e do Brasil. Fósseis, peças arqueológicas, objetos judaicos. Gostei inclusive de papiros do Corão e do Torá que não conhecia. A exposição termina com uma réplica de uma caravela. A mostra Lusa - A Matriz Portuguesa é belíssima, grátis e fica até o dia 17 de setembro.
Youtube: Conc. p/ Cravo: Carlos Seixas / Gare do Oriente: Calatrava
Assisti Ponte para Terabítia (2007) de Gabor Csupo no Telecine Premium. Detestável, deplorável e um engodo. Quase não ia fazer esse post sobre o filme, mas achei que devia avisá-los. Eu achava que seria um filme sobre a fantasia, que as crianças passavam por uma ponte e lá viria um mundo mágico. A magia é só imaginação das crianças e só nos dois insuportáveis minutos finais é que o mundo da fantasia aparece. Acho que quiseram economizar nos efeitos. E se isso fosse o pior, mas não é. O filme, que seria voltado para crianças, tem erros e erros de comportamentos e violência contra a criança sem respostas e é altamente melodramático pra mim, que dirá para uma criança. Se uma criança estivesse vendo não sei o que faria para consertar o estrago que o filme faz de uma hora pra outra.
Quando o filme começou a se arrastar eu pensei que de repente era para o público infantil, mas na hora que veio a tragédia e virou um dramalhão me deu vontade de processar os seus realizadores. É pesado demais para crianças ainda mais com os princípios errados incutidos. Na escola tudo é errado e os educadores não fazem nada. É uma escola que finge não ver o Bullying. A escola chega ao absurdo de não ver e não punir uma menina que obriga crianças a pagar pedágio para ir ao banheiro, e faz isso constantemente. Uma professora fala para um aluno não ligar para dois colegas que o empurram e praticam violência física com ele mas não leva o problema as esferas superiores. A família do menino é outro lugar violento. O pai quer matar o animal que entra na horta e proíbe o menino de salvar o animal. O menino consegue salvar um, mas o filme deixa a lacuna se o pai mata o animal depois. Pode? O pai também é um monstro que tentam humanizá-lo no final, como se fosse possível. Ponte para Terabítia é um filme monstruoso, inconcebível, que pratica violência contra a infância desassistida. Devia ser proibido de continuar existindo.
Não há música nesse post porque esse filme é contra os direitos da infância.
Assisti A Colheita do Mal (2007) de Stephen Hopkins na HBO. É baseada na história de Brian Rousso. Eu queria muito ver porque tinha visto o trailer no cinema e adorado. Gosto de histórias assim e essa era baseada nas pragas bíblicas. O trailer era muito bem feito, com efeitos especiais lindos e trazia a Hilary Swank como protagonista. Infelizmente esse filme é ruim, o trailer é falso, já que o filme praticamente se arrasta e é bastante fraco em seus argumentos. A praga do sangue no rio é bem feita, mas as dos sapos é bem ruim.
Há uma menina que é muito linda e vi que está em vários filmes, é a AnnaSophia Robb. Outros dois principais no filme são interpretados por Idris Elba e David Morrissey.
Assisti Dominação (2000) do diretor polonêsJanusz Kaminski no Cinemax. Eu gosto de filmes sobre dominação do mal, a luta do bem e vi que a protagonista é a Winona Ryder, resolvi assistir. Tive uma grata surpresa. Dominação traz um texto muito inteligente que questiona bastante a divisão entre o bem e o mal, a atuação da igreja nos exorcismos e não traz respostas, o que me agradou mais ainda. O roteiro é baseado na obra de Pierce Gardner e Betsy Stahl.
Winona Ryder interpreta uma jovem que já teve obsessões e procurou refúgio em um lugar religioso e lá aprendeu sobre exorcismos e é uma ajudante aos padres na prática. Ela, pela sua obsessão, acredita que um homem será possuído e se aproxima dele. Dominação é um filme psicológico. Infelizmente o marketing o vende como um filme de terror, quando na verdade é um filme com muitas falas, textos sobre bem e o mal e pouca ação. Mas como filme filosófico é muito bom. Nossa protagonista conseguiu dominar sua obsessão, mas isso não significa que não apareça e atrapalhe o seu discernimento.
O homem que ela acredita ter sido escolhido pelo mal é um escritor e jornalista brilhante. Os diálogos entre os dois são muito bons. Ele é interpretado por Ben Chaplin. O final não é esclarecedor, nos deixa a dúvida, mas eu acho bem coerente, já que o filme o tempo todo questiona as nossas certezas e julgamentos sobre o bem e mal, seria complicado dar uma resposta exata.
Alguns outros do elenco são: John Hurt, Sarah Wynter e Elias Koteas.
Assisti no cinema A Outra (2008) de Justin Chadwick. Fui com minha mãe e gostamos muito. O roteiro é baseado na obra de Philippa Gregory, que não é muito elogiada pelo rigor histórico. Essa autora pega fatos históricos e romanceia bastante na estrutura. Eu gosto demais das protagonistas: Scarlett Johansson e Natalie Portman. Elas interpretam as irmãs Bolenas que tiveram envolvimento com o mulherengo Henrique VIII. O rei não conseguiu ter com a rainha um filho varão. Maria Bolena foi uma das amantes do rei e teve um filho, mas foi considerado bastardo. A irmã de Maria, Ana Bolena conseguiu se tornar rainha e teve uma filha mulher, Elizabeth, que se tornou rainha da Inglaterra depois e tem aquele filme maravilhoso com a excelente Cate Blanchett.
A Outra passa então nesse período que as irmãs Bolenas se aproximaram do rei e as disputas pelo poder. Foca mais nos relacionamentos e pouco nas relações militares desse reinado, mas é um filme impecável. Os figurinos de Sandy Powell são belíssimos! Três assinam a belíssima direção de arte: David Allday, Matthew Gray e Emma MacDevitt. O belo Eric Bana interpreta Henrique VIII. A mãe das Bolenas é interpretada pela maravilhosa Kristin Scott Thomas. A primeira rainha pela excelente Ana Torrent.
A Outra mostra muito a condição da mulher como responsável pela concepção de um filho varão e o quanto a não realização dessa obrigação social fazia com que elas perdessem seu poder e força. Henrique VIII rompeu com o Papa que não aceitou anular o casamento com a atual Rainha da Inglaterra para que ele pudesse se casar novamente e ter com outra mulher o filho varão tão desejado. Ironicamente ele também não conseguiu ter um filho homem com Ana Bolena e foi sua filha mulher, a Elizabeth, uma grande rainha que governou a Inglaterra por bastante tempo.
Assisti Número 23 (2007) de Joel Schumacher na HBO. Eu tinha muita vontade de ver esse filme desde que tinha visto o ótimo trailer no cinema. Não foram feitos muitos elogios, então vi com pouca expectativa e me surpreendeu. É um bom filme de suspense! Gostei muito da forma como é feita a narrativa, da fotografia e gosto demais do Jim Carrey em papéis sérios, eu gosto muito desse ator. Há suspense, mas o filme trata mais mesmo sob obsessão e paranóia. Um livro pára na mão do nosso protagonista e fala da obsessão pelo número 23 e ele começa a se identificar com os fatos narrados e igualmente começa a ficar obsessivo. Gostei bastante do desfecho, achei bem criativo. O roteiro é de Fernley Phillips.
São muito bonitas as mulheres que aparecem no filme. Essa da foto é da Rhona Mitra. A esposa de nosso protagonista é interpretada por Virginia Madsen e uma outra por Lynn Collins. O garoto que faz o filho do protagonista é interpretado por Logan Lerman e um amigo por Danny Huston. A ótima edição é de Mark Stevens e a fotografia de Matthew Libatique.
Música do post do compositor da trilha do filme, mas não a música do filme: Harry Gregson Williams - Metal Gear Solid 3 Theme