Eu também quis assistir pra distrair, mas me deprimi feio. Não porque uma delas morre e eu já sabia, mas pelo momento que acabei vendo. O filme fala muito da não liberdade de escolha, não pela imposição da sociedade, mas pela dificuldade, nesse caso financeira. E se pensarmos, estamos em um momento parecido, que não escolhemos a vida que estamos vivendo nesses anos e vivendo no modo angustiado. Essa dúvida sobre o futuro, inclusive profissional. Gostei muito do que a diretora quis destacar. Ela mostra a dificuldade que é viver várias mulheres em uma mesma casa, com poucos recursos financeiros. Não era uma casa que faltasse o básico, mas não era uma casa que sobrasse muito. Gostei muito dos figurinos, superpostos, fora da moda da época, já que não havia recursos para o supérfluo. Todas estão excelentes! Laura Dern faz a mãe. As cinco irmãs são interpretadas por Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh e Eliza Scalen. Meryl Streep faz também uma pequena participação, a tia rica das moças.
Gosto dessa história porque a protagonista torna-se escritora, e consegue viver do que escreve. Esse livro é praticamente autobiográfico. Queria ser mais disciplinada para escrever, terminar os vários textos que já comecei, um sonho desde a infância. Os homens aparecem pouco, o amigo de infância delas é interpretado por Timothèe Chalamet. Louis Garrel faz uma pequena participação. Ele é professor e amigo da protagonista na cidade grande. O marido pobre de uma delas por James Norton. O editor por Tracy Letts.
Gostei mais ainda da forma como o final foi construído. A protagonista está com o editor falando do livro. O editor disse que não dá para a protagonista acabar solteira porque não vende. Ao mesmo tempo a protagonista do filme está correndo atrás de quem acha que ama pra casar. A autora nunca casou. Gostei do filme dar a entender que o final com um casamento foi a imposição editorial da época, não a realidade. Fascinante!