Emma acaba tendo uma postura pretensiosa de elevar a condição de uma mulher de origens desconhecidas em fazer um casamento com alguém de um nível superior. A pretensão é tanta que ela se indigna quando o escolhido a escolhe e ela acha um absurdo ele imaginar que poderia se casar com ela que é de um nível econômico superior ao dela. Ela achava que ele deveria casar com alguém "inferior", mas não admitia que alguém inferior a almejasse. Eu gosto demais do estilo dessa autora e da forma como ela relata a complexidade das relações sociais da época.
Obra Margaret, Countess of Blessington (1922) de Thomas Lawrence“Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica, com uma casa confortável e bem localizada, parecia reunir as melhores bênçãos sobre a sua existência e vivera até perto dos vinte e um anos em ambiente no qual havia pouquíssima aflição ou preocupação.”
“Sua filha gozava de um grau de popularidade incomum para uma mulher que não era jovem, nem bonita, nem rica e nem casada. A Srta. Gates pertencia à pior categoria do mundo para obter a simpatia das pessoas e não possuía nenhuma qualidade intelectual para causar admiração ou assustar os que poderiam odiá-la, induzindo-os assim a respeitá-la; jamais ostentara que beleza, quer inteligência.”
“Pode não ter dado a Emma uma completa educação, como parecia prometer a sua posição, no entanto recebeu excelente educação por parte dela, que a ensinou a ter a qualidade principal para o casamento, que é anular a própria vontade e fazer tudo o que é ordenado.”
“As pessoas com grandes extensões de terra ficam maravilhadas com qualquer propriedade no mesmo estilo.
Emma duvidava da veracidade daquela afirmativa. Achava que pessoas com grandes extensões de terra preocupavam-se muito pouco com as terras dos outros.”
As obras são de pintores ingleses do mesmo período que a obra foi publicado. E é inglês o compositor da música do post.
Música do post: Cuckoo - Frederick Delius