sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

The Handmaid´s Tale - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada de The Handmaid´s Tale (2019) de Bruce Miller na Paramount Channel. Segundo vários relatos essa série maravilhosa e premiadíssima chega ao fim, mas no IMDB parece que já tem o episódio da quarta temporada, novamente quero saber como seguirá. Tive muito dificuldade de ver todos os episódios, é muito angustiante, mas profundamente necessários. Margareth Atwood escreveu o livro que li da primeira temporada, deu supervisão nas temporadas seguintes. Lançou recentemente O Testamento que conta o restante da história pela ótica dessa autora. Quero muito ler.

A série mostra o quanto o autoritarismo, quando não cortado pela raiz, vai ampliando e se tornando mais e mais perverso. Mesmo sendo uma série de ficção, acaba mostrando muito como regimes autoritários são assassinos e o quanto as mulheres são as mais atingidas.

June (Elisabeth Moss) agora está mais guerreira que nunca. No final da segunda temporada, ela não fugiu com a filha bebê para o Canadá para tentar resgatar sua outra filha sequestrada, Hannah. Entendam, a filha foi sequestrada para ser criada por outra família. Essa sociedade determina quem são as famílias de bem e quem são as peças para procriar, cuidar da casa, trabalhar de modo desumano em lugares contaminados.

June fica na casa de outro comandante (Bradley Whitford) e descobre que ele foi responsável por boa parte das regras monstruosas dessa sociedade. E pior, essas regras afetaram profundamente a saúde da sua esposa (Julie Dretzin). Ele a ama profundamente, mas é covarde o suficiente para não salvá-la daquela vida trágica. Nessa sociedade as mulheres não tem direitos, os partos são em casa, se dão algum problema, azar, mesmo que existam hospitais equipados. E essa mulher tem distúrbios mentais, precisaria de medicação constante para estabilizar o seu organismo, mas a sociedade não fornece a ela o que precisa e ela vive tendo surtos, é muito doloroso.
Mas as atrocidades com as mulheres são muitas. O sadismo é insuportável.

June resolve então fazer uma ação ousada, tentar tirar o máximo de crianças que consiga dessa sociedade para que no futuro não venham a ser estupradas, espancadas, enforcadas, escravizadas, mutiladas e sofrer todo o tipo de barbaridade. É muito emocionante quando ela pede as Marthas que enviem bolinhos se concordam pra saber quantas vão ajudar a tirar as crianças de lá. 52 mandam bolinhos. Porque tudo é silencioso, elas não podem conversar, se articular, tudo tem q ser muito cuidadoso. As mulheres, cansadas de tanta atrocidade e com o futuro das crianças, começam a se rebelar, mesmo q em silêncio, começam a destruir essa estrutura perversa. E a série não nos deixa confortável. A filha de June foi transferida pra longe, June não seguirá com o grupo. E Hannah não chega no Canadá. A série não traz alívio, sim, 52 crianças são libertadas, mas a heroína fica pra traz e sua filha também.
Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Respostas
    1. lulu, é impressionante e muito importante nesses tempos de autoritarismo. mas é muito difícil de assistir.

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  2. Li o livro e vi a série, em sua primeira apresentação (ou seja lá o que foi a primeira exibição). Como você disse, são obras necessárias.

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    1. marly, o primeiro tem o livro. o resto foi sem o livro. mas tem supervisão da autora. estou curiosa pra ler o livro q seria continuação do primeiro, o testamento, pq dizem q há várias possibilidades de finais.

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  3. Há tempos quero começar a assistir esse série e já me foi muito bem recomendada. Mas com lendo sua resenha eu me interessei ainda mais e fiquei até ansiosa para assistir, mas preciso terminar de colocar as outras séries que estou assistindo em dia.

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    1. jeciane, não é uma série fácil, mas o tema é atual demais e fundamental. o livro é incrível tb.

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  4. Essa temporada ainda não assisti, mas quero muito conferir.
    Como vc disse: desconfortável, mas necessário.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, por sorte eu via pelo controle remoto. parava e voltava direto pq é muito forte.

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  5. Assisti alguns episódios, é uma série pesada e triste.

    Beijinhos ♥

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    1. andréa, muito pesada mesmo. não imagino que deva dar pra ver só alguns.

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