A série mostra o quanto o autoritarismo, quando não cortado pela raiz, vai ampliando e se tornando mais e mais perverso. Mesmo sendo uma série de ficção, acaba mostrando muito como regimes autoritários são assassinos e o quanto as mulheres são as mais atingidas.
June (Elisabeth Moss) agora está mais guerreira que nunca. No final da segunda temporada, ela não fugiu com a filha bebê para o Canadá para tentar resgatar sua outra filha sequestrada, Hannah. Entendam, a filha foi sequestrada para ser criada por outra família. Essa sociedade determina quem são as famílias de bem e quem são as peças para procriar, cuidar da casa, trabalhar de modo desumano em lugares contaminados.
June fica na casa de outro comandante (Bradley Whitford) e descobre que ele foi responsável por boa parte das regras monstruosas dessa sociedade. E pior, essas regras afetaram profundamente a saúde da sua esposa (Julie Dretzin). Ele a ama profundamente, mas é covarde o suficiente para não salvá-la daquela vida trágica. Nessa sociedade as mulheres não tem direitos, os partos são em casa, se dão algum problema, azar, mesmo que existam hospitais equipados. E essa mulher tem distúrbios mentais, precisaria de medicação constante para estabilizar o seu organismo, mas a sociedade não fornece a ela o que precisa e ela vive tendo surtos, é muito doloroso.
Mas as atrocidades com as mulheres são muitas. O sadismo é insuportável.
June resolve então fazer uma ação ousada, tentar tirar o máximo de crianças que consiga dessa sociedade para que no futuro não venham a ser estupradas, espancadas, enforcadas, escravizadas, mutiladas e sofrer todo o tipo de barbaridade. É muito emocionante quando ela pede as Marthas que enviem bolinhos se concordam pra saber quantas vão ajudar a tirar as crianças de lá. 52 mandam bolinhos. Porque tudo é silencioso, elas não podem conversar, se articular, tudo tem q ser muito cuidadoso. As mulheres, cansadas de tanta atrocidade e com o futuro das crianças, começam a se rebelar, mesmo q em silêncio, começam a destruir essa estrutura perversa. E a série não nos deixa confortável. A filha de June foi transferida pra longe, June não seguirá com o grupo. E Hannah não chega no Canadá. A série não traz alívio, sim, 52 crianças são libertadas, mas a heroína fica pra traz e sua filha também.
Beijos,
Pedrita
Já ouvi falar super bem dessa série.
ResponderExcluirbig beijos
Lulu on the sky
lulu, é impressionante e muito importante nesses tempos de autoritarismo. mas é muito difícil de assistir.
ExcluirLi o livro e vi a série, em sua primeira apresentação (ou seja lá o que foi a primeira exibição). Como você disse, são obras necessárias.
ResponderExcluirmarly, o primeiro tem o livro. o resto foi sem o livro. mas tem supervisão da autora. estou curiosa pra ler o livro q seria continuação do primeiro, o testamento, pq dizem q há várias possibilidades de finais.
ExcluirHá tempos quero começar a assistir esse série e já me foi muito bem recomendada. Mas com lendo sua resenha eu me interessei ainda mais e fiquei até ansiosa para assistir, mas preciso terminar de colocar as outras séries que estou assistindo em dia.
ResponderExcluirjeciane, não é uma série fácil, mas o tema é atual demais e fundamental. o livro é incrível tb.
ExcluirEssa temporada ainda não assisti, mas quero muito conferir.
ResponderExcluirComo vc disse: desconfortável, mas necessário.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, por sorte eu via pelo controle remoto. parava e voltava direto pq é muito forte.
ExcluirAssisti alguns episódios, é uma série pesada e triste.
ResponderExcluirBeijinhos ♥
andréa, muito pesada mesmo. não imagino que deva dar pra ver só alguns.
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