terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O Último Retrato

Assisti O Último Retrato (2017) de Stanley Tucci na HBO Go. É sobre a confecção do último retrato de Alberto Giacometti, artista plástico suíço expressionista que tinha um estúdio em Paris. É baseado no livro do escritor americano James Lord que posou para Giacometti pintar o seu último retrato. Essa experiência ele relatou em um livro e adaptaram para esse filme.

Geoffrey Rush está impressionante como Giacometti. Armie Hammer está igualmente ótimo como James Lord. O escritor aceita ser modelo para o pintor que diz que durará umas 3 horas apenas, e dias e dias passam-se e a conclusão da obra só acontece porque o escritor dá um jeito de induzir o pintor a terminar. Esse evento aconteceu em 1964. O escritor fica adiando sistematicamente sua volta para Nova York até pensar em como "enrolar" o pintor para aceitar o término da obra. O escritor tira fotos do processo de confecção do quadro. O filme mostra então essa relação entre pintor e obra, família, amigos. Giacometti morava com a mulher e o irmão. Interessantíssima a disposição dos cômodos, ótimo elenco: Tony Shalhoub, Sylvie Testud e Clémency Poésy.

Obra O Último Retrato de Alberto Giacometti

Giacometti nunca achava que sua obra estava pronta. Volte e meia ele pintava cinza no que tinha criado e começado de novo. Com o tempo Lord decora a ordem dos pincéis e cores, então é dessa forma que consegue parar a obra quando estava prestes a ser apagada em cinza novamente, para ver se conseguia voltar para casa, já que tinha sido apagada e recomeçada inúmeras vezes nos 18 dias que passou posando para Giacometti.

Alberto Giacometti em seu estúdio em Paris.

O livro existe pra comprar no Brasil, mas só em sebo e por uma exorbitância. Na capa do livro Giacometti e James Lord.



Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Um filme que perdi e que tanto gostava de ver. Agora, só me resta ver o DVD.

    Sou uma grande admiradora da obra de Alberto Giacometti.

    Saudações de Düsseldorf 💚

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  2. Vi este filme e achei interessante que alguém (Stanley Tucci) conseguisse mostrar – sem exasperar a gente – a luta de um artista pela conclusão de uma obra. Geofrey Rush também sempre se sai bem nas empreitadas que enfrenta.

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    1. marly, foi uma surpresa descobrir q o stanley tucci era o diretor. e um filme tão intimista. foi uma grata surpresa. geofrey está incrível e irreconhecível.

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  3. Que interessante!
    Já tinha ouvido falar, mas não sabia exatamente do que se tratava.
    Adorei que Lord decora a ordem das cores e dos pincéis para evitar que a tela ficasse cinza e consequentemente o quadro ficasse interminável 😄😄😄
    Levo a indicação gostei demais do mote.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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  4. Olá, querida Pedrita!
    Para quem gosta de arte é um filme perfeito.
    Gostei das imagens e da resenha.

    Beijinhos, ótimo fds ♥

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    1. andréa, é mesmo, mas é bom tb pq mostra relações diferentes dessa pasteurização atual.

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Cultura é vida!