domingo, 15 de dezembro de 2019

O Castelo de Vidro de Jeannette Walls

Terminei de ler O Castelo de Vidro (2005) de Jeannette Walls da Coleção Folha Mulheres na Literatura. Não sabia do que se tratava o livro, a Liliane do Paulamar comentou que viu o filme que quero ver agora. Jeannette Walls é uma jornalista americana que resolveu contar nesse livro a sua história.

O livro começa com Jeannette aos 3 anos. Ela está no fogão cozinhando uma salsicha pra comer. Seu vestido pega fogo. A mãe achava que os filhos tinham que se virar. Ela é artista e não largava o que fazia pra cuidar dos filhos, cuidar não era uma palavra usada por esses pais. Pai alcoólatra, os filhos passavam todo o tipo de privações, fome, abandono, falta de asseio. Como o pai vivia em confusões, eles mudavam-se direto fugindo de algo. Faziam escola aos picadinhos. Mas os pais eram informados, incentivaram a leitura,  ensinaram algumas lições, do jeito torto deles amavam os filhos. O nome do livro, Castelo de Vidro, era mais um dos sonhos do seu pai, ele o tempo todo dizia que ia construir um Castelo de Vidro pra eles morar. Nem comida à mesa punha e ainda roubava dinheiro da família para os seus projetos e bebida. Às vezes acho que os filhos conseguiram superar essa infância turbulenta pela união entre os irmãos que se ajudavam muito. Aos treze anos Jeannette percebeu que tinha que sair dali. Primeiro ajudou Lori que foi com 17 anos para Nova York, depois ela seguiu para a cidade, e seus outros dois irmãos depois.

Inacreditavelmente os seus pais foram depois. Com o tempo, acabaram indo morar nas ruas. Muito interessante quando a autora conta sobre os pais irem morar em uma ocupação. Lá eles encontram pessoas como eles, que viviam de modo precário e que se sentiram parte de um grupo. Interessante também que apesar de todo o abandono que os pais proporcionaram aos filhos eles não guardaram rancor e se reconciliaram com o seu passado. Muito bom também que apesar de toda a desestruturação que viveram eles conseguiram se aprumar e ter uma vida digna, rompendo com aquele modelo de gerações de violência, abusos, abandono e vícios. Parece que uma irmã somente não conseguiu se aprumar, a mais nova, mas o livro deixa em aberto. Ela muda-se para a Califórnia e a autora não tem mais notícia dela, talvez agora já tenha. Estou tentando achar se em algum lugar fala do destino da irmã que ficou parecida com os pais.
 
Beijos,
Pedrita

16 comentários:

  1. Num dos encontros do Círculo Literário opiniamos sobre esse romance de Jeannette Walls. Uma história incrível‼
    O filme baseado no livro, não vi.

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    1. ematejoca, assustadora a história dessa jornalista. tb não vi o filme, quero ver.

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  2. Sim, vi o filme.
    Nem sabia que era baseado em estória real.

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  3. Nunca ouvira falar da autora, mas já ouvira referências ao livro, mas não sabia que era uma autobiografia ficcionada.

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  4. Não conhecia esse livro, achei interessante.
    Obrigada por participar do aniversário do blog.
    Big Beijos,
    Lulu on the sky

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  5. Olá, tudo bem? Neste sábado, assisti O Juízo no Shopping Paulista. Um dos piores filmes que assisti neste ano. Não recomendo. Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  6. Gosto de filmes e livros baseados em fatos reais.
    Esse é o tipo de livro que a gente quer logo chegar no final.

    Beijos ♥

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  7. Já havia lido resenha sobre esta obra. Não me lembro se foi em publicação brasileira ou estrangeira. Também gostei de saber que as crianças dessa família acabaram por superar as enormesw dificuldades que viveram.

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    1. marly, a força delas em superar assusta. tem o filme, talvez já tenha visto algo sobre o filme.

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  8. Fiquei curiosa!
    Parece em um primeiro momento que é terrível o comportamento dos pais, mas deve ser inspirador como os filhos se unem, superam e não guardam mágoa ou rancor.
    Já anotei aqui a indicação.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, aprendi q cada um dá o q tem. se os pais só tiveram desamor, é o q vão dar. é difícil aceitar, perdoar e compreender. fiquei admirada mesmo q a união dos irmãos salvou-os de repetir o modelo doentio.

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