domingo, 3 de dezembro de 2017

Quando o Dia Chegar

Assisti Quando o Dia Chegar (2016) de Jesper W. Nielsen no TelecinePlay. Que filme difícil! Que filme triste! O filme é inspirado em vários orfanatos da década de 60 da Dinamarca, mas poderia ser em qualquer país. No final relatam que muitos jovens que passaram por essa instituições no futuro, viraram usuários de drogas e álcool, tiveram depressão e ansiedade.

O filme gira na história de dois irmãos. A mãe está com câncer, o tio não tem trabalho fixo, então eles são enviados temporariamente a um orfanato e passam a sofrer uma infinidade de abusos e violência. Os meninos estão impressionantes, que cenas difíceis: Albert Rudbeck Lindhardt e Harald Kaiser Hermann.

O diretor no final usa uma frase clássica de quem pratica a violência: "tudo o que fiz foi para o seu bem e quando você crescer vai entender". essa frase se une a outra igualmente perversa, essa que não está no filme, mas é clássica também: "quando vocês tiverem os filhos de vocês vão entender". Não!!! Nunca vamos entender violência, abusos, omissões e silêncios. São frases mentirosas de pessoas que acham que o fazem é o certo e que não aceitam ser questionadas. Pessoas que mantém outras submissas pela violência, pelo medo como se fosse disciplina. Não!!! Não é! O diretor é interpretado pelo Lars Mikkelsen, irmão do Mads Mikkelsen. A professora por Sofie Grabol. Inclusive essa professora não concorda, mas diz ao diretor que não vai questionar os métodos da escola. Ela demora tempo demais para tomar uma atitude, e mais tempo ainda para fazer o que é certo que é denunciar os abusos.
Não há perdão para violência, mas menos ainda para omissão. Quando o garoto vai denunciar, falam que sem provas não podem fazer nada. Incrível como não validam a palavra de uma criança. Incrível como não percebem que o silêncio existe pelo medo. O inspetor é interpretado por David Dencik. Alguns outros do elenco são: Laurids Skovgaard Andersen, Soren Saetter-Lassen, Lars Tanthe e Sonja Richter. O diretor ganhou vários prêmios nos festivais de Hamburgo, Robert e Noruega.

Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Não conhecia este filme. A temática é interessante.

    Bjos

    ResponderExcluir
  2. Também não conhecia. Faz tempo que não assisto filmes dinamarqueses. Apesar de ser sobre os anos 60, o tema continua bem atual.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. bruxa, no now esses filmes estão em cult. então acabo escolhendo alguns por lá.

      Excluir
  3. Hello, Pedrita!
    Eu já vi a chamada desse filme, não tinha me interessado, mas lendo a resenha fiquei curiosa, uma coisa eu garanto vou chorar muito. Tantas crianças sofrem abusos e sempre ficam caladas.
    Outro dia eu assisti um filme parecido com esse, onde as crianças e mulheres sofriam abusos em uma casa de repouso.
    Esqueci o nome do filme, se eu lembar te falo.

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. andréa, é difícil mesmo. chorei muito tb. tinha horas q nao conseguia de tão chocada q fiquei. obrigada, vou querer ver.

      Excluir
  4. Olá Pedrita
    Taí um filme difícil, triste e atemporal.
    Eu não suporto violência com crianças, animaizinhos, idosos, nem com ninguém, mas os vulneráveis é tão desproporcional a maldade com quem não pode se defender que é cruel.
    Concordo com você, não há justificativa alguma para esse comportamento.
    Não é difícil pensar que muitas dessas crianças infelizmente vão ter problemas psicológicos no futuro, algumas perpetuando o que passaram.
    Tem uma frase que acho muito verdadeira que diz mais ou menos assim: uma criança que é amada, aprende a amar, que é ouvida, aprende a escutar, que é acolhida, aprende a compartilhar, que é tratada com respeito, aprende a respeitar (...)
    Excelente semana pra ti
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. luli, nem eu, foi um sofrimento só. foi difícil continuar. parei várias vezes. não concordo com essas frases. acho q muita gente q foi desrespeitada sabe respeitar exatamente pq abominou ser desrespeitada.

      Excluir
  5. Ando fugindo de filmes tristes.
    big beijos
    http://www.luluonthesky.com

    ResponderExcluir
  6. Dezembro para mim é uma correria, por isso não pude ver este filme, mas já o tinha agendado. Ao fim e ao cabo, uma coisa que sobressai em todas essas histórias é também a desconsideração e o abuso que são praticados contra os desamparados (geralmente pobres). Sempre houve coisas assim em instituições cujo objetivo era justamente o de ajudá-los, fossem eles órfãos, meninas que engravidaram sem estarem casadas, etc.

    Beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. marly, agora começou a ficar corrido aqui tb. esse é melhor ver à tarde. o filme dá exatamente essa sensação. porque a pessoa é sozinha, sem familiares, não há quem os reclamem, parecem que viram alvos de abusos. por isso a importância de pais e parentes de ir as escolas, é uma forma de mostrar autoridade. já que o solitário fica muito vulnerável.

      Excluir
  7. Não vi mas vou procurar.
    O que sei é que é difícil muito difícil, educar.
    O que serve para um não serve para todos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. liliane, e como é fácil deseducar como esses orfanatos fizeram. só geraram revoltas e traumas, jamais disciplina.

      Excluir

Cultura é vida!