No texto falo de vários detalhes do livro: É uma obra de ficção inspirado no falangista Rafael Sanches Maza. Um fato curioso mudou a trajetória na Guerra Civil Espanhola. Maza foi levado para ser fuzilado, ele e outro condenado consegue fugir, mas só Maza sobrevive. Um soldado o localiza, mas não o executa.
Obra de Lúcio Muñoz
O protagonista é um jornalista. Ele tem que voltar ao trabalho quando sua vida dá uma reviravolta. Com má vontade faz algumas matérias, sem apurar direito. Até que chega essa história de Rafael Sanches Maza e ele começa a investigar. Esse jornalista é escritor também. Ele fica curioso sobre esse homem que escapa de um fuzilamento e em seguida quer descobrir quem é o soldado que não entrega Maza. O livro é dividido em três partes. A primeira relata a pesquisa do jornalista sobre essa história e a busca por pessoas que conheceram esse falangista.
Imagem da Guerra Civil Espanhola.
A segunda parte é a narração do que encontrou, o que viria a ser o livro do jornalista com o que apurou.
Obra Quadro com Bacia de Uvas (1992) de Miquel Baceló
Na terceira parte o jornalista não está satisfeito com o livro. Volta ao jornal, é designado a entrevistas e Roberto Bolaño entra na trama. É bem engraçada a relação do jornalista com o Bolaño. O escritor gosta do jornalista, quer vê-lo outras vezes, mas o jornalista não gosta de Bolaño e arruma desculpas para não revê-lo. Mas em uma dessas tentativas e sem desculpas os dois se encontram novamente. E é nesse encontro que o jornalista acha que encontrou a peça para o final do seu livro. Pode ser que tenha encontrado o soldado que não atirou em Rafael Sanches Maza e o jornalista quer saber porquê. Soldados de Salamina é um livro muito interessante sob vários aspectos. O interesse de um jornalista sobre um falangista, sobre uma pessoa que apoiou um ditador espanhol. Sobre a construção da obra. Enfim, é um livro fantástico ganhador de vários prêmios: Prêmio Salambó de Narrativa, Independent Foreign Fiction Prize do Reino Unido em 2004, Prêmio Crisol, Prêmio da Crítica no Chile, entre muitos outros. Soldados de Salamina foi o primeiro livro ao autor a ser traduzido no Brasil.
Beijos,
Pedrita
Nunca ouvi falar nem do livro nem do escritor, curiosamente hoje recebi, comprei junto com outros livros, um romance sobre a guerra civil espanhola.
ResponderExcluir2001 foi um tempo em que por cá Bolaño fazia furor, talvez por isso o autor tenha decidido incorporá-lo na sua obra. A estrutura parece-me original e interessante também.
carlos, eu estou quebrando a cabeça onde li algo que me fez comprar o livro. é muito interessante. bolaños entra como um dos entrevistados do jornalista e que nas conversas acaba dando pistas sobre o livro. o que é ficção ou realidade não sabemos. o livro flerta com os dois.
ExcluirOlá, Pedrita.
ResponderExcluirPelo visto, o livro não possui uma narração comum. Ou melhor, uma estrutura de romance canonizado. Isso, sem dúvidas, me agrada demais. Além disso, gosto de enredos que se passem em períodos de guerra.
Ótima resenha.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de maio. Serão três vencedores!
exatamente. tb gosto de livros pouco convencionais. qt a guerra eu nem sempre estou preparada para ler tanta atrocidade.
ExcluirFalangistas eram os que apoiavam o Franco?
ResponderExcluirfatima, exatamente. o que fascina o livro é exatamente ele falar desse falangista que sobreviveu. não de um herói, mas sim de um apoiador de ditador.
ExcluirEstou lendo Quase Memória, de Carlos Heitor Cony.
ResponderExcluirMuito bom.
Não lembro se já tinha lido o livro.
Sei que comprei faz alguns anos.
liliane, eu gostei demais de quase memória.
ExcluirHello, Pedrita!
ResponderExcluirOs livros são grandes companheiros, gostei da resenha!
Beijos, ótima semana!
andréa, realmente ler é bom. esse livro incomodou um pouco, então não foi tão grande companheiro.
ExcluirAssisti ao filme, mas faz muito tempo, já não lembrava mais. Vou procurar o livro.
ResponderExcluirbruxa, quero muito ver o filme.
ExcluirOi Pedrita,
ResponderExcluirNão conhecia nada sobre esse livro.
big beijos
lulu, eu nem lembro como fiquei conhecendo.
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