segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Lady Bird

Assisti Lady Bird (2017) de Greta Gerwig no TelecinePlay. Eu tinha ouvido falar bastante desse filme, principalmente da atuação da Saoirse Ronan, que adoro e ela está incrível realmente. Ronan ganhou Globo de Ouro de Melhor Atriz por essa interpretação.

Lady Bird é de uma família de poucas posses. A mãe não quer a filha estude em uma escola pública pela violência e só consegue colocá-la em uma escola católica. A filha rebela-se o que pode, mas acaba aceitando. Inacreditável a escola. Só rezam, quase não estudam. Um atraso total, eu também não ia querer estudar em uma instituição tão retrógrada, sem teatro decente, música, literatura abrangente. Lady Bird vive com a família em uma cidade pequena dos Estados Unidos. Ou ela pode seguir para universidades católicas que ela não quer de jeito algum, ou fazer cursos técnicos na cidade. A amiga dela se conforma em fazer curso técnico, ela é interpretada por Beani Feldstein.

A mãe parece gostar da filha, mas é uma megera intransigente. Ela decide o que quer pra filha e não admite que a filha escolha o seu futuro. Então a filha resolve pedir ajuda ao pai que é mais compreensivo a inscrevê-la em universidades tentando bolsas de estudos. Veja, a menina queria fazer universidade, os pais não podiam pagar, ela então quer tentar bolsas de estudos para realizar o seu sonho de fazer uma universidade que não seja catequizante. Não é porque ela quer ser bancada em uma viagem ao mundo, em luxos, ela porque ela quer estudar e conseguir bolsas. Não faz sentido tanta proibição e chilique. E se ela não conseguisse a bolsa, ela ia escolher outro futuro, e pensava em curso técnico que nem é tão interessante profissionalmente, mas ela ia aceitar. Inclusive Lady Bird via o sufoco da sua família que mesmo estudada, tinha dificuldades de empregos e bons salários. Lady Bird só queria uma oportunidade mais igualitária a outros jovens com bolsa de estudos, já que outra forma não seria possível. Nunca Lady Bird insiste que os pais devam pagar os estudos pra ela. Ela não queria de forma alguma a escola católica, mas aceitava a pública. A questão é que a mãe não sabia respeitar as escolhas da filha. Claro que ia ser difícil ver a filha ir estudar em outra cidade, mas ela estava lutando por um destino melhor que sua família e tinha o direito de tentar. Sua mãe histérica é interpretada por Laurie Metcalf e seu pai por Tracy Lettis.
O elenco é ótimo: Lucas Hedges, Thimotée Chalamet, Jordan Rodrigues, Odeya Rush, Lois Smith, Marielle Scott e Stephen McKinley Henderson.

Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Embora a questão da educação sempre esteja presente em minhas reflexões, tenho pensado mais nisso nesses últimos meses. E isso porque agora estão querendo estabelecer uma espécie de educação pública geral, que proporcione apenas o conhecimento básico da língua e das operações matemáticas.
    No ano em que cheguei ao ensino médio (eu estudava em escola pública) fizeram também uma reforma no ensino, transformando o curso médio em "profissionalizante" (saíam as matérias de conhecimento geral: geografia, história, biologia, física... e entravam coisas como contabilidade, arquivismo, datilografia, etc.
    Isso me atrapalhou muito e acabei partindo para uma escola particular (tinha começado a trabalhar e podia pagá-la). Sem isso, dificilmente eu teria ingressado na universidade.
    Este filme me lembrou disso tudo.

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    1. marly, sim, lembra mesmo. eu sofri muito por ter estudado em uma escola onde eu não tinha identidade com os alunos. depois em matérias sobre o tema descobri que é muito importante que o aluno estude em um lugar onde as pessoas tenham histórias mais parecidas. porque amizades são fundamentais para o desenvolvimento além das matérias. uma amiga conta q o fato dos filhos estudarem em escola pública ajudou pq os alunos tinham histórias de vida parecidas, tb contavam centavos pra tudo. então estar em uma realidade similar fez eles terem bons laços e se sentirem parte de um grupo. o q nao aconteceu comigo.

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  2. Não morri de amores por esse filme mas entendi diferente desse sua resenha.
    A filha era rebelde.
    A mãe vendo as dificuldades, quer orienta-la. Corretíssimo. Uma boa mãe.
    O que gostei no filme foram as locações.
    Gosto de vê cidades pequenas, a vida das pessoas em cidades pequenas.
    Principalmente se são cidades americanas que vemos em cinema, com mais frequência.

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    1. liliane, todo adolescente era rebelde, mas a menina não era rebelde pq nao queria estudar e sim pq não queria estudar em um colégio religioso. a filha nunca pediu dinheiro q os pais não tinha, trabalhava pra poder fazer o q queria. era muito responsável. a mãe que queria controlar tudo e pior, impedir o crescimento da filha. boa parte do tempo a mãe queria controlar até os pensamentos da filha. por sorte a filha não aceitou ser domada e buscou ser responsável e fazer universidade. se dependesse da mãe ela mal ia estudar e ia patinar no futuro sem uma formação adequada. por ter ousado a filha conseguiu uma boa universidade podendo ter um futuro melhor. sim, cidades pequenas são cruéis. os filhos precisam partir pra fazer universidade e não deve ser fácil essa separação tão cedo. mas ajuda no amadurecimento.

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  3. Tenho o DVD à minha espera.

    Mas não vou perder o filme que vem aí, no qual a Saoirse Ronan é Maria Stuarda.

    Saudações de Düsseldorf 😘

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  4. É um bom filme sobre adolescência e juventude, mas foi superestimado pela imprensa.

    Gostei mais do semelhante "Quase 18" que foi produzido um ano antes.

    Bjs

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    1. hugo, concordo, só é um bom filme. a protagonista arrasa. vou ver esse que mencionou.

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  5. Puxa assim como. Lili, eu tb entendi diferente da sua resenha.
    Achei que a mãe realmente se empenhava em ajudar a filha, até dobra os plantões como enfermeira para comprar o vestido que a garota queria para a formatura.
    Acho que ela ficou chateada não porque a guria entrou num curso diferente do que ela queria, mas por ela ter omitido a informação, não ter compartilhado.
    As circunstâncias é que eram difíceis, o.pai desempregado, a filha que não gostava do colégio, troca de amigos para ser popular, a frustração com o namorado, morar do lado "errado" da ponte, mentir sobre onde morava.
    Tanto que no final, depois da bebedeira que a levou ao hospital, ela liga para a mãe.
    Vou assistir outra vez para ver as nuances que VC citou.
    Bjs Luli

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    1. luli, elas compravam roupas em lojas usadas. sim, a mãe era uma batalhadora. mas autoritária. decidia pela filha sem perguntar. e se a filha tivesse aceito nunca teria feito universidade. que bom que a filha se rebelou. o final é moralista mesmo. mas a filha só estava em nova york pq teve coragem de tentar bolsa em universidade com ajuda do pai e escondendo da mãe.

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  6. Pedrita,
    Só assistindo, para poder dar palpite.
    Educação é algo muito difícil, e escolha de escolas, para os filhos, é algo dificílimo.
    Bjs.

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    1. heloisa, exatamente. por sorte hj mudou. orientam q o melhor é escola q tenha um universo filosófico mais próximo da família. antes o bom era uma boa escola e nem sempre o aluno tinha identidade e aí atrapalhava tudo.

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