Obra de Jackson Pollock
O Americano Tranquilo se passa na Indochina na época de Guerra da Indochina (1946-1954). Começa com a morte do Americano Tranquilo. Uma mulher vietnamita o espera. Um inglês e ela descobrem que o americano foi morto. O inglês começa a lembrar a história deles. Os dois homens são jornalistas. Fowler, o inglês, vai relembrando sua história com esse jornalista e essa vietnamita.
Obra Mirthday Man (1997) de Robert Rauschenberg
É muito interessante como Graham Greene mostra a imprevisibilidade e a tentativa que temos de organizar a vida para um futuro mais confortável. Pyle é O Americano Tranquilo. Ele acredita que é um melhor partido para Phuong. Fowler é casado na Inglaterra, o divórcio é algo quase inconcebível na época. Fowler quer muito, mas a esposa não autoriza. Fowler passa então sempre pedindo para ficar em países distantes para não viver com a esposa que não dá o divórcio. A irmã de Phuong e Pyle acham que o americano pode dar um futuro melhor a vietnamita, já que é mais jovem, livre e pode casar com ela. Graham Greene mostra toda a ironia de tentar planejar o futuro, ainda mais em tempos de guerra.
Obra Verão na Cidade (1950) de Edward Hopper
Outro questionamento muito interessante do livro é sobre a imparcialidade no jornalismo. Os dois jornalistas, o inglês e o americano, vão cobrir a guerra. Fowler acha errado que eles venham a se posicionar, tomar partido. Mas ele mesmo se questiona se realmente é imparcial, já que a Inglaterra não tem interesse em saber como os vietnamitas estão, quantos morreram, e sim como os ingleses estão na guerra. Há dois filmes baseados nesse livro mas não lembro se vi.
Beijos,
Pedrita
Graham Greene foi um autor que li na minha juventude e gostava muito, não me lembro de ter lido este livro, mas tenho em memória muitas das suas preocupações de consciência entre viver em sociedade e a sua fé. Efetivamente uma péssima capa, já houve livros que recusei comprar pela capa e só os li em novas edições com outra capa.
ResponderExcluircarlos, achei que não ia gostar tanto lendo agora, mas é igualmente instigante. realmente capa pavorosa. aqui no brasil há algumas edições de bancas com capas estranhas, mas o preço dos livros são convidativos que abstraímos.
ExcluirA adaptação para o cinema eu não assisti.
ResponderExcluirBjos
hugo, vi que foram duas. a primeira não lembro. a segunda tb não vi.
ExcluirEu li na adolescência. E gostava. Hoje já não sei se iria gostar! Para mim tanto os ingleses como os americanos tem visões distorcidas sobre os povos de continentes como Ásia África e até da América do Sul! Eles só enxergam os próprios umbigos caucasianos!
ResponderExcluirfatima, eu achei que não ia me identificar agora. mas o autor tem uma visão muito profunda desses países que passou. ele coloca exatamente o americano como aquele que tem uma visão egoísta do país que se inseriu. tanto que assim q conquista a vietnamita sonha em transformá-la a sua semelhança, levá-la para os eua e formatá-la conforme a sua vontade e cultura. é muito chocante um fato que acontece e o embate dele com o inglês que diz q o americano está ignorando que sua amada é da origem das pessoas q o americano mandou matar sem a menor cerimônia ou culpa. gostei demais.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirInteressante esse plot sobre a imprevisibilidade da vida ainda mais em tempos de guerra.
Planos são necessários, mas é necessário ser bastante flexível e ir adaptando-os no decorrer do tempo, as vezes mesmo substituindo-os ou abrindo mão deles :/
O que temos e com o que podemos contar mesmo é com o momento presente.
Não li o livro, não assisti as adaptações, mas conheço o autor e li algumas obras dele.
Fiquei curiosa com esse livro, vou anotar a indicação.
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
luli, a ideia controladora de que escolhemos o melhor, acima dos sentimentos.
ExcluirNão conhecia...
ResponderExcluirBom domingo!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
isa, gosto muito.
ExcluirUma das serventias da literatura (e da arte em geral) é nos abrir os olhos com relação a coisas que ignoramos.
ResponderExcluirÉ o caso deste livro, que nos revela muita coisa sobre o mundo em que vivemos. Eu havia visto o filme (por causa do Michael Caine, que é um ator que aprecio). Mas intuí que havia coisas na estória, nas quais o filme não tinha se aprofundado. Então fui ler o livro e confirmei que era isso mesmo.
marly, achei que o livro incomoda bastante mostrando o olhar do estrangeiro pelos vietnamitas.
ExcluirFaz anos que li esse livro.
ResponderExcluirNão lembro nada.
Mas certamente devo ter feito grifos.
Mas ele faz parte de minha biblioteca.
liliane, eu gostei muito.
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