sábado, 16 de janeiro de 2021

O Crime do Monsieur Lange

Assisti O Crime do Monsieur Lange (1936) de Jean Renoir no Festival 125 Anos de Cinema do Telecine Cult. O Telecine tem passado aos domingos filmes marcantes da história do cinema. Começaram com os primeiros preto e branco mudos e agora estão em Jean Renoir. Essa semana será Buñuel. No Now tem alguns, no streaming da Telecine na internet a seleção de filmes é infinitamente maior.

O que me impressiona em seus filmes são a quantidade de gente, nossa, é muito ator, personagem, até eu me perco. Imagino que como o cinema estava no começo, muitos aceitavam participar e ganhar pouco, porque se fosse o que se paga hoje em dia para cada personagem o filme seria caríssimo! Um casal chega fugindo em uma pensão perto da fronteira. Logo descobrem que o marido é um assassino procurado. A esposa resolve então contar a história deles, pra ver se as pessoas iam mesmo querer entregá-lo a polícia e ganhar a recompensa. Seus filmes são sempre a frente do seu tempo. A moça diz que já teve outros homens, mas agora é ele que ela ama.
O filme segue para o passado. O dono de um periódico é um mal caráter, bon vivant, engana as mulheres, os funcionários, a família, os credores, deve todo mundo, não paga ninguém. E explora todo mundo, sempre dá um jeito sem vergonha de fazer as pessoas pagarem pra ele o que quer que seja. Ele morre, o jornal está coalhado de dívidas. O safado tinha colocado como dele uma novela periódica Arizona Jim, escrita por um francês que nunca foi aos Estados Unidos. Os funcionários se juntam em cooperativa, passam a produzir o Arizona-Jim e mais uma infinidade de produtos, até vão fazer um filme e todos prosperam. Todos passam a ganhar com dignidade e o jornal paga suas dívidas. Adorei ser ambientado em um periódico, que o sucesso se dava pela história do Arizona Jim publicado em capítulos a cada semana, que as edições se esgotavam.
O safado do dono do jornal não tinha morrido e aparece. O elenco é numeroso. O casal fugitivo é interpretado por Renè Lefèvre e Florelle. O editor por Jules Berry. Alguns outros são: Nadia Sibirskaia, Marcel Levesque e Henri Guisol.

Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Fantástica publicação!! :)

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    Beijo. Uma boa noite, e um excelente fim de semana :)

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  2. Para quem aprecia bons filmes é só passar por aqui e ficar a saber quais os melhores. O meu elogio

    Cumprimentos
    Feliz fim de semana

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  3. Nossa, filme cheio de 'plot twist', né? Imagina-se que os funcionários explorados do períodico sofrerão um bom tempo nas mãos do patrão mau caráter e ... eis que eles passam a administar o periódico de forma muito mais responsável e lucrativa. Imagina-se que o patrão passou para o além e ... eis ele de volta, rsrs. Assistiria a este filme com prazer.

    Beijo

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    Respostas
    1. marly, o roteiro é bem extenso, tem q prestar bem atenção. muito original.

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  4. Deve ser bem interessante esse filme, fiquei curiosa.
    Big Beijos,
    Lulu on the sky

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