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Assisti
O Leopardo (1963) de
Luchino Visconti no
Telecine Cult. Uma co-produção entre
Itália e
França. Fazia muitos anos que queria ver esse filme. A primeira vez que fui instigada a vê-lo foi quando uma amiga me convidou para ir em uma sessão especial no
Espaço Unibanco, infelizmente tive algum compromisso que me impediu de ir. Uma pena, porque esse filme na telona deve ser infinitamente mais impressionante! Lembro até hoje a empolgação dela quando voltou e me contava os detalhes. Li o
livro em 2004 e fiquei com mais vontade ainda de ver o filme. Muitos já o viram exaustivamente, então muito provavelmente não vou falar nenhuma novidade, mas fiquei tão impressionada com esta superprodução, que não há como não dividir essas impressões.
O Leopardo teve três edições. A primeira mais longa, depois outra um pouco mais reduzida e uma menor que foi lançada em vídeo. Imagino que eu tenha visto esta última. Queria muito ver a primeira versão. Me impressionou o tamanho da produção. Do excessivo gasto que devem ter feito para realizar esse filme. Começa com uma revolução de
Garibaldi. Depois a família consegue um salvo conduto e vão se resguardar em uma pacata cidade. Já tinha visto as cenas do baile em matérias, e acontece no final.
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Nosso protagonista é um príncipe, interpretado pelo maravilhoso
Burt Lancaster. É belíssima a cena que ele tem noção que ficou mais velho e sofre. Ele tem 7 filhos e seu sobrinho se apaixona por uma belíssima moça interpretada pela maravilhosa
Claudia Cardinale. O sobrinho é igualmente lindo, o
Alain Delon. Achei belíssima a cena que o casal visita um palácio abandonado. Alguns outros do
elenco são:
Romolo Valli, Rina Morelli e
Lucilla Morlacchi. A
fotografia de
Giuseppe Rotunno é majestosa. São belíssimas as cenas de paisagens. A
trilha sonora de
Nino Rota, com algumas composições de
Verdi, é primorosa. São daqueles filmes que queremos ter no acervo, mas eu particularmente desejava ter a primeira versão, a mais longa.
O Leopardo ganhou
Palma de Ouro, no Festival de Cannes.
Música do post: Traccia Audio 13 - Atto lll - A terra !... si...nel livido fango
Beijos,
Pedrita
Um marco do Cinema.
ResponderExcluirAbsolutamente fabuloso, de Visconti aos intérpretes.
Mágico.
Já assiti 2 vezes, a primeira na telona. Foi uma das boas coisas do Zebedeu. Ele era cinéfilo roxo e eu aprendi muitas coisas com ele. Só não me lembro se foi a versão longa ou mais curta. Ontem, comecei a ver no Telecine Cult mas me irritou a dublagem em italiano (definitivamente, a boca não coincide). O livro também é maravilhoso. Tem algumas partes bem irônicas, por exemplo, na hora em que o pai da Cardinale chega para o jantar e o mordomo avisa que ele está de casaca e depois o desprezo do príncipe e de seu filho para o tipo de casaca (denotando que ele tinha o dinheiro mas não a classe do príncipe). Mostra bem a aristocracia falida e a burguesia com o poder econômico. E acho que o Burt Lancaster está em um de seus melhores papéis.
ResponderExcluirDenise
Um grande filme, quer na sua versão longa, mas sobretudo, na qualidade posta na obra por Visconti e na estória, sem dúvida um dos melhores filmes de todos os tempos...
ResponderExcluirquintela e geocrusoe, é verdade.
ResponderExcluirdê, realmente nem tudo é ruim 100% ou bom 100%. mas tenho que confessar que nesse caso, colocando em uma balança, o que era ruim predominava muito.
Olá Pedrita!
ResponderExcluir"O Leopardo" é uma das obras-pimas de Visconti, uma das maravilhas do Cinema. Não sei qual a versão que viste a americana e a italiana, a primeira em technicolor e a segunda no celebre Deluxe (cores mais quentes) quanto à duração são um pouco diferentes. Depois há "O Leopardo" em cópia restaurada (cor deluxe) com uma duração mais extensa e que nos oferece a versão perfeita do filme. Tivemos a felicidade de ver esta versão no cinema, pela primeira vez quando Lisboa foi capital europeia da cultura já lá vão uns vinte anos e depois vimos a reposição comercial e temos o dvd. Visto no cinema ficamos deslumbrados, mas visto em casa no televisor, desde que se respeite o formato, também ficamos maravilhados.
Beijinhos
Paua e Rui Lima