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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Vidas Duplas

Assisti Vidas Duplas (2018) de Olivier Assayas no TelecinePlay. Recentemente virei fã desse diretor depois que assisti Irma Vep. Esse filme tem a mesma pegada! Fala da vida editorial e das mudanças tecnológicas. Sim, o título e as críticas vão falar mais das relações amorosas, mas é como Irma Vep que fala da produção de cinema e série, esse fala do mercado editorial e suas transformações. Os filmes que vi desse diretor estão aqui

Um editor não quer mais publicra as obras de um autor. Sua esposa adora o autor e logo descobrimos que eles tem um caso. Sim, é Juliette Binoche e ela é uma atriz também, mas longe de ser tão bem sucedida. Ela está exausta de interpretar policiais, aí diz ao marido (Guillaume Canet) que pensa em aceitar trabalhar em  uma série onde será uma profissional que lida com conflitos. Ironicamente vemos uma gravação e novamente ela é uma policial. Esse diretor é sempre ácido.
O filme tem inúmeros encontros entre intelectuais. Senti uma saudade imensa dessas reuniões. São sempre na casa de alguém, os que convidam cuidam dos pratos e de receber, mas são em várias casas. E as conversas são sempre maravilhosas, profundas. O editor está empenhado em modernizar a editora. É a época da febre dos blogs. Alguns autores não gostam de críticas em blogs. Ele contrata uma profissional em tecnologia, mas os ebooks também não vendem bem. São diálogos muito inteligentes. Um investidor diz ao editor que os livros continuam a ser muito vendidos, exceto os dessa editora. As conversas são maravilhosas. No elenco ainda estão: Pascal Greggory, Christa Theret, Lionel Dray e Jean-Luc Vincent.
O outro casal é interpretado por Vincent Macaigne e Nora Hamzawi. Ele é o diretor em Irma Vep. Em Vidas Duplas ele é o autor que tem seu livro rejeitado. Ele já escreveu vários livros e sempre conta a sua própria história, então sempre tem problemas com suas mulheres, ex, casos, porque ele as expõe. Ele jura que mudou algumas questões, nomes, mas as pessoas advinham. Ele participa de uma reunião e é massacrado pelo público pela exposição dos conhecidos. Os diálogos são riquíssimos. Eu odiaria ter minha vida devassada. 
Achei interessante como eles resolvem suas vidas amorosas e traições. Fiquei pensando se são as músicas de sofrência, as novelas, o jeito latino de amar, se somos muito possessivos, que faz tudo aqui ser violento e dramático quando alguém se apaixona por outra pessoa. Mas também entre um filme e a realidade pode ter uma grande diferença.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Vision

Assisti Vision (2018) de Naomi Kawase no TelecinePlay. Que filme! Inesquecível! E que cartaz! Mas o filme todo tem essa aura mágica. Li que é como os outros dessa diretora que quero ver. O filme é realizado na floresta Nara, no Japão, um deslumbre!

Uma estudiosa viaja em busca da erva Vision. Ela é a maravilhosa Juliette Binoche. O filme é mágico, fala da vida, das relações, todo cheio de silêncios, metáforas e sons da natureza.

Lá vivem dois irmãos interpretados lindamente por Masatoshi Nagase e Mari Natsuki. Ele cuida da floresta. A irmã é especialista em ervas e toda mística. É tudo tão lindo!


 

Beijos,
Pedrita

domingo, 27 de junho de 2021

Quem Você Pensa Que Sou

Assisti Quem Você Pensa Que Sou (2019 de Safy Nebbou no Telecine Cult. Vi que esse filme com a Juliette Binoche ia passar bem tarde no Telecine, coloquei pra gravar. Que filme genial e interessante!


 

A protagonista está transando com um homem mais jovem (Guillaume Gouix), mal termina e ele vai se despedir. Ela diz que ele combinou de passar o fim de semana com ela, ele é indelicado várias vezes, principalmente sobre a idade dela. 

Ela tenta adicionar no Facebook o companheiro (François Civil) de apartamento do rapaz que não aceita. Ela cria um perfil de uma jovem de 24 anos, ele aceita e eles começam um intenso amor virtual. A atriz que ela coloca a foto é Marie-Ange Casta. Após o desfecho do relacionamento, ela escreve um livro com outro desfecho. Há muitos desdobramentos e surpresas.

Nicole Garcia interpreta a psiquiatra e terapeuta da protagonista.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 29 de março de 2018

A Espera

Assisti A Espera (2015) de Piero Messina no TelecinePlay. Gosto muito da Juliette Binoche mas relutava em ver pela sinopse. É um belo e delicado filme, mas é bem triste.

Começa com uma cerimônia fúnebre em uma igreja. A personagem da Binoche está acabada ao lado de um caixão. Segue para a casa dela. É um casarão belíssimo e um empregado cobre os espelhos. No dia seguinte todos de preto vão a casa. Uma moça telefona dizendo estar na cidade para se encontrar com o filho dessa mulher. A moça chega, mas a mulher não a recebe, o empregado que a hospeda, mas não quer contar nada.

Várias vezes parece que essa mulher ia contar a verdade. No dia que a moça chega ela parece tentar, mas diz que foi seu irmão que morreu e por isso  não conseguiu receber a moça. Eu fico imaginando a dificuldade que deve ser dizer que um filho morreu, falar do filho no passado. A moça deixa vários recados no celular do rapaz, perguntando porque ele não a atende, mas vai ficando na casa e as duas vão se aproximando. Linda a namorada do filho interpretada pela Lou de Laâge. O filme é praticamente com as duas. O empregado é interpretado por Giorgio Colangeli e a irmã  por Corina Locastro.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 23 de março de 2018

A Vigiliante do Amanhã

Assisti Ghost in the Shell (2017) de Rupert Sanders no TelecinePlay. O nome no Brasil é péssimo. Eu não estava muito animada, adoro ficção científica, mas recentemente Scarlett Johansson atuou em um filme parecido, então  não entendi porque escolheram a mesma atriz. Amo essa atriz, mas não fazia sentido fazer um personagem tão parecido. Gostei muito do roteiro. O filme é mais ou menos. O roteiro é baseado no mangá do japonês Masamune Shirow.

Acho que o diretor quis se inspirar em Blade Runner, ou mesmo homenagear. As locações são muito escuras, muito molhadas, a maioria de noite. Escuras demais pro meu gosto. Gostei da atualidade do roteiro. Vou falar detalhes do filme: Uma equipe médica precisava de pessoas para os seus experimentos. Cada vez mais humanos e androides vivem misturados. O amigo da protagonista parece saído direto de Blade Runner e é interpretado por Pilou Asbaek.

Começa com a protagonista sendo atendida em um hospital, depois uma máquina fazendo o corpo dela. Ela acorda e a médica disse que ela estava se afogando, tinha fugido com os pais de navio, os terroristas os atacaram, e eles conseguiram salvá-la, mas só o seu cérebro. O corpo teria sido reconstituído. Com o tempo, do meio para o final do filme descobrimos que não foi bem isso. Ela e outros jovens eram rebeldes, viviam em uma parte sem lei da cidade. Policiais os prendem e os usam de cobaia. Incrível como o tema é atual. Mesmo com todo radicalismo da trama, o quanto muitas vezes acham dispensáveis cidadãos que questionam a sociedade. Que a experiência seria para um bem maior. Sei.
 Juliette Binoche é a médica. A atriz não está bem no filme, esquisita, parece não se sentir confortável no personagem. Canastrona mesmo. Uma pena porque adoro essa atriz.

Michael Pitt está ótimo. Quando o rosto dele aparece é o momento que o filme fica mais interessante. Só agora que vi que o Takeshi Kitano está no elenco, ótimo personagem, está irreconhecível pela maquiagem.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Em Minha Terra

Assisti Em Minha Terra (2004)  de John Boorman no Max. É baseado no livro da sul-africana Anijie Krog. O livro é ambientado no fim do apartheid. Quando Mandela promete anistia após julgamentos onde os negros contam o que sofreram ou alguém da família e quem causou conta como foi, pede perdão e é anistiado.

Jornalistas do mundo todo vão cobrir os depoimentos. O americano não acredita que possa resultar em algo bom, que não resolve os problemas da violência, a jornalista africana acha fundamental os depoimentos. Eu mesma tinha um certo pé atrás. Mas ajudam muito. Muitos praticavam verdadeiras barbaridades estimulados por um grupo, às vezes nem suas famílias ficavam sabendo. Quando uma mãe vem pedir o corpo do filho, uma esposa vem falar das violências feitas ao marido, há uma humanização. É difícil olhar para aquelas famílias e não sentir vergonha. Pode ser que quem as praticou não sinta culpa alguma, mas escancarar atrocidades realmente ajudam a criar o respeito, já que o mundo todo repudia barbáries, mesmo que seja conivente em seu silêncio. Quebrar o silêncio começa a aparecer fundamental para mostrar uma rotina como algo monstruoso. A autora mostra que os torturadores e assassinos justificavam da mesma forma que nazistas justificaram, que recebiam ordens. Algo que foi escancarado pela Hannah Arend´t como a banalidade do mal. No início somos informados que boa parte dos depoimentos foram retirados de fatos reais relatados nesses dias. Os depoimentos vão abrindo chagas nas famílias. O tempo todo os brancos alegam que tudo o que faziam era para proteger as famílias. Eles realmente acreditavam que com as torturas conseguiam as verdade, quando com a tortura se consegue qualquer coisa porque o ser humano não suporta a dor e para se livrar do sofrimento confessa qualquer absurdo. Muitas famílias não tinham ideia que algum de seus parentes tinham sido vil torturadores. Eles teriam com os julgamentos, olhar para suas famílias e seus questionamentos. Tirar do silêncio a violência ajuda muito em um caminho de paz. Não chega a ser a solução, mas escancarar os horrores, auxilia muito no processo de construção de uma nação.

Juliette Binoche é a repórter sul-africana, e Samuel L. Jackson americano. Eles não concordam entre si no início, mas ele acaba percebendo a importância da anistia e seus depoimentos. Ele mostra a ela as incoerências dos brancos africanos e ela mostra a ele a incoerência do racismo americano. Os dois passam a conviver muito e mesmo sendo casados eles têm um romance. Ainda no elenco estão Brendam Gleeson, Menzi Megubane e Langley Kirkwood. O filme é muito bom e fundamental. Triste, difícil, mas fundamental.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Os 33

Assisti Os 33 (2015) de Patricia Riggen no TelecinePlay. Vi que era com o Antonio Banderas e com o Rodrigo Santoro, quis ver. A diretora é mexicana. Mas vi que era pesado, já que é sobre aquele acidente horrível onde mineiros chilenos ficaram presos embaixo da terra por meses. Logo no início do filme vem o texto: "a cada ano mais de 12 mil mineiros morrem em acidentes nas minerações no mundo todo". Esse é o tom do filme, o descaso e os interesses econômicos na extração de minério em detrimento de vidas humanas.

Os familiares se incomodaram com o filme, mas é porque é difícil resumir meses de angústia em duas horas. Mas o filme é muito bom e muito bem realizado. Também o filme conta uma história que já sabemos o final, todos, sem exceção foram salvos. Nos meses de angústia ninguém sabia se alguém sairia vivo, se estavam vivos. Por melhor que um filme sobre o tema seja realizado, sempre vai reproduzir minimamente o que aconteceu, tal a complexidade.

Muito assustadoras as estruturas das minas atuais. São ruas e ruas, andares e andares pra baixo da terra. O caminhão com os mineiros desce 10 andares, há mineiros em cada andar com máquinas. O tempo todo falavam que os mineiros estavam em uma profundidade de um Impire States. Lá no fundo, eles tentam subir escadas de emergência, mas elas eram uma mentira e acabam depois de uma pequena subida. O refúgio tinha que ter material de primeiros socorros, não há quase nada. Uma caixa com alimentos, chega a ser uma vergonha o pouco que tem ali. Por sorte, um deles, assume o racionamento, e os poucos alimentos, biscoitos, leite e atum, são ampliados por dias para os 33.  Esse mineiro é interpretado por Antonio Bandeiras. Um deles passa a filtrar um pouco de água, que está suja, mas é água e misturam ao pouco que sobra.
Rodrigo Santoro é o ministro chileno que vai ver o que aconteceu. Gabriel Byrne é o engenheiro que vai para realizar o trabalho. Juliette Binoche uma parente de um mineiro. É muito assustador como tudo acontece. São dez andares pra baixo da terra, a empresa que administra a mina não tem condições de cavar, então os parentes ficam atrás de uma grade e a empresa espera os mineiros morrerem, nada fazem. Só com a chegada do ministro, a pressão da imprensa e familiares, é que o Chile começa a enviar equipamentos para perfurar dias depois. Os familiares passam dias ao lado das grades sem nada acontecer, sem um salvamento que não ia acontecer. O mundo todo passa a ajudar, são equipamentos de várias partes do mundo, até o Brasil envia imãs para tirar peças quebradas das perfuradoras. 

Muitos dias depois chegam nos mineiros, depois de várias tentativas frustradas. A situação deles melhora. Passam a receber por um cano estreito alimentos, remédios, conseguem falar por vídeo com familiares, mas eles precisam suportar muitos meses, uns três pelo menos, até conseguirem enviar um pequeno elevador que traga um de cada vez. Há ainda um grande risco de desabamentos e serem soterrados.


No final aparecem os 33 hoje. O final parecia legenda do Brasil, a empresa que negligenciou os mineiros, que não colocou equipamentos de segurança mínimos, não sofreu nenhuma punição. Os 33 mineiros nunca foram indenizados. Muito assustador.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de abril de 2016

Mil Vezes Boa Noite

Assisti Mil Vezes Boa Noite (2013) de Erik Poppe no Max. Eu coloquei pra gravar, antes de começar teve uma entrevista com o diretor que contou que é fotógrafo e foi fotógrafo de áreas de conflitos, de guerras, e que quis fazer um filme sobre isso. Ele escolheu Juliette Binoche para ser a fotógrafa.

Começa com ela tirando fotos de uma mulher sendo preparada para ser mulher bomba. Se é assim mesmo, é impressionante. Temos ódios de homens bombas, então só os vemos como maus. Há toda uma preparação, como um ritual religioso, muita tristeza, muito respeito. Como se é assim que tem que ser. Um sacrifício por um bem maior. Um horror de qualquer jeito, mas muito diferente do que eu imaginava. Se pensarmos que a guerra não é muito diferente disso, grupos de homens em nome de uma pátria vão atirar em outros de outra pátria. Acho o terrorismo um horror, até porque atacam principalmente inocentes. Na regra da guerra não se atacam civis, embora nem sempre isso aconteça. Mas acho qualquer violência injustificável. A fotógrafa se acidenta, acorda em um hospital em outra cidade com o marido cuidando dela, interpretado pelo Nikolaj Coster-Waldau.

Começa então os conflitos familiares com a fotógrafa. Ela tem duas filhas, uma criança e uma adolescente que está revoltada com as ausências da mãe. O marido também. Não deve ser fácil conviver com pais ausentes e constantemente correndo risco de vida, deve ser um eterno sobressalto. Mas o marido se apaixonou por ela porque admirou a paixão dela por trabalhos em zonas de conflitos, cobrar agora que ela abandone é incoerente. Se ela dissesse ok, abandono, mas eu preciso viver em uma cidade grande, duvido que ele abandonasse o trabalho dele. Eles vivem em uma cidade de praia porque ele trabalha no mar. Não aceitaria viver em uma cidade que não tivesse mar. Ele está confortável no trabalho dele, egoísmo querer que ela abandone tudo pela família, por mais difícil que deva ser viver com alguém que vive em risco. Se ele não suporta mais, deveria pedir a separação, nunca pedir, quase forçar, ela a largar tudo. O desrespeito ao trabalho dela é vergonhoso. 

O melhor seria que ela não se casasse, nem tivesse filhos, mas no momento que tem uma família, todos precisam tentar se equilibrar da melhor forma nessa estrutura difícil de lidar. A fotógrafa acredita que as pessoas nas zonas do conflito precisam do trabalho dela pela paz, pela proteção, não dá pra mudar isso. As filhas são interpretadas por Lauryn Canny e Adrianna Cramer Curtis. Interessante que recentemente vi o documentário Sal da Terra, sobre o fotógrafo Sebastião Salgado e ele comenta no filme a gratidão a compreensão da esposa por tanto tempo de ausências e sobressaltos. Inclusive quando ele está mais velho e cansado, ela que sugere ele modificar o olhar, para fazer fotos de meio ambiente, sugere a publicação dos livros, reflorestar a fazenda do pai. Sugere várias atividades que continuariam o grande trabalho do fotógrafo, mas com redução de riscos.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Acima das Nuvens

Assisti Acima das Nuvens (2014) de Oliver Assayas no TelecinePlay. Eu estava olhando os filmes pelo controle remoto, esse nome não me animava muito, quando cliquei vi que é um filme dinamarquês e com a Juliette Binoche, nem acreditei. O nome original Clouds of Sils Maria não dava no Brasil, mas é mais emblemático, embora Acima das Nuvens se encaixe muito bem. É uma co-produção entre Dinamarca, França e Alemanha. É um filme incrível, muito sublimar, com muitas questões e com muito bastidor de cultura. Clouds of Sils Maria foi rodado em 7 países, as locações são deslumbrantes.

Começa com a personagem da Binoche com sua assistente em um trem. Elas seguem para a entrega de um prêmio, a Binoche é uma grande atriz e vai receber o prêmio de um escritor. Ela e o escritor não gostam de badalações, ele nunca vai a prêmios. Não gostam de discursos melodramáticos e oportunistas. Ela vive longe da internet. Sua assistente é antenada. Os embates entre as duas é incrível. As cenas de celulares são muito bem feitas, tocam o tempo todo, muito realistas, as duas cada uma no seu celular resolvendo questões à distância. No trem ela fica sabendo que o escritor morreu e percebe que vão ser muitos paparazzis, fofocas, que era tudo o que o escritor não queria. Mas essa atriz sabe que precisa ser ela para conter os exageros. E como o escritor é famoso, escreveu muitas peças de teatro, começam a surgir oportunistas querendo aparecer, se dizendo muito amigos do morto.

Em meio a esses tumultos um diretor quer convencer a atriz a fazer uma peça que ela atuou quando tinha 20 anos. Mas agora ele quer que ele faça o outro personagem, com 40. É a peça que mais deu fama a ela, arrasou quando tinha somente 20 anos. Ela detesta a outra personagem e incomoda muito agora fazer a de 40 anos. Nesse tema surgem vários embates sobre idade, interessantíssimos. Ela acaba aceitando quase a contra gosto e vai com a assistente a casa do escritor em Sils Maria trabalhar o texto. As cenas delas naquelas paisagens deslumbrantes, passando o texto. Volte e meia ficamos perdidos se são cenas da peça ou embate entre as duas. A convivência diária das duas, acordar, comer, trabalhar, descansar começa a desgastar. Elas começam a ter problemas de relacionamento. Esses embates são geniais também. A atriz é avessa aos filmes de ação, a tecnologia, e a outra gosta de tudo isso.
Surge então outra rica personagem. A atriz que vai fazer a personagem de 20 anos é uma dessas celebridades conturbadas que aparecem mais em sites de fofocas que pelo seu talento. Faz filmes de ação e ficção científica. Já promoveu vários escândalos por ter usado drogas e bebida. Os embates sobre esse mundo de futilidades também são incríveis. Como disse tudo é sutil. A Binoche vai encontrar com o diretor da peça para falar sobre a personagem, o que ele pensa, e a história conturbada da outra atriz não permite. Ela está com um caso com um rapaz casado, a esposa tenta o suicídio e começa um corre corre para que fujam dos paparazzis. Novamente a fofoca suplanta a cultura e passa a ser mais importante que a arte.

Depois de todo esse trabalho para montar a peça e construir esses personagens o filme termina exatamente quando a peça começa. Genial! Não ficamos sabendo se a peça foi um sucesso, se as atrizes foram bem, se foram elogiadas. Amei! A assistente é interpretada por Kristen Stewart que ganhou César por Melhor Atriz Coadjuvante. A jovem atriz por Chlöe Grace Moretz. Alguns outros do elenco são: Lars Eidinger, Johnny Flynn, Angela Winkler e Hanns Zischler

Beijos,
Pedrita