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terça-feira, 29 de abril de 2025

Volta por Cima

Assisti a novela Volta por Cima (2024) de Claudia Souto na TV Globo e Globoplay. Gostei muito! E revolucionária! Sem ser didática, falou profundamente de machismo estrutural, masculinidade tóxica e responsabilidade afetiva, principalmente masculina.


 

O casal de protagonistas eram incríveis, belos trabalhos de Jessica Ellen e Fabrício Boliveira. Jão falou com vários personagens sobre responsabilidade afetiva, cobrou inclusive do seu pai o abandono de sua mãe, o famoso ghosting, após ter tido um relacionamento com ela. Jéssica Ellen em uma entrevista disse que só aceitaria ser a mocinha se ela fosse uma mulher de personalidade, independente. Ela se torna uma empreendedora de sucesso. O casamento da igreja da Penha foi um desbunde. E que mega produção, tem uma foto da equipe imensa de produção.

A empresa da novela era de ônibus. Começa e termina em um ônibus. Lindomar do maravilhoso MV Bill é motorista de ônibus, passa mal e o ônibus sofre um acidente. No final é um sequestro que movimenta a trama. Lindomar agradou tanto que apareceu mais do que o esperado em lembranças emocionantes. Pai de uma família linda. Tereza Seiblitz arrasou. Ela é costureira e fica na fila de transplante de coração. Muito bonito ela encontrar um novo amor com Chao Chen, um funcionário bem sucedido na empresa de ônibus, e ligado a família também, sempre dedicado ao seu pai que só ouvimos falar. A família de Madalena tem princípios muito rígidos de respeito, retidão e enlouquecem com a fragilidade emocional da sua integrante mais nova, a Tati da ótima Bia Santana.
Ela adorava K-drama e junto com vários personagens assistia Pérolas de Amor. Até que ela acha que é o seu ídolo no ônibus e ninguém acredita. Ela tem uma triângulo amoroso consistente com os personagens de Allan Jeon e João Gabriel D´Aleluia. As cenas dos dois dançando as coreografias do K-drama eram demais, os números musicais do Jin também. Amei os personagens.
Osmar era o tio que estava sempre no erro como dizia Madá. Passou a vida no sofá da família e se envolve com uma contraventora. Milhem Cortaz e Isabel Teixeira arrasaram. Concordo com uma amiga que o final do casal foi coerente. Eles viviam entre tapas e beijos, golpes e desgolpes, traições e reconciliações, mas eram um casal intenso. Os figurinos de Violeta eram um arraso.

Gostava muito de Jayme e Tereza dos ótimos Juliano Cazarré e Cláudia Missura. Eles erram e muito, mas se arrependem, corrigem seus erros, pedem perdão. O amor deles era lindo. Ele se arrepende antes dela, mas ela vem logo depois. 

Ele ajuda Sidney a reconquistar Cida. Adoro a Juliana Alves, linda e talentosa, gostei muito de Adanilo. Ela era motorista de ônibus, viúva e mãe do encantador Caique Ivo. Sidney vacila, olha pra muitas mulheres e é Jayme que fala das escolhas, se quer viver um grande amor é preciso abandonar a azaração. As conversas são ótimas.

A gigante Betty Faria é a matriarca dos Góis de Macedo. Antes poderosos e ricos, estão pobres e falidos em uma mansão. A curva dos personagens é linda. Ela passa a ser influencer. Drica Moraes é sua irmã que vai trabalhar em eventos com Madalena e Rodrigo Fagundes é o irmão/filho que vai ser atendente de balcão no subúrbio e sim, todos vão andar de ônibus. Fábio Lago está incrível como Sebastian. Mordomo da casa, ele passa a ser um faz tudo que não recebe e depois circula por vários núcleos.
Linda a história de Neuza que criou seu filho sozinha com todos os princípios e dignidade. Valdineia Roriano está incrível.


Roxelle da incrível Isadora Cruz é uma grande personagem da trama. Ela começa com Chico de Amaury Lourenzo, enquanto ele namora Madalena. Livre, de personalidade forte, ela trabalhava como garçonete na principal lanchonete do ponto final dos ônibus. 

A alegria da personagem se apaga quando ela se apaixona por Gerson Barros, mais um grande personagem de Enrique Diaz. Ele já tinha feito um estrago na vida de Yuki em um belo personagem de Jacqueline Sato. São muitos contraventores, eles entram direto em conflito na trama.

Muito emblemática a última cena de Rute e Marco. Ele contraventor com uma história trágica acaba sintetizando muito a novela já que ao final ele faz algo abominável. A dor da sua mãe que entende o que ele fez, mas o acolhe assim mesmo, dói na nossa alma. Lucinha Lins apareceu no final da novela, como a mãe que não sabiam onde estava. Marco era o ótimo Guilherme Weber e sofre até na trama. Criado como sobrinho, mas era filho, tem uma curva dramática muito emocionante, mas ele herda com maestria as maldades e crimes da contravenção.
Outra personagem marcante foi Cacá da ótima Pri Helena. Ela era a segurança dos Castilho e amava o trabalho, adorava confrontos. Ela engravida e põe na conta do Jão. Eu desconfiei que poderia não ser, mas jamais imaginei que fosse do Baixinho, Rodrigo Garcia. Achei que poderia ser do parceirão Joilson, Vitor Sampaio, outro ótimo ator. Baixinho inclusive faz uma bela aparição ao final como espírito em uma ótima cena. Foi muito bonita a curva da personagem. Ela acaba se apaixonando pelo Chico e eles partem com os pais para outra cidade. Os pais se apaixonaram também na novela, que linda personagem de Iara Jamra, como sofreu em descobrir a real profissão da filha. E Tonico Pereira era dono de uma banca. Já estou com saudades dos personagens.








Beijos,

Pedrita

terça-feira, 13 de julho de 2021

Pedro Sob a Cama

Assisti Pedro Sob a Cama (2017) de Paulo Pons no Canal Brasil. Que filme lindo! Que roteiro delicado e profundo! Uma tragédia acontece em uma família, só vamos descobrindo com o tempo o que de fato aconteceu. 

O pai volta a morar na cidade pequena onde está seu filho e seu enteado. O filme foi realizado na cidade de Pedro Osório no interior do Rio Grande do Sul. Os dois garotos vivem com a tia que trabalha à noite em uma casa para idosos e o irmão mais velho faz faculdade. 
Com isso, Pedro toda dia sai de casa e vai a casa do pai antes que ele volte ao trabalho e deita sob a cama. No dia seguinte só sai debaixo da cama depois que o pai foi trabalhar. Uma graça como os dois irmãos são autossuficientes. Um outro dia Pedro leva um saco de dormir, cobertor e um travesseiro pequeno pra dormir embaixo da cama. Ele dobra tudo bonitinho, coloca a roupa suja na máquina, leva o que comer no café da manhã, um saco pra por o lixo pra jogar quando voltar pra casa. O irmão também cuida do Pedro, organiza tudo em casa, é muito bonita a harmonia dos três, tia e irmãos. Fernando Alves Pinto faz o pai, Gabriel Furtado o fofo Pedro, o irmão é interpretado por Konstantinos Sarris com um personagem muito difícil. A tia por Fernanda Thuran. Fazem participações Letícia Sabatella como uma visita do pai de Pedro e Betty Faria como a avó dos meninos.
Beijos,
Pedrita

domingo, 25 de outubro de 2015

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Assisti Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976) de Bruno Barreto no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme, deve ser da categoria todo mundo viu menos eu. Finalmente conseguir gravar. Em geral sempre que passava era em horário que eu não conseguia ver. É baseada na obra de Jorge Amado que não li e um dos melhores personagens para o José Wilker. Fiquei emocionada em ler que esse logo é do saudoso Cyro Del Nero.

Ele é o típico bon vivant. Se casa com a bela Flor, Florípedes, viciado em jogo, namorador, deixava ela sempre sozinha em casa. Mas quando estava com ela era intenso. Ela, cozinheira de mão cheia, ganhava o seu sustento ensinando culinária. No carnaval ele morre. Ela acaba se casando com um próspero farmacêutico e passa a ter uma vida pacata e feliz. Mas a felicidade se completa quando o fogoso Wadinho volta. Ela reluta, mas acaba cedendo.

Imagino como devem ter sido divertidas as cenas com o José Wilker nu. Mauro Mendonça interpreta o metódico farmacêutico e eles contracenam juntos. Mauro Mendonça tem que fingir que não vê o José Wilker nu em sua casa, em cima do armário. Em entrevistas contaram a tranquilidade como José Wilker gravou a clássica cena final no Pelourinho em que ele nu está de braço dado com sua mulher e o farmacêutico. Sônia Braga mais linda que nunca. Há muitos bons atores no elenco: Rui Resende, Nelson Xavier, Nilda Spencer, Nelson Dantas, Lourdes Coimbra, Francisco Dantas, Arthur Costa Filho, Claudio Mamberti, Lícia Magna, Mara Rúbia e Betty Faria. A música é O que será que será de Chico Buarque e Francis Hime. Por anos Dona Flor e Seus Dois Maridos foi o record de bilheteria no Brasil. Só foi desbancado por Tropa de Elite 2.

Beijos,
Pedrita

sábado, 7 de março de 2015

Boogie Oggie

Assisti a novela Boogie Oogie (2014-2015) na TV Globo. Escrita por Rui Vilhena e dirigida por Ricardo Waddington. Já estou com saudades. Amei a novela ambientada nos anos 70. Cheia de suspense, romance, comédia, ágil, bem editada, excelente texto. Genial! Quando pensávamos que um mistério tinha sido revelado aparecia outro desdobramento. A trama principal era das filhas trocadas na maternidade. Uma amante largada, cheia de ódio, paga uma enfermeira sem escrúpulos para trocar os bebês. A novela começa quando essas jovens já são moças e a ex-amante volta para se vingar para localizar as moças e desestabilizar o ex-amante.

Bianca Bin arrasou com uma das filhas trocadas. Uma é filha de um amoroso mas austero militar de classe média. A outra mora em uma mansão de um pai amoroso que a mima de tudo quando é jeito e uma mãe cruel e indiferente. Tanto que a mãe fica feliz de saber que é a filha não é a filha, mas odeia a outra também.

A outra foi interpretada pela Isis Valverde, adoro as duas atrizes e elas eram fortes e determinadas. O namorado da outra se apaixona pela outra irmã trocada sem saber, ele é interpretado pelo Marco Pigossi. Os pais são: Fernando (Marco Ricca) e Carlota (Giulia Gam) e Elísio (Daniel Dantas) e Beatriz (Heloísa Perissé). Em um momento das novelas elas ficam sabendo da troca, elas se odeiam. Mas o segredo da paternidade continua. A oprimida Beatriz teve um caso na adolescência e a filha pode ser filha do vizinho.

 Como todas as novelas das 6, há muitos avanços comportamentais. Três homens tinham várias cenas na cozinha Tadeu (Fabrício Boliveira), advogado que estudava pra ser diplomata, Mário (Guilherme Fontes) corretor e Homero (Osvaldo Mil) esse o único que morava sozinho e era bandido. Sem alardes, sem texto de preconceito, a família chegava, ficava na sala e o marido de avental avisava que o prato preferido da família estava pronto. Tadeu, Rafael, e muitos outros volte e meia estavam arrumando a cozinha, lavando a louça. Dos romances da novela amei o de Tadeu e Inês (Deborah Secco). Tadeu era o meu personagem preferido. Pena que a atriz precisou sair antes porque vai estar em outra novela. Mas o autor não se apertou, criou uma trama tão linda pra ela. Um agente que vive nos Estados Unidos sugeriu a ela fazer vídeos de ginástica, como tinham na época. Lindo no último capítulo o Tadeu recebendo o enorme vídeo cassete e a fita pra assistir.

Outra dinâmica que ajudou muito foi as trocas de casas. O autor ultrapassou inúmeros limites com sacadas muito inteligentes nas trocas de personagens nas casas. Era um tal de Vitória para a casa dos pais biológicos e Sandra para a mansão. Mas as trocas iam além. Até normal o apartamento que moravam jovens ter sempre hóspedes novos. Inicialmente Tadeu e Ísis moravam lá, mas a tresloucada Susana com a excelente Alessandra Negrini em um de seus grandes papéis passou por lá. As cenas no banheiro eram geniais. A Susana inclusive foi uma das que mais peregrinou. Expulsa constantemente, morou no apartamento do Homero na casa da Cristina (Fabiula Nascimento) e inusitadamente no apartamento da Célia (Thaís de Campos) e de Artur (Gustavo Trestini).. Amei que a Susana ficou com o Fernando, eles eram muito parecidos. Ele colecionava amantes. Inusitadíssimo ele se envolver no final com a Cristina, muito inteligente o roteiro. Outra casa que mudou completamente a dinâmica com a separação da Cristina e do Mário. Acabaram se mudando pra lá a Susana e o Fernando, mas o Fernando como amante da Cristina e ex-amante da Susana, imaginem a confusão. Adorava o novo casal, Mário e Gilda (Letícia Spiller). 

Essa troca gerava uma dinâmica deliciosa. A pobre da Augusta  (Sandra Corveloni) precisa ir morar com o vizinho ranzinza Vicente (Francisco Cuoco). Bastava a trama começar a ficar repetitiva, alguma troca acontecia. Logo no começo se juntam a mansão a família do Ricardo (Bruno Garcia) em um excelente papel.

As festas eram lindas. Amei o casamento Rastafari de Danielle (Alice Wegmann) e Rodrigo (Brenno Leone). Ele foi escolhido em testes no Vídeo Show. Amava as imagens do Rio de Janeiro da época. A trilha sonora. E as inúmeras festas na Boogie Oggie sempre com confusão muito além do esperado.


Achei uma foto com algumas das crianças. Adorava a personagem da Claudia (Giovanna Rispoli), ela era uma pestinha. Com um pai exageradamente austero, ela fica rebelde e nos divertiu a trama toda. A atriz também cresceu muito durante a novela, ficou uma mocinha. E adorei ela ganhar uma viagem de volta ao mundo. Mas todos estavam ótimos Otávio (José Victor Pires), Felipe (Caio Manhente), Alessandra (Julia Dalavia) e Serginho (João Vithor Oliveira). Eles viviam no Fliperama, pena que não achei uma foto todos juntos.

O autor resolveu homenagear grandes atores. Além de Betty Faria e Francisco Cuoco em papéis importantes. trouxe atores consagrados para deliciosas participações. Francisco Cuoco chamava Madalena de Leninha, divertido perguntarem porque e ele dizer porque sim, na verdade porque eles fizeram par romântico em Pecado Capital e ela se chamava Leninha nessa novela. Para relembrar o embate de Tieta, surgiu Joanna Fonn na mansão como tia da Carlota. Uma personagem mandona que de hóspede passou a mandar na casa e nos empregados. O corvo era uma "Corva" como dizia Vitória interpretada por Pepita Rodrigues. Luiz Carlos Miele um informante. E Neusa Borges como uma cartomante.

Adorava os empregados. A medrosa Ivete (Aline Xavier) que sempre queria arrumar um namorado. A engraçada Leda (Marizabel Pacheco), o motorista Adriano (Eduardo Gaspar) e a cozinheira (Dja Marthins). Eles sofriam com os mandos e desmandos contraditórios dos patrões. Zezé Motta também interpretou uma empregada da Leonor (Rita Êlmor). 

Inclusive as participações na Boogie Oggie eram geniais. Zezé Motta cantou lá, Betty Faria e Francisco Cuoco participaram de um concurso de dança. Adorei também a breve participação de uma golpista fingindo de grávida, Jussara (Thati Lopes) pena que ela foi embora. E os dançarinos Lyv Ziese, Renata Ricci e Luis Navarro na Boogie Oggie. Eles também participaram da dança da mudança de casa. Acabam parando na casa da Augusta. Inusitado e hilário, mas com lógica. A Augusta passa a ter dificuldades de pagar as contas e o filho convida os três para ajudar no orçamento.

O elenco todo foi incrível, Uma pena não conseguir colocar foto de todo mundo. Adorei a Luisa (Alexandra Ritcher), as mulheres tinham características fortes, inteligentes. E imperfeita, ela escondeu que os pais eram porteiros, outros atores que adoro: Cacá Amaral e Ana Rosa. Ela participou da dança das cadeiras, infernizava a Carlota, mas depois vai trabalhar na VIP para investigar o Beto (Rodrigo Simas) em ótimo personagem também. Eu torcia muito para ele ficar com a irmã que não é irmã, a Vitória, fiquei feliz que ficaram juntos, mesmo que tenha sido sutil a aproximação. Gostava do casal intepretado por Caco Ciocler e pela portuguesa Maria João. Estava com saudades dessa atriz. O arqui vilão era interpretado por José Loreto. Amei que a Carlota deu a volta em todo mundo e se deu bem. Tinha lido outra possibilidade, mas gostei muito mais desse final. Ela era muito ardilosa, ficaria perfeitinho demais ela se dar mal.  Fizeram participações: Christiana Guinle, Junno Andrade, Laura Cardoso e Priscila Fantim.

Por ser uma novela cheia de aventura, as cenas de ação eram impecáveis. Lindíssima e triste a cena do acidente do noivo de Sandra. Muito bem feitas as cenas de atropelamento, as de tiro. Eu amei tudo nessa novela, figurinos, reconstituição de época, textos, personagens. Gostei de mostrar produtos da época, as latas de sorvete, crush, leite de rosas. Pode reprisar quanto quiser.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Cortiço

Assisti O Cortiço (1978) de Francisco Ramalho Jr. na Sessão Interativa do Canal Brasil. Foi a última Sessão Interativa do ano e os três filmes que concorriam eram os mais votados do ano. E O Cortiço foi então o mais votado dos mais votados de 2011. Minha mãe viu nos cinemas e lembram que as sessões eram lotadas, pelo jeito o filme agrada muito ainda. Eu li o livro de Aluísio de Azevedo há uns anos e gostado muito e como minha mãe tinha gostado no cinema eu queria muito ver.

Gosto da Betty Faria, mas confesso que estranhei ela como a mulata do livro. Li que escolheram o casal Mário Gomes e Betty Faria para protagonizar o filme porque faziam muito sucesso em uma novela como par romântrico na época. O Cortiço é muito bem realizado. Difícil criar em cenário todas as casas do Cortiço e está muito bem realizado. Estranhei também a Betty Faria que mostra uma calcinha vermelha enquanto dança. É em 1890 quando poucas mulheres tinham roupa de baixo, e sempre eram brancas, as famosas roupas brancas, não existia ainda lingerie vermelho. Em geral mulheres de baixa renda como era nossa protagonista não teria nada embaixo.

Gostei muito de O Cortiço. O elenco é incrível: Armando Bógus, Ítala Nandi, Maurício do Valle, Beatriz Segall, Zaira Zamberlli, Antônio Pompêo, Jacyra Silva e Maria Alves.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dzi Croquettes

Assisti Dzi Croquettes (2010) de Tatiana Issa e Raphael Alvarez no Canal Brasil. Na época do lançamento desse documentário nos cinemas muitos elogios a produção surgiram e eu fiquei curiosa já que por total ignorância não sabia quem foram os Dzi Croquettes. E o documentário cumpre muito bem o papel de contar a história desse grupo que na época da ditadura criavam um espetáculo tão inovador e ousado que chamaram a atenção inicialmente do Brasil, depois de Paris e do mundo. Os Dzi Croquettes foram criados em 1972, Vários grupos que sofreram influência ou participaram deram depoimentos. É clara a inspiração dos Secos e Molhados e algumas integrantes das Frenéticas dão depoimentos. Algumas participaram inclusive da Dzi Croquettas criado pelo próprio grupo com suas fãs.

Dzi Croquettes é um documentário muito bem realizado. A Tatiana Issa é filha de um figurinista que trabalhou por um período com o grupo e ela circulava entre eles e diz no documentário que achava eles uns palhacinhos. Não sabia que o grande ator Cláudio Tovar tinha participado do grupo. Nem tampouco do famoso Lennie Dale.  Outro que participou do grupo um pouco mais pra frente foi o Jorge Fernando. Quem fez estourar o sucesso levando crítica e público famoso a um espetáculo em Paris foi Liza Minelli, inclusive ela dá entrevistas sobre o grupo. Ela levou para ver o grupo Mick Jagger, Jeanne Moreau, Josephine Baker. Muitos são os entrevistados que iam ver inúmeras vezes as apresentações dos Dzi Croquettes como: Marília Pêra que chegou inclusive a fazer uma coreografia com Lennie Dale, Claudia Raia, Elke Maravilha que namorou um deles e circulava entre eles, Ney Matogrosso, Miguel Fallabela, Norma Benguell, Betty Faria, Pedro Cardoso que teve contato nos últimos anos do grupo,  Nelson Motta e Miele. O documentário passa ainda trechos de apresentações, entrevistas e é muito bem editado. O documentário ganhou vários prêmios, inclusive nessa semana no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Edição  pelo júri e Melhor Documentário pelo Voto Popular


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Romance da Empregada

Assisti Romance da Empregada (1988) de Bruno Barreto no Canal Brasil. O roteiro é do Naum Alves de Souza. Eu queria muito ver esse filme. É comum em matérias sobre o cinema brasileiro mostrar cenas maravilhosas com a Betty Faria, ela está incrível nesse filme, pelo papel ganhou prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana. Romance da Empregada é pra ela, como brilha nesse filme. Betty Faria é Fausta, uma empregada doméstica nada politicamente correta. Alegre e divertida, ela está cansada da vida miserável que vive. Seu marido é interpretado pelo excelente Daniel Filho. Ela vive na periferia. A casa tem um cômodo, a cama ao lado do fogão. Tudo apertado, a parede só nos tijolos. Ela vive brigando com o marido e o filho.
Fausta conhece na estação de trem o Zé da Placa, um senhor que tem interesse nela e algum dinheiro. Ela começa então a sair com ele pra se divertir e ter tudo pago por ele. As amigas vão sempre juntas. Ele é interpretado pelo genial Brandão Filho em sua última atuação. As amigas também são ótimas atrizes: Nika Bonfim, Stela Freitas e Fafi Siqueira. O elenco é todo incrível. Fazem participações: Antônio Pedro, Cristina Pereira, Claudia Gimenez, Zezé Polessa, Tamara Taxman, Marcos Palmeira, Paulo Gracindo, Raul Gazzolla, Tonico Pereira, Ivan Setta, Neusa Borges, Arthur Costa Filho e David Pinheiro.

Youtube: Betty Faria em "Romance da Empregada"




Beijos,

Pedrita