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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Os Escritos Secretos

Assisti Os Escritos Secretos (2016) de Jim Sheridan no Max. É baseado no livro de Sebastian Barry. É um filme melodramático, cafona e sensacionalista sobre uma história de amor. Eu gravei faz tempo, passou no Max em novembro. Eu só fui até o final porque queria saber o segredo, mas o que eu imaginei no começo foi exatamente o que aconteceu. Previsível!

A protagonista é vítima de um padre obcecado por ela. O filme é bem machista mesmo mostrando os horrores que as mulheres passavam. Há furos demais. Ela era independente, só voltou pra cidade retrógrada quando a cidade que ela vivia é bombardeada. Mas assim que a tia resolve isolá-la em uma casa no campo, ela deveria ter partido e ido viver em outro lugar. A subserviência dela não condiz com a mulher moderna do começo.

O filme é exageradamente arrastado, larguei várias vezes, mas só voltei porque queria saber o desfecho. Um homem é chamado a um antigo manicômio que será desativado. Ele fica tocado com a história dessa mulher. E ele é péssimo investigador. Ele tem nomes, pode pesquisar sobre um ex-soldado que essa mulher diz ser casada. Enfim, mas ele fica ali só lendo o que ela escreveu e ouvindo a história dela. Bem mal feitinho. O elenco é incrível, um desperdício de bons atores. Ele é interpretado por Eric Bana, ela por Vanessa Redgrave, ela jovem por Rooney Mara. O padre por Theo James

O homem que ela diz ter amado é interpretado por Jack Reynor. Faz tempo que o Max vem exibindo filmes muito fraquinhos, a maioria americanos, daqueles que passam à margem. Esse é irlandês. O Max tenta pintá-los como filmes independentes, mas vários que comecei a ver são previsíveis,  melodramáticos, mal feitos, ruinzinhos mesmo. Faz tempo que não vejo filmes diversificados de vários países como adorava ver, filmes da Noruega, Croácia, Dinamarca, Cingapura. Ando bem chateada, era o meu canal preferido. Uma pena que os canais continuem cobrando o mesmo, mas não deem satisfação nenhuma por estarem apresentando filmes ruins como independentes e não diversificando mais os países. E ficam repetindo quase um ano todo sempre os mesmos. Deviam reduzir drasticamente o custo da HBO.


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Desejo e Reparação


Assisti no cinema ao filme Desejo e Reparação (2007) de Joe Wright, uma co-produção entre Inglaterra e França. Estava com muita saudade de ir ao cinema e fui com a minha mãe, queria ver pelo menos um dos filmes que concorrem ao Oscar deste ano. Eu e minha mãe gostamos muito de Desejo e Reparação, é muito bonito e traz um roteiro muito complexo baseado na obra de Ian McEwan. A edição de Paul Tothill é impecável, a história vai se desenrolando em pedaços, com retornos aos fatos, com outros olhares de outros personagens, com outras perspectivas.

Atonement é ambientado na Inglaterra em 1930, um pouco antes da Segunda Guerra Mundial. No início mostra um dia de uma família abastada inglesa que vai receber o filho que foi estudar fora, um amigo e convidam o filho da criada da casa para participar. Uma menina de 13 anos é apaixonada pelo filho da criada e fica enraivecida de ver que sua irmã nutre algum romance com o rapaz e parece ser correspondida. Há então uma sucessão de maldades juvenis, típicas da idade, com conseqüências desastrosas. E inclusive a má-compreensão no passado da crueldade de crianças e adolescentes que encontram seus primeiros obstáculos. Cinco anos depois estoura a guerra.

O elenco é excelente, estão incríveis Keira Knightley e James McAvoy. E são ótimas as atrizes Saoirse Ronan e Romola Garai que interpretam a jovem causadora de todos os males. Quem a interpreta na velhice é Vanessa Redgrave. Alguns outros do elenco são: Juno Temple, Gina McKee, Benedict Cumberbatch, Daniel Mays, Harriet Walter, Patrick Kennedy e Nonso Anozie.

Vou falar detalhes do filme: Fiquei impressionada com a não possibilidade de reparação dos erros, nem a amenização das conseqüências. Um erro grave, que poderia ser amenizado no futuro, mas que suas conseqüências só as agravam. A própria guerra dificulta toda a possibilidade de uma vida menos traumática. Mostra claramente o preconceito dos nobres ingleses com subalternos, atribuindo-os culpas que não lhe pertencem sem questionamentos e investigações. Minha mãe comentou que Desejo e Reparação mostra a imbecilidade da guerra, onde não há vencedores e rivalidades estúpidas como franceses maltratarem soldados ingleses mesmo estando do mesmo lado na guerra.


A fotografia de Seamus McGarvey é maravilhosa e as cenas da guerra impecáveis.
Desejo e Reparação ganhou Globo de Ouro de prêmio de Melhor Filme de Drama e Melhor Trilha Sonora de Dario Marianelli. Tem sete indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Saoirse Ronan), Melhor Roteiro Adaptado (Christopher Hampton), Direção de Arte, Fotografia, Figurinos e Trilha Sonora (Dario Marianelli).
Música do post e da trilha sonora: Claire de Lune - Debussy. É preciso clicar no play para ouvir, o Auto Play continua não funcionando.


Beijos,
Pedrita